segunda-feira, 24 de abril de 2017

TITA: UM CRAQUE POLIVALENTE


Milton Queiroz da Paixão nasceu em 1º de abril de 1958, no Rio de Janeiro. Com apenas 18 anos o garoto entrava em campo pela primeira vez como profissional, num Fla x Flu, no Maracanã. Ali, o jogador começava a escrever sua história como um dos grandes atacantes do futebol brasileiro.

Tita poderia ter tido uma carreira com muito mais destaque se não tivesse cometido um erro estratégico. Ele não se sentia à vontade vestindo a camisa 7, apesar de não ser propriamente um ponta-direita. No esquema criado por Cláudio Coutinho e aperfeiçoado por Carpegiani, Tita não tinha posição fixa. Aparecia pela direita, na esquerda e no centro do ataque. Mas ele não estava satisfeito e insistia em ser colocado exclusivamente como jogador de meio campo. Esse foi seu grande equívoco. Com tudo isso, o seu futebol de alta movimentação, ótima técnica e versátil, guardou um lugar na história para Tita.

Teve a sorte de jogar no melhor Flamengo de todos os tempos, no período de glórias do final dos anos 70 e início da década de 80.  Depois de conquistar todos os títulos possíveis pelo rubro-negro – Campeão Carioca em 1978/79/79-especial e 1981; Campeão Brasileiro de 1980 e 1982; da Taça Libertadores e do Mundial Interclubes de 1981 – Tita foi emprestado ao Grêmio, onde se sagrou Campeão da Taça Libertadores de 1983, sendo um de seus jogadores mais importantes, inclusive marcando o gol da primeira partida das finais, contra o Peñarol, no Uruguai.

Com a ida de Zico para o futebol italiano, em 1983, Tita vislumbrou o sonho antigo de ser o substituto do Galinho no Flamengo e não quis permanecer no Grêmio, nem com a possibilidade de disputar o Mundial de Tóquio, sendo devolvido ao clube da Gávea no segundo semestre daquele ano. Ainda foi Campeão Brasileiro pelo Flamengo, em 1983, mas nunca conseguiu se firmar como queria. Ficou até 1985, quando foi negociado com o Internacional.  Voltava ao Sul para jogar no rival do Grêmio, permanecendo até 1987, mas sem conquistar títulos.   Foi, então, contratado pelo Vasco. Nesse mesmo ano, Tita ficaria marcado como o herói da conquista do Campeonato Carioca, justamente em cima do rival rubro-negro, marcando o gol da vitória por 1 x 0. Dez anos antes, em 1977, Tita perdia um pênalti da decisão do Campeonato Carioca entre Flamengo e Vasco, o que acabou dando o título ao clube de São Januário.  Coisas dos “deuses do futebol”!

A sua passagem pelo Vasco foi muito rápida. Ainda em 1987 foi vendido ao Bayer Leverkusen, da Alemanha, sendo Campeão da Copa UEFA em 1988 e um dos grandes destaques do time. Suas atuações chamaram a atenção do Pescara, da Itália, para onde foi em 1988 e por lá permanecendo até 1989. Não rendeu o esperado e voltou ao Vasco em 1989 para conquistar o título de Campeão Brasileiro do mesmo ano, ficando até 1990. Depois saiu para o futebol mexicano e por lá ficou até 1997, jogando pelo León e Puebla. Fez carreira de sucesso no futebol mexicano, conquistando o bicampeonato nacional em 1991/92, pelo León. Já no fim da carreira, em 1997, foi para o futebol da Guatemala e conquistou o título nacional pelo Comunicaciones nesse mesmo ano, abandonando o futebol logo a seguir.  

A sua passagem pela Seleção foi discreta e fez parte do grupo que disputou a Copa do Mundo de 1990, na Itália. O único título foi o da Copa América de 1989, que também fazia parte do grupo.

Números da Carreira:
Flamengo – 391 jogos e 131 gols
Grêmio – 32 jogos e 19 gols
Internacional – 57 jogos e 32 gols
Vasco – 82 jogos e 35 gols
Bayern Leverkusen – 37 jogos e 22 gols
Pescara – 31 jogos e 17 gols
León – 167 jogos e 86 gols
Puebla – 42 jogos e 23 gols
Comuniciones – 11 jogos e 6 gols
Seleção Brasileira – 34 jogos e 6 gols, sendo 31 oficiais com 6 gols

Um comentário:

  1. Craque nota 7. O fato desprezar a camisa do mesmo numero nao i deixou a chegar a nota 8. Nao conseguiu ser protagonista em nenhum dos clubes, um otimo coadjuvante.

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