terça-feira, 18 de abril de 2023

ESCOLA MUNICIPAL GENUÍNO ANTUNES DE SIQUEIRA: 85 ANOS DE SERVIÇOS PRESTADOS À EDUCAÇÃO



O mês de maio é de comemoração e festa para a Escola Municipal Genuíno Antunes de Siqueira. 

A seguir um breve resumo da história de seu patrono e da instituição:

OS ANTUNES SIQUEIRA
A família Antunes Siqueira foi uma das pioneiras a habitar o distrito de Miracema depois que a fundadora, Ermelinda Conceição Rodrigues, aqui aportou nos idos de 1846. Naquela época Ermelinda deixou o distrito de Remédio, em Barbacena, em virtude da extinção ou quase extinção do ciclo do ouro, e quase não havia mais o que era extraído do rio Mutuca, que cortava o distrito mineiro. Ela veio em busca de outra cultura, o café, que era plantado depois das derrubadas das matas virgens, muito abundantes na região. O distrito de Miracema vivia da exportação do produto. Eles se instalaram em Venda das Flores.

Genuíno tinha um sítio chamado “Água Espalhada”. Homem sério, trabalhador, era amigo do interventor Altivo Linhares, que deu grande ênfase à sua administração na construção de escolas no distrito e na zona rural. Genuíno era casado com Mariana R. Padilha e da união teve 11 filhos, dos quais, uma moça chamada Edina, lecionava no sítio e depois na sede do distrito.

PATRONO GENUÍNO ANTUNES DE SIQUEIRA
Nascido no Estado do Rio de Janeiro, em 08/08/1869, filho de Theophilo Antunes de Siqueira e Maria Salomé de Siqueira, veio a falecer em 03/01/1947.

A ESCOLA
Teve início na fazenda Boa Vista como “Escola Sítio 28 de Agosto”, em 15/05/1938. Foi transferida para a Rua Melchíades Picanço, funcionando em prédio particular, a partir de 23/02/1972. Através da Lei nº 7.081, de 03/01/1973, publicada no Diário Oficial de 04/01/1973, passou a denominar-se Escola Genuíno Antunes de Siqueira. Recebeu este nome em homenagem a esse cidadão que foi exemplo de dignidade e amor ao trabalho – e um benfeitor de Miracema – que sempre se preocupou com o problema da educação. Em 29/11/2004, a escola foi municipalizada e continua gerida pelo município.



MINHAS CONSIDERAÇÕES 
Como residente do bairro Hospital desde quando nasci, tive o prazer de estudar por dois anos nessa escola (1972 e 1973), e fui alfabetizado pela professora Ana Maria Siqueira. Outras duas mestras ajudaram nessa empreitada: Marília Magalhães e Regina Freitas, que vem a ser mãe do Dr. Marcelo, ortopedista que atende na Santa Mônica, em Pádua. Em visita à escola, depois de muitos anos, comprovei e fiquei surpreso - positivamente - com sua atual conservação e as ótimas condições que são oferecidas às crianças. 

Os primeiros passos das crianças começam na escola. Lá, existe o primeiro contato com outros pequenos, é onde começa a aprendizagem, é na escola que coisas da maior importância em nossas vidas acontecem. Não é só um campo de troca de conhecimentos e adentra uma esfera emocional, onde existem outros tipos de trocas, principalmente as afetivas.

No ambiente escolar, deve-se existir um propósito maior do que ir só por ir. Deve-se gostar de estar lá, aproveitar as oportunidades que o espaço tem a oferecer. A escola existe com a finalidade de inserir as crianças em círculo social, onde ela irá conhecer estranhos, obedecer às regras e criar uma rotina. Além disso, um dos fatores mais importantes da escola é transferir o conhecimento às pessoas e passar os conceitos básicos da vida em sociedade.

Dentro da escola aprendemos o dever e a necessidade de cumprir as funções básicas da vida adulta: ter uma rotina, compreender o conteúdo, ser sociável com os colegas, executar as tarefas da melhor maneira possível, entre outros diversos fatores.

Não dá para falar de educação sem que haja comprometimento entre todas essas esferas: pais, crianças, escola e sociedade. Pode-se afirmar que a escola é o segundo ambiente mais importante na vida social de um ser humano. É com a ajuda dos educadores e pais, que o cidadão vai se constituindo como ser pensante e questionador. 

