Nilson Severiano Dias nasceu no Rio de Janeiro,
em 25 de janeiro de 1952. A história do atacante é muito parecida com a de
muitos garotos bons de bola. Um dia, descoberto por um olheiro, foi levado para
um time grande. No Aterro do Flamengo,
em um campeonato de pelada, Admir, um ex-jogador do Botafogo, convidou Nilson
Dias para treinar no time da Estrela Solitária.
Tudo começou nas divisões de base, em 1968. Saiu
apenas para um empréstimo de sete meses ao Deportivo de Cali, da Colômbia,
entre os anos de 1972 e 73. Foram dez anos intensos. Mesmo não tendo
conquistado títulos expressivos, que geralmente marcam a passagem de um jogador
por um clube, Nilson Dias é um ídolo e foi um grande artilheiro do Botafogo,
com atuações de alto nível e muita garra e dedicação ao clube que o revelou. Os
seus números comprovam: 127 gols marcados em 301 jogos.
O Botafogo vivia um momento mágico no final
dos anos 60, com muitos craques, e o garoto Nilson Dias teve uma carreira com
início muito promissor. Depois de ser campeão infantil foi logo promovido ao
time juvenil, em 1970, e nesse mesmo ano já fez sua estreia no quadro
principal, contra o Vasco, em 21 de abril, no Maracanã. O início foi
complicado, como de qualquer jovem, e aos poucos ele foi buscando o seu espaço
em um time com muitos atacantes de qualidade, como Jairzinho, Zequinha, Roberto
Miranda, Rogério, Paulo César Lima, entre outros.
Em 1971 já estava na Seleção de base, sendo
campeão do Torneio de Cannes, na França, e vice-campeão do Sul-Americano,
disputado no Paraguai. Por muito pouco não disputou os Jogos Olímpicos de 1972,
na Alemanha. Ainda no ano de 71 foi vice-campeão carioca e por muito pouco não
chegou ao título brasileiro. Voltou a ser vice-campeão brasileiro em 1972, perdendo
a final para o Palmeiras.
Quando retornou do empréstimo na Colômbia, em
1973, ocupou de vez a posição de titular no ataque do Botafogo, e foi o
artilheiro do time no campeonato brasileiro. Repetiu o feito em 1974 e 1975. No
certame estadual, disputou e perdeu mais uma final em 75, novamente para o
Fluminense – A Máquina Tricolor. O Glorioso venceu por 1 a 0, mas perdeu o
título em razão do saldo de gols. Um fato ocorrido em 13//11/1975, tornou-se o
divisor de sua carreira. Perto de completar 24 anos, ainda muito jovem, em uma
dividida com o lateral-direito Zé Maria, do Corinthians, Nilson Dias sofreu uma
fratura no perônio e o rompimento dos ligamentos do tornozelo direito. Colocou
cinco parafusos e uma placa de platina, o que o deixou quase sete meses afastado
dos gramados.
Após sua recuperação ele continuou fazendo
seus gols, mas nunca mais foi o mesmo jogador. Ainda teve algumas
oportunidades na Seleção principal, em 1977, fazendo 5 jogos e marcando 1 gol,
sendo apenas uma partida oficial. Foi o goleador máximo do Botafogo naquela
série invicta de 52 jogos, entre os anos 77 e 78. A partir de meados da década
de 70 o Glorioso entrou em um declínio técnico e administrativo, com a venda da
sede de General Severiano e a consequente ida para o subúrbio de Marechal
Hermes. Dentro de campo o time já vivia o jejum de títulos, que estava apenas
no início, e só foi quebrado em 1989.
Em setembro de 1978, Nilson Dias deixou o
Botafogo e foi jogar no futebol mexicano – Universidade Guadalajara –, onde
permaneceu até 1981, quando retornou ao Brasil para defender o Internacional,
de Porto Alegre. Ainda atuou pelo Santos, Acadêmica de Coimbra (Portugal), São
Cristóvão, entre outros, sem o mesmo brilho de antes. Nilson Dias é irmão do
ex-lateral Nei Dias, que jogou com ele no Botafogo e depois teve uma rápida
passagem pelo Flamengo, em 1981.
Uma baita atacante, raras vezes perdia o gol, matador, aquele que chegava na frente do goleiro e executava friamente, muito veloz, corria sempre de cabeça erguida. Em 1974 ele e Zico fizeram um grande jogo 2 x 2 dois de um e doia do outro. Era temido pelas torcidas adversarias
ResponderExcluirPERFEITO LEMBRO DESTE JOGO DOIS GOLS DE NILSON E DOIS DE ZICO ---INESQUECIVEL
ExcluirNei Dias fez parte do elenco do Flamengo campeão da Libertadores e do Mundial
ResponderExcluirNilson foi um dos jogadores mais elegantes correndo pelos gramados. Sempre com uma postura principesca, dava toques na bola como se fosse bolinha de papel e era extremamente tranquilo e fatal na hora de finalizar para o goal do adversário. Temido pelos adversários, era um jogador clássico e limpo, embora fosse muito raçudo. Nílson, infelizmente não obteve os grandes títulos que disputou pelo Fogão, mas era respeitado por todas as torcidas e será um dos eternos ídolos dos alvinegros, do glorioso Botafogo!
ResponderExcluirExatamente.
ExcluirConheci ele o Nilson dps q parou d jogar ..um gentleman
Excluir👏👏👏👏👏👏👏
ExcluirMesmo com tantos craques ilustres,Nilson Dias foi meu maior ídolo .
ResponderExcluirJogava de centro avante inspirado nele,merecia um reconhecimento maior.
Sofria com as contusões
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