Cisto de Baker associado a lesões no
joelho do atleta.
Muitos
pacientes chegam até o consultório com queixas de dores no joelho, e trazem
junto um laudo de ressonância magnética com diagnóstico de cisto de Baker e
atribuem as suas queixas álgicas a esse cisto. Será mesmo que devemos preocupar
com isso? Realmente ele é a causa da dor?
Apresenta-se
na região posterior e interna do joelho entre os músculos gastrocnêmico medial
e o semimembranoso, podendo se manifestar com dor, que piora a prática de atividade física e pressão
local além do abalamento. Ele é derivado de lesões internas do joelho, tais
como lesão de menisco ou artrose. Ele por si só é uma lesão benigna (não é
câncer).
Deve-se tratar especificamente o cisto, tal como retirada cirúrgica do mesmo? A resposta na grande maioria das vezes é NÃO, pois como ele é causado por outras patologias internas do joelho, deve-se sim tratar a lesão primária (menisco, artrose) já que com isso na grande maioria das vezes o mesmo regride de forma espontânea após o tratamento.
Mas como na medicina existe uma velha máxima que é: "nem sempre, nem nunca" pode ser que em raríssimas ocasiões, ele possa ser a causa do problema e mereça a excisão cirúrgica, tal como um grande volume, invasão da cápsula articular, rápido crescimento, entre outras.
Por isso em caso de
queixas de dor no joelho deve-se sempre procurar ajuda de um ortopedista para o
adequado diagnóstico e tratamento.
Victor Titonelli é médico ortopedista
especialista em Cirurgia do Joelho.
Trabalha no INTO – Instituto Nacional de
Traumatologia e Ortopedia.
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