A escola é algo quase que “sagrado”, pois é nela que podemos edificar o conhecimento e novas perspectivas de vidas, buscando algo que nos falta.  É na escola que coisas da maior importância em nossas vidas acontecem.




sexta-feira, 14 de abril de 2023

MAURÍCIO MENEZES: AH, MAS QUE JOGUINHO GOSTOSO!

 


GENTE DE EXPRESSÃO: MAURÍCIO MENEZES – POR CARLOS FERREIRA

 

Mauri­cio Antonio Menezes, o "Danadinho", nasceu em Juiz de Fora-MG, em 06 de novembro e é filho de Mauricio Menezes (nome de rua no bairro Costa Carvalho) e Laura Freesz Menezes, ambos falecidos. É casado com a pedagoga Selda Sobral Santos Menezes. Seu avô, major Delfino (Delfino Costa Carvalho), fundou em Juiz de Fora o bairro Costa Carvalho, o qual o homenageia, com a rua Major Delfino.

 

Carreira

Mauricio iniciou a carreira de locutor esportivo na antiga PRB-3, rádio Sociedade, emissora do "Grupo Associados" em Juiz de Fora, em 1965. No mesmo ano, no dia 05 de setembro, Maurício Menezes transmitiu o jogo de inauguração do estádio Mineirão, em Belo Horizonte.

 

O jogo

Seleção Mineira - 1, gol de Buglê aos 02 minutos do segundo tempo,

River Plate (Argentina) - 0.

 

Copa Rocca

Em julho de 1971, pela rádio Industrial, Maurício Menezes fez a primeira transmissão internacional do rádio esportivo de Juiz de Fora, narrando Argentina e Brasil, pela Copa Rocca, direto do estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. O comentarista foi Gabriel Gonçalves da Silva (1910/1985), o Bié.

 

Rio de Janeiro

Quando Juiz de Fora se tornou pequena para seu talento, Maurício foi para o Rio de Janeiro, permanecendo lá por 26 anos. Trabalhou nas rádios Nacional, de 1977 a 1984, Globo, de 1985 a 2003, e na TV Educativa, hoje Rede Brasil, de 1993 a 1994. Na TV Educativa, foi Superintendente de Esportes e apresentador do programa "Debate Esportivo", que ia ao ar aos domingos à noite. Além de Mauricio, participavam do programa: Áureo Ameno, Ronaldo Castro, Fernando Calazans (hoje colunista do jornal O Globo), Jaime Luís e Achilles Chirol (in memoriam). Mauricio Menezes, na época, reativou o debate esportivo na TV Educativa, que estava paralisado há 11 anos e que hoje permanece no ar, com outro nome.

 

Transmissões esportivas

Nas funções de locutor esportivo e coordenador de esportes, o "Danadinho" transmitiu as Copas do Mundo de 1982 (Espanha), 1986 (México), 1994 (EUA) e 1998 (França), esteve presente em 05 edições da Copa América: 1989 no Brasil; 1993 no Equador; 1995 no Uruguai; 1997 na Bolívia e 1999 no Paraguai. Transmitiu jogos em mais de 20 países e, com exceção do Amapá, transmitiu jogos em todos os estados brasileiros.

 

Juiz de Fora

Em julho de 2003, Maurício retornou a Juiz de Fora, foi um dos pioneiros na fundação da rádio Panorama FM. De volta pra casa, retomou um projeto antigo, de se tornar advogado, e em 2011 concluiu o curso de Direito na Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). Militando no direito, Maurício permanece atuante no meio esportivo, com suas informações e comentários nas mídias sociais.

 

Fonte: www.carlosferreirajf.blogspot.com

 

sábado, 8 de abril de 2023

JAGUARÉ: DE ESTIVADOR A ÍDOLO DO FUTEBOL FRANCÊS

 


Jaguaré Bezerra de Vasconcelos nasceu no Rio de Janeiro em 14 de junho de 1905. Antes de se tornar jogador profissional, Jaguaré era estivador no cais do porto. Cada vez que estufava o peito para segurar numa só mão sacos de cinqüenta quilos de farinha de trigo, havia sempre uma enorme assistência para bater palmas. Jaguaré jogava peladas no bairro da Saúde, onde era conhecido como “Dengoso”, quando foi descoberto pelo zagueiro Espanhol, que o levou para um teste em São Januário.

