A realização de cada um dos 17 dias da Olimpíada e dos 12 dias da
Paraolimpíada vai consumir ao menos R$ 31,9 milhões dos cofres públicos. Esse
valor foi calculado considerando apenas itens que não terão utilidade após a
Rio-2016, nem deixarão legado. Inclui o aluguel de estruturas provisórias,
serviços temporários, pagamentos de diárias, consultorias, e da candidatura do
Rio à sede dos Jogos de 2016.
Todos os gastos, juntos, somarão pelo menos R$ 925,7 milhões. Eles já
foram ou ainda estão sendo pagos pela prefeitura, governo federal, governo do
Estado do Rio e até de Estados que receberão partidas de futebol da Rio-2016.
Estão incluídos dentro do custo total maior da Olimpíada, que é de cerca
de R$ 40 bilhões - valor que inclui construção e reforma de instalações.
Dentro dos custos temporários da Rio-2016, a prefeitura do Rio e o
governo federal vão gastar R$ 98,3 milhões para instalar assentos provisórios
nas arenas do Parque Olímpico, do Parque de Deodoro e no Engenhão. As
cadeiras vão ampliar a capacidade de público das locais. Após os Jogos,
porém, elas serão devolvidas.
Também serão desmontadas as passarelas de R$ 18 milhões que a prefeitura
já alugou para os Jogos. As quatro estruturas vão facilitar o acesso de
torcedores ao Parque Olímpico do Rio durante os Jogos. Depois do fim do evento,
contudo, deixam de servir pedestres que vivem no local.
Reforço na energia custará R$ 375 milhões
O governo federal e do Estado do Rio de Janeiro vão empregar outros R$
375 milhões no aluguel de geradores de energia por conta dos Jogos Olímpicos.
Os equipamentos servirão de fonte de energia reserva para casos de blecaute nas
regiões da Barra da Tijuca e Maracanã. Por ser alta, essa conta gerou discussão
entre as autoridades para saber quem a assumiria.
Sairá dos cofres federais ainda o pagamento das diárias dos pelo menos 6
mil agentes da Força Nacional enviados ao Rio de Janeiro para trabalharem na
segurança da Olimpíada. Cada um desses agentes receberá, no mínimo, R$ 280 por
dia trabalhado durante a Rio-2016, além do salário. Como eles devem ficar ao
menos 29 dias no Rio (período da operação de segurança da Olimpíada), o
Ministério da Justiça deve comprometer R$ 48,7 milhões com esses pagamentos.
Questionado, o governo não deu o valor exato do gasto.
Também vieram dos cofres da União os recursos para o custeio dos dois
últimos anos de funcionamento da Sesge (Secretaria Extraordinário de Segurança
de Grandes Eventos) e a maior parte da manutenção da APO (Autoridade Pública
Olímpica), órgão criado só para a Olimpíada. Só esses dois itens da lista de
gastos consumiram R$ 118,7 milhões.
Outros R$ 203,7 milhões ainda foram gastos pelo Ministério Esporte com
consultorias contratadas por conta da Olimpíada e com a candidatura do Rio à
sede dos Jogos.
UOL Notícias
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