quinta-feira, 23 de março de 2017

MANOEL CASTILHO: O FILHO DE MANÉ GARRINCHA





Garrincha casou-se com Nair, namorada de infância, com quem teve nove filhas. Separou-se de Nair e foi casado com a cantora Elza Soares por 15 anos, de 1968 a 1983. Os dois tiveram um filho, Manuel Garrincha dos Santos Filho, que morreu aos 9 anos de idade, em 11 de janeiro de 1986, afogado após um acidente automobilístico. Garrincha também é pai de um sueco: Ulf Lindberg é fruto de um relacionamento com uma sueca durante uma excursão do Botafogo à Europa em 1959. Ele teve mais uma filha com Vanderleia, viúva do ex-jogador Jorginho Carvoeiro, que foi do Vasco. Como podemos constatar o Mané não brincava em serviço.  

O terceiro filho homem do gênio Garrincha – de um relacionamento extraconjugal com a Iraci – teve o mesmo fim trágico do irmão por parte de pai, filho da Elza Soares. Manoel Castilho, o Neném, que Garrincha só veio a conhecer em 1977, após jogar nas divisões de base do Fluminense, no final dos anos 70, transferiu-se para o Belenenses, de Portugal, onde teve uma passagem discreta. De lá foi para o futebol da Suíça, sem conseguir alcançar o seu objetivo principal: ser um jogador reconhecido.

Estava de férias em Portugal quando morreu num acidente automobilístico, aos 31 anos, no dia 20 de janeiro de 1992, exatos nove anos após a morte do pai. Não se tem uma informação concreta se ele ainda jogava profissionalmente na Suíça quando veio a falecer. Chegou-se a comentar na imprensa que ele trabalhava como pedreiro. 

A trajetória do Garrincha fora de campo foi o oposto da alegria que ele deu ao povo brasileiro com sua irreverência e genialidade dos dribles. Segundo o dramaturgo Nelson Rodrigues, “Garrincha foi o jogador que ensinou a torcida a rir nos estádios”. No entanto, morreu na miséria absoluta, com o fígado e o pâncreas destruídos, vencido pela infecção generalizada.

Garrincha não conseguiu driblar o seu principal adversário: o álcool.     

                                

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