quarta-feira, 3 de agosto de 2016

OLIMPÍADAS E PARAOLIMPÍADAS CUSTARÃO R$ 32 MILHÕES POR DIA AOS COFRES PÚBLICOS



A realização de cada um dos 17 dias da Olimpíada e dos 12 dias da Paraolimpíada vai consumir ao menos R$ 31,9 milhões dos cofres públicos. Esse valor foi calculado considerando apenas itens que não terão utilidade após a Rio-2016, nem deixarão legado. Inclui o aluguel de estruturas provisórias, serviços temporários, pagamentos de diárias, consultorias, e da candidatura do Rio à sede dos Jogos de 2016.

Todos os gastos, juntos, somarão pelo menos R$ 925,7 milhões. Eles já foram ou ainda estão sendo pagos pela prefeitura, governo federal, governo do Estado do Rio e até de Estados que receberão partidas de futebol da Rio-2016. Estão incluídos dentro do custo total maior da Olimpíada, que é de cerca de R$ 40 bilhões - valor que inclui construção e reforma de instalações.

Dentro dos custos temporários da Rio-2016, a prefeitura do Rio e o governo federal vão gastar R$ 98,3 milhões para instalar assentos provisórios nas arenas do Parque Olímpico, do Parque de Deodoro e no Engenhão. As cadeiras vão ampliar a capacidade de público das locais. Após os Jogos, porém, elas serão devolvidas.

Também serão desmontadas as passarelas de R$ 18 milhões que a prefeitura já alugou para os Jogos. As quatro estruturas vão facilitar o acesso de torcedores ao Parque Olímpico do Rio durante os Jogos. Depois do fim do evento, contudo, deixam de servir pedestres que vivem no local.

Reforço na energia custará R$ 375 milhões

O governo federal e do Estado do Rio de Janeiro vão empregar outros R$ 375 milhões no aluguel de geradores de energia por conta dos Jogos Olímpicos. Os equipamentos servirão de fonte de energia reserva para casos de blecaute nas regiões da Barra da Tijuca e Maracanã. Por ser alta, essa conta gerou discussão entre as autoridades para saber quem a assumiria.

Sairá dos cofres federais ainda o pagamento das diárias dos pelo menos 6 mil agentes da Força Nacional enviados ao Rio de Janeiro para trabalharem na segurança da Olimpíada. Cada um desses agentes receberá, no mínimo, R$ 280 por dia trabalhado durante a Rio-2016, além do salário. Como eles devem ficar ao menos 29 dias no Rio (período da operação de segurança da Olimpíada), o Ministério da Justiça deve comprometer R$ 48,7 milhões com esses pagamentos. Questionado, o governo não deu o valor exato do gasto.

Também vieram dos cofres da União os recursos para o custeio dos dois últimos anos de funcionamento da Sesge (Secretaria Extraordinário de Segurança de Grandes Eventos) e a maior parte da manutenção da APO (Autoridade Pública Olímpica), órgão criado só para a Olimpíada. Só esses dois itens da lista de gastos consumiram R$ 118,7 milhões.

Outros R$ 203,7 milhões ainda foram gastos pelo Ministério Esporte com consultorias contratadas por conta da Olimpíada e com a candidatura do Rio à sede dos Jogos.


UOL Notícias 

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