Fausto Silva é o repórter com o microfone da Rádio Jovem Pan, em 1977 |
Gaúcho de
Taquara, onde nasceu em 18 de setembro de 1916, Oswaldo Brandão teve uma
infância humilde. Ainda muito jovem chegou a trabalhar em estradas de ferro
para ajudar no sustento da família. Não demorou muito para que mudasse o seu
destino em direção ao futebol, que o abraçou como jogador. Foi um regular
zagueiro que atuou primeiro no Internacional de Porto Alegre, e depois no
Palestra Itália paulista. Por conta de uma contusão, teve uma carreira curta, e
acabou se tornando técnico da equipe paulistana, já como Palmeiras, em outubro
de 1945.
Poucos
poderiam saber que aquele rapaz de pouco estudo se tornaria um dos maiores
técnicos da história do futebol brasileiro. Autoritário e centralizador,
Brandão adotava o estilo paizão, impondo rígidas normas de conduta a todos os
seus comandados. Certa vez vetou a ida de um jogador a uma excursão pela Europa
com o argumento de que o atleta estava com frieira.
Trabalhou
em todas as grandes equipes paulistas. No Palmeiras, conquistou quatro títulos
estaduais, em 1947, 1959, 1972 e 1974, uma Taça Brasil em 1960 e dois
Campeonatos Brasileiros, nos anos de 1972 e 1973, com uma das melhores equipes
da história do alviverde e que passou a ser chamada de “Segunda Academia”, a
primeira teria sido o time dos anos 60. No São Paulo, o paulista de 1971. No
Corinthians, foram três torneios Rio-São Paulo, em 1953, 1954 e 1966, e dois
paulistas, pra lá de especiais, o de 1954, na edição do IV Centenário da
cidade de São Paulo, e em 1977, título que deu fim a 23 anos sem campeonatos da
equipe alvinegra, o maior jejum de conquistas da história do clube.
Também
trabalhou na Portuguesa e no Santos e teve uma marcante passagem no exterior,
quando foi campeão argentino com o Independiente em 1967, com a melhor campanha
da história do futebol local, com mais de 86% de aproveitamento. Brandão também
viveu importantes momentos no comando da seleção brasileira. Era ele o técnico
do escrete canarinho nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1958. Acabou
sendo substituído por Vicente Feola, que tinha a preferência de Paulo Machado
de Carvalho, chefe da delegação brasileira que foi à Suécia. Assumiu a Seleção em 1955 e foi vice sul-americano em 1956 e 1957.
Retornou em 1975, dirigindo o combinado mineiro que representou o Brasil em caráter oficial na Copa América daquele ano. Foi o responsável pelos lançamentos de Falcão, Roberto Dinamite e Zico, entre outros, na Seleção. Deixou o cargo em 1977 após um empate sem gols contra a Colômbia pelas eliminatórias. Posteriormente afirmaria que “não ter ido a uma Copa do Mundo foi minha maior frustração”. Faleceu aos 72 anos, em 29 de julho de 1989, três anos após encerrar a carreira vitoriosa de técnico, vítima de um câncer linfático.
Retornou em 1975, dirigindo o combinado mineiro que representou o Brasil em caráter oficial na Copa América daquele ano. Foi o responsável pelos lançamentos de Falcão, Roberto Dinamite e Zico, entre outros, na Seleção. Deixou o cargo em 1977 após um empate sem gols contra a Colômbia pelas eliminatórias. Posteriormente afirmaria que “não ter ido a uma Copa do Mundo foi minha maior frustração”. Faleceu aos 72 anos, em 29 de julho de 1989, três anos após encerrar a carreira vitoriosa de técnico, vítima de um câncer linfático.
Alguns
números como técnico de Oswaldo Brandão:
Palmeiras – 580 jogos (335 vitórias, 151 empates, 94 derrotas)
Corinthians – 438 jogos (249 vitórias, 96 empates, 93 derrotas)
São Paulo –
143 jogos (85 vitórias, 29 empates e 29 derrotas)
Seleção Brasileira - 40 jogos (27 vitórias, 7 empates e 6 derrotas), sendo 32 oficiais (22 vitórias, 6 empates e 4 derrotas)
Seleção Brasileira - 40 jogos (27 vitórias, 7 empates e 6 derrotas), sendo 32 oficiais (22 vitórias, 6 empates e 4 derrotas)
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