Almir
Moraes Albuquerque foi um dos mais polêmicos, dramáticos e ricos personagens do
futebol brasileiro. E apesar de suas muitas qualidades, como técnica,
habilidade e rapidez, acabou fazendo história como um jogador violento.
Considerado sem juízo, armou muitas confusões. Corajoso e destemido por muitos
e irresponsável por outros, Almir marcou a sua carreira pela polêmica. Talvez a
maior delas tenha sido na final do Campeonato Carioca de 1966, quando defendia o
Flamengo contra o Bangu, em que provocou uma briga generalizada, impedindo que
a partida chegasse ao fim. A punição do protagonista da confusão foi uma
suspensão de seis meses.
Nascido
em Recife (PE), em 28 de outubro de 1937, Almir começou a carreira no Sport, mas foi pelo Vasco que explodiu,
em 1958. Chegou aos 19 anos e logo recebeu o apelido de Pernambuquinho. Não demorou muito para que a valentia diante dos adversários e seu estilo marcante, de buscar a vitória a qualquer preço, o transformassem em ídolo da torcida. E foi genial a sua passagem por São Januário, marcando 57 gols em 100 jogos. Conquistou o
Torneio Rio-São Paulo e o super-supercampeonato carioca, contra Botafogo e
Flamengo.
Depois do
Vasco, Almir desfilou seu talento pelo Corinthians - 29 jogos e 5 gols (quando foi chamado de Pelé
Branco), Boca Juniors (Argentina), Fiorentina e Genoa (Itália) e em 62 chegou
ao Santos, clube pelo qual ganhou seus títulos mais importantes: Taça
Libertadores e o Mundial Interclubes em 1963, Torneio Rio-São Paulo e Taça Brasil
de 1963/64, e Campeonato Paulista de 1964. Na ausência do Rei Pelé, machucado
no segundo jogo da final, o substituiu e foi um dos heróis da conquista do
Mundial de 1963, em três jogos dramáticos contra o Milan. Retornou ao Rio para
defender o Flamengo - 73 jogos e 21 gols, de 65 a 67, conquistando o Campeonato Carioca de 1965. Após cumprir a pena pela confusão em 1966, Almir voltou a jogar pelo Flamengo, mas já sem o mesmo brilho. Encerrou sua carreira no América do Rio, em
1968.
Sua estreia pela Seleção Brasileira aconteceu em 1959, no Campeonato Sul-Americano, pelo qual mostrou, mais uma vez, a sua valentia. Brasil e Uruguai empatavam (0 a 0) em Montevidéu. Ele reagiu a uma entrada violenta e teve início uma briga generalizada. No fim, Brasil 3 a 1. Não teve o prazer de disputar uma Copa do Mundo, apesar de toda sua capacidade técnica dentro das quatro linhas. Disputou 8 jogos e marcou 2 gols, sendo 6 oficiais e 1 gol.
Em 6 de
fevereiro de 1973, Almir estava em um bar de Copacabana com alguns amigos. No
mesmo estabelecimento os bailarinos do grupo Dzi Croquettes, ainda maquiados
depois de uma apresentação, estavam sofrendo agressões verbais de um grupo de
portugueses e o ex-jogador saiu em defesa dos atores. Depois de uma discussão seguida de agressões e
muita correria, começou um tiroteio e no final, Almir estava morto, com uma
bala na cabeça. Outros dois amigos de Almir ficaram feridos, sendo que um deles
acabou morrendo posteriormente. Chegava
ao fim, tragicamente, com 35 anos de idade, a história de um dos atacantes mais
corajosos do futebol brasileiro. Considerado um dos primeiros bad boys do futebol brasileiro, Almir tinha personalidade forte e coragem. Mas essas duas características acabaram lhe custando a vida.
Nota do Blog: eram integrantes do grupo Dzi Croquettes dois artistas e irmãos miracemenses: Reginaldo e Rogério de Poly.
Nota do Blog: eram integrantes do grupo Dzi Croquettes dois artistas e irmãos miracemenses: Reginaldo e Rogério de Poly.
ALMIR PERNAMBUQUINHO ERA FERA, NAO LEVAVA DISAFORO PRA CASA,, VI VARIOS JOGOS DELE...UMA PASSAGEM QUE NAO ESQUECEREI FOI EM UM SULAMARICANO JOGANDO CONTRA O uruguai , jogo duro...em uma dividida, ele acertou o goleiro leivas,,, o zagueiro SALVADOR veio correndo e deu um forte chega pra la....ALMIR NAO REJEITAVA UMA BRIGA , PARTIU PRA CIMA,,, PORRADAS PRA TODO LADO, BRIGA ENTRE OS 22 JOGADORES, O DIDI, APARECIA NA MANCHETE DANDO UMA VOADORA NA CARA DE 2 URUGUAIOS QUE APANHARAM NA BOLA E NOS TAPAS,,,JUIZ CAGAÒ NAO EXPULSOU NINGUEM E O PAULINHO VALENTIN OUTRA FERA QUE ERA DO BOTAFOGO FEZ 3 GOLS PARA NOSSO BRASIL....
ResponderExcluirA voadora do Didi foi para salvar Bellini que tinha caído no chão
ExcluirExcelente postagem. Parabéns, Miracema!
ResponderExcluirOs portugueses, inclusive o que o matou, eram da Polícia secreta da ditadura de Salazar, em Portugal, a temída PIDE, que prendia ilegalmente , torturava e até dava fim aos corpos de inimigos do regime. A ditadura brasileira (estávamos na ocasião no auge do governo Médici) promoveu ações para "livrar a cara" dos portugueses, que jamais foram punidos. Após alguns dias tiveram os passaportes liberados e caíram no mundo...
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