Em 4 de maio de 1949, sob um forte nevoeiro, aconteceu uma tragédia que marcaria para sempre a história do futebol italiano e mundial. Recentemente o futebol brasileiro passou por uma situação semelhante com o time da Chapecoense. São acontecimentos que deixam feridas que nunca serão curadas. A diferença é que a tragédia com o time italiano foi um acidente; com o time brasileiro foi um crime.
Basílica de Superga |
O avião, modelo Fiat G.212,
que transportava a delegação do time do Torino de volta à Itália, após um
amistoso contra o Benfica, de Portugal, onde foi derrotado por 4 x 3, chocou-se
contra uma das torres da Basílica de Superga – já em Turim – a 600 metros de altura.
Não houve sobreviventes entre os 31 ocupantes do avião, sendo 27 passageiros e
4 tripulantes.
O Torino era o grande
time italiano na época – apelidado de Grande Torino – tetracampeão italiano e
caminhava a passos largos para a 5ª conquista, e a tragédia abalou, não só o
futebol italiano e europeu, mas o mundo todo. Aproximadamente 500 mil pessoas
acompanharam os funerais no dia 6 de maio.
A rodada seguinte pelo
campeonato italiano era a de nº 34. O Torino liderava a competição com quatro
pontos de vantagem sobre a Internazionale de Milão, faltando quatro jogos para
o término da competição. Como na época a vitória valia dois pontos, oito ainda
estavam em jogo. No mesmo dia a Liga declarou a equipe grená campeã nacional.
Seria, então, o quinto Scudetto – título de campeão italiano – consecutivo do
time. Considerado a melhor equipe da Europa durante uma década e a base da
Azurra, os dirigentes não aceitaram tal proposta: queriam conquistar o título
em campo, jogando.
Para honrar os 18
jogadores mortos na tragédia, entre eles o ídolo Valentino Mazzola, o Torino
disputou as quatro partidas restantes com a equipe juvenil. Em 15 de maio – 4 x
0 em cima do Gênova. Em 22 de maio – 3 x 0 no Palermo. Em 29 de maio – 3 x 2
contra Sampdória. Por fim, em 12 de junho – 2 x 0 na Fiorentina.
Os quatro rivais
demonstrando profundo respeito, também escalaram suas equipes juvenis. Assim, o
Torino atingira o seu principal objetivo e sagrou-se pentacampeão dentro de
campo. Depois dessa conquista o Torino só venceria o campeonato italiano em
1976, depois de 27 anos.
A seleção italiana
tinha como base o time do Torino e a sua participação na Copa do Mundo no
Brasil, em 1950, foi pífia, sendo eliminada na primeira fase. Por conta do
acidente aéreo, a delegação viajou até o Brasil de navio.
PARABÉNS TADEU MIRACEMA,SUAS MATÉRIAS NOS CONDUZ A UM GRANDE CONHECIMENTO ESPORTIVO,TAL A CLAREZA DOS FATOS QUE NOS SÃO CONTADOS.
ResponderExcluirObrigado pelas palavras que soam como um grande incentivo para continuar, na medida do possível, contando os causos do nosso futebol.
ExcluirMuito bom
ResponderExcluir.
Parabéns, simplesmente maravilhoso registro da história, incansável Tadeu!!!
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