Em 1939, o Club de
Regatas Vasco da Gama trouxe da Argentina os jogadores Raul Emeal, José Dacunto e Bernardo Gandulla, oriundos do Club Ferro Carril Oeste.
Raul Emeal e Bernardo Gangulla |
Considerado os grandes
reforços vascaínos para o Campeonato Carioca, os argentinos foram impedidos de
vestir a camisa cruzmaltina no início da temporada. Tudo porque o Ferro
Carril alegava ainda ter o passe dos jogadores, mas o Vasco – que nada havia
gastado nas negociações – afirmava que os atletas já tinham os seus contratos
vencidos e, portanto, estariam livres para atuarem em qualquer clube. A
polêmica seguiu por meses, até que os dirigentes cruzmaltinos resolveram pagar
126 mil contos ao clube argentino, valor considerado muito alto para a época.
E foi durante os meses
de entrave que surge uma lenda na mídia esportiva a respeito de Bernardo
Gandulla. De acordo com histórias vindas de São Januário, o referido jogador
ficava do lado de fora do campo e corria para buscar as bolas que saíam, como
uma forma de compensar o salário pago pelos brasileiros.
Não demorou muito para
que a história fosse responsável por batizar os ajudantes de reposição de bola
nos jogos. Na verdade, a expressão gandula já era usada no Rio de Janeiro como
o feminino de “gandulo”, que significava “garoto”. Porém, no futebol, a curiosa
lenda ajudou a nacionalizar este novo significado para a expressão que acabou
ultrapassando os limites da então Capital Federal e sendo adotada oficialmente
por todo país.
Bernardo Gandulla
participou de 29 partidas com a camisa do Vasco, todas como titular. Totalizou
10 vitórias, 8 empates e 11 derrotas, anotando 10 gols. Em 1940, retornou à Argentina para defender o Boca Juniors. Morreu, aos 83 anos, na cidade de
Buenos Aires.
Por Jonathan Silva
Sabia dessa história, só não lembrava. Esse Tadeu vai buscar cada uma!!!!!!!
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