 

Entrou no clube de tamanco e camisa fora da calça e num tempo só acabou com o treino. O ataque titular não o venceu nenhuma vez. Foi imediatamente inscrito na Liga, não sem antes o Vasco empregar um professor particular para lhe ensinar a assinar o próprio nome nas súmulas. A partir daí, teve uma carreira fulminante. No mesmo ano em que estreou no Vasco, em 1928, tornou-se titular da seleção Brasileira. No ano seguinte foi campeão carioca pelo Vasco. Jaguaré gostava de rodar a bola na ponta do indicador após cada defesa, que muitas vezes fazia com uma só mão, inclusive nos pênaltis, segundo a lenda. Defendeu o cruzmaltino em 124 jogos. 

 

Em 1931, depois de uma vitoriosa excursão do Vasco a Portugal e Espanha, foi contratado pelo Barcelona, juntamente com Fausto, o “Maravilha Negra”. Retornou ao Brasil em 1934 para defender o Corinthians, onde fez 15 jogos e sofreu 13 gols. Nas temporadas de 1935/36, seu destino foi Portugal, para jogar no Sporting, e de lá para o Olympique Marseille, da França, onde foi campeão nacional em 1937 e da Copa da França em 1938. Deixou em solo francês um rastro luminoso de fama, com o apelido de “Le Jaguar”. Na final da Copa da França de 1938, o jogo estava empatado em 1 a 1, quando, no segundo tempo, foi marcado um pênalti para o Olympique. Jaguaré atravessou o campo e se ofereceu para cobrar o penal que podia valer o título. Bateu e fez o gol da vitória por 2 a 1. Por esse feito é tido como primeiro goleiro a marcar um gol em partida oficial. Em solo europeu aprontou algumas que fazia no Brasil e não eram aceitas por lá. Num jogo pela Copa da França, fez uma defesa de bicicleta. Quase que foi demitido. E outras mais...

 

Ainda jogou no Acadêmico Futebol Clube, de Portugal. Acossado pelo perigo da Segunda Guerra, retornou ao Brasil em definitivo e, em decadência, encerrou tristemente a carreira no São Cristóvão, em 1940. Chegou sem um tostão. Jaguaré gastou todo o dinheiro que ganhou na Europa, e não foi pouco, pelas esquinas da vida. Voltou a ser estivador e quando falava do seu passado, todos riam e não acreditavam no ex-goleiro.

 

É creditado a Jaguaré o pioneirismo, no Brasil, de ser o primeiro goleiro a usar luvas. Ele trouxe a inovação após sua passagem pelo futebol europeu durante os anos 30, conforme conta Paulo Guilherme, autor do livro “Heróis e Anti-Heróis da Camisa 1”: “Na sua estreia na Europa, Jaguaré usou luvas feitas de couro. Só que ele não estava preocupado com a melhora de seu rendimento, apenas não estava acostumado com o frio”. Numa de suas vindas da Europa ao Brasil, Jaguaré apareceu em São Januário e treinou usando luvas, o que foi uma novidade inusitada. Por isso alguns dizem que ele introduziu o uso de luvas para goleiros no Brasil.

 

Há várias versões para a morte de Jaguaré, sabendo-se apenas que sua morte foi precoce, em 27 de agosto de 1946, aos 41 anos. Algumas fontes afirmam que Jaguaré havia se envolvido em uma briga e que foi espancado até a morte por policiais. Em outra versão, diz que após ser preso, acabou batendo a cabeça na parede, sendo transferido para o Manicômio Judiciário de Franco da Rocha (mais conhecido como Juquery), sendo hospitalizado e falecendo pouco depois. Há ainda, uma terceira versão que diz que Jaguaré foi esfaqueado. Porém, nenhuma das fontes é dita como verdadeira.

 

Há divergências também em relação à data de seu nascimento: algumas fontes apontam para 14 de maio, outras para 14 de julho. Diz-se que o próprio jogador ignorava o dia em que nasceu.

 

Fonte: Wikipédia com acréscimos.