Marcos Claudio Philippe Carneiro de
Mendonça, mineiro de Cataguases, cidade próxima a Miracema, onde nasceu em 25
de dezembro de 1894, foi o primeiro goleiro da Seleção Brasileira e é um dos maiores
da história do Fluminense.
Todos os amigos e irmãos
corriam atrás da bola, menos ele. Proibição médica, pois Marcos tivera febre
amarela, infecção nos pulmões e pequenos transtornos cardíacos. Nasceu assim o
maior guarda metas dos primórdios do futebol brasileiro. Com excelente
sentido de colocação, reflexos apurados, ótima visão das jogadas e uma mistura
precisa de arrojo e segurança, Marcos de Mendonça mudou a concepção de que
jogar no gol era apenas reservado aos menos hábeis com a bola nos pés. Com suas
exibições primorosas, Marcos de Mendonça acumulou fama e prestígio.
Também iniciou a tradição
de goleiros-galãs. Elegante, arrebatava corações femininos, principalmente
quando entrava em campo com uma fitinha roxa amarrando o calção. Marcos vestiu
as camisas do Haddock Lobo (time extinto do Rio de Janeiro) e América – campeão
carioca em 1913 –, mas foi no Fluminense que atingiu a consagração com o
tricampeonato carioca de 1917/18/19. Foram 125 jogos defendendo as cores do
Tricolor. Naquela época jogava-se pouco e os seus números são bastante
expressivos. Em 1914 deixou o América junto com seus irmãos após uma
divergência entre jogadores e sócios contra a diretoria.
Ele tinha 19 anos quando disputou o primeiro jogo da Seleção, contra o Exeter City, da Inglaterra, em 21 de julho de 1914. Conquistou os títulos da Copa Roca de 1914 e do Campeonato Sul-Americano de 1919 e 1922. Disputou 14 jogos e sofreu 13 gols, sendo 9 oficiais com 9 gols sofridos.
Foi presidente do Fluminense entre maio de 1941 e agosto de 1943. Casado com a
poetisa Anna Amélia Carneiro de Mendonça, com quem teve três filhos, dentre eles a crítica teatral Bárbara
Heliodora, uma das maiores especialistas em Shakespeare do país, falecida em
abril de 2015.
Homem de múltiplos talentos, além de atleta, engenheiro, historiador, escritor e conferencista. Dedicou-se intensamente à pesquisa histórica, realizando importantes estudos sobre o século XVIII no Brasil. Especializou-se no período do Marquês de Pombal e escreveu obras consagradas, dentre elas: "O Marquês de Pombal e o Brasil" (1960), "A Amazônia não era pombalina" (1963) e "Século XVIII e Século Pombalino no Brasil" (1988). Foi membro de relevantes instituições culturais e científicas, como a Sociedade Capistrano de Abreu, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), o Centro de Estudos de Textos da História do Brasil do Ministério das Relações Exteriores e o Centro de Estudos da Marinha, de Portugal.
Marcos de Mendonça morreu
em 19 de outubro de 1988, aos 93 anos, no Rio de Janeiro, depois de não
resistir a uma operação na perna.
MEUS PARABÉNS PELA BELA MATÉRIA,PARABÉNS PELO BELO TRABALHO DE REGISTRO FUTEBOLÍSTICO QUE TENHO ACOMPANHADO DIARIAMENTE.
ResponderExcluirMuito obrigado pelas palavras e estamos juntos! Vc também é um grande historiador do futebol de Cataguases e merece todos os nossos elogios.
ExcluirTadeu, parabéns pela matéria e pela obra de manutenção da memória esportiva!!! Esse é um trabalho que nós fazemos com entusiasmo. Abraço, Helcio Ribeiro Campos (em nome do Blog, "Futebol, Cultura e Geografia").
ResponderExcluirObrigado, Helcio! Esse tipo de trabalho é uma tarefa árdua, mas muito nos recompensa quando conseguimos finalizar cada uma das histórias que escolhemos para mostrar. Você também é merecedor de elogios pelo que faz.
ExcluirMEUS PARABÉNS TADEU MIRACEMA,POR ESTA BELA MATÉRIA DO NOSSO IMPORTANTE CATAGUASENSE.UMA CURIOSIDADE SOBRE ESTE NOSSO QUERIDO E IMPORTANTE EX ATLETAS CATAGUASENSE.FOI LANÇADA UMA " PEDRA FUNDAMENTAL NO BAIRRO TAQUARA PRETA,AQUI DE CATAGUASES-MG",ONDE SERIA CONSTRUÍDO UM ESTÁDIO DE FUTEBOL,CUJO NOME SERIA " ESTÁDIO MARCOS CARNEIRO DE MENDONÇA ".COISA QUE NUNCA ACONTECEU E NEM SE SABE SE ESTA PLACA AINDA EXISTE .SEI QUE EXISTIU,POIS EU TIVE A CURIOSIDADE DE CONHECER ESTE LOCAL .ABRAÇOS .
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