O
meu é o do velho Maracanã, aquele das pastilhas azuis e do cimentão; meu
Flamengo era aquele que o geraldino, normalmente filmado pelo Canal 100, ria,
xingava e vibrava com um gol do Fio, do Dida, do Marciano, do Almir, do Batuta;
meu Flamengo tinha raça e seus torcedores jogavam junto com o time; meu
Flamengo não precisa de Arena própria; meu Flamengo é maior que isso; meu
Flamengo era pobre e devia a Deus e a todo mundo, mas Deus sempre benevolente
nunca nos cobrou, muito pelo contrário, nos bonificava com gols fantásticos nos
últimos minutos