terça-feira, 29 de novembro de 2016

MÁRIO SÉRGIO PONTES DE PAIVA: O CRAQUE REBELDE




Nascido no Rio de Janeiro, em 07 de setembro de 1950, esse ponta-esquerda com grande vocação de armador, altíssimo nível de habilidade, de uma inteligência rara e um lançador emérito – era chamado de Vesgo por olhar para um lado enquanto fazia o passe longo para o outro. Fazia de tudo com a perna esquerda: driblava, lançava e, de vez em quando, chegava junto e forte quando necessário.

 

Começou no Flamengo, em 1969, e rodou por diversos times sempre mostrando a mesma elegância de jogar com a cabeça erguida antevendo as jogadas. Mário Sérgio jogou por sete anos na equipe de futsal do Fluminense. Quando defendia o Flamengo, no início da carreira, a barba e os cabelo compridos o deixaram em desgraça com o então técnico rubro-negro Yustrich. O ambiente desfavorável na Gávea facilitou a transferência para o Vitória, da Bahia. Mário Sérgio se tornou rei na Bahia e caiu nas graças do torcedor do Vitória, onde jogou por quatro temporadas (1971/75), e foi brilhante. 

 

A sua trajetória foi marcada por algumas polêmicas. Fora de campo, sua forte personalidade acabou prejudicando sua carreira. No São Paulo ficou conhecido como o “Rei do Gatilho”, apelido que ganhou após esvaziar o pente de seu 38, efetuando tiros para o alto, e assustando torcedores do São José, no interior de São Paulo. Envolveu-se num polêmico caso de doping, em 1984, quando jogava no Palmeiras. Só chegou à Seleção aos 31 anos e fez oito partidas com a camisa do Brasil, todas oficiais.

 

Depois de encerrar a carreira de jogador no Bahia, em 1987, tornou-se técnico e dirigiu vários times de ponta do Brasil. Trabalhou até 2010 e o Ceará foi seu último time como treinador. Voltou a comentar jogos pela televisão e, como sempre, mantendo sua personalidade e sendo muito autêntico nos pronunciamentos. Era um profundo conhecedor das táticas do futebol. Mário Sérgio começou sua carreira de comentarista esportivo no início da década de 90, na TV Bandeirantes, e trabalhou nas Copas do Mundo de 1990 e 1994.

 

A tragédia com o avião que transportava o time da Chapecoense vitimou o ex-jogador e outros jornalistas, em 28 de novembro de 2016, próximo à cidade colombiana de La Unión. Ele estava a serviço do canal por assinatura Fox Sports.

 

Resumo da carreira: Flamengo - 13 jogos e 3 gols, Vitória (campeão baiano de 1972), Fluminense (campeão carioca de 1975) - 44 jogos e 3 gols, Botafogo, Rosário Central (Argentina), Internacional (em duas oportunidades, campeão brasileiro de 1979, e gaúcho em 1981) - 61 jogos e 5 gols, São Paulo (campeão paulista de 1981) - 62 jogos e 8 gols, Ponte Preta, Grêmio - 1 jogo (a final do Mundial Interclubes de 1983, sagrando-se campeão), Palmeiras - 58 jogos e 3 gols, Botafogo-SP, Bellinzona/Suíça e Bahia. 




4 comentários:

  1. Só lembro de assistir um jogo do Mario pelo Flamengo e foi contra o America, fez até gol. Não me recordo o ano, possivelmente 1969/70 ele era reserva do Caldeira, coisas do Homão Yustrich, liberou o cara pro Vitória e nunca mais voltou. Um dos monstros sagrados, ficou de fora da Copa de 74, tinha vaga naquele grupo.

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    1. Ele ficou pouco tempo no Flamengo e virou ídolo no Vitória. Jogava fácil e tinha um domínio de bola incrível.

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  2. Excelente jogador, importantíssimo foi pouco aproveitado era polêmico....inteligente.

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  3. craque de bola. gente da melhor qualidade. uma pena sua perda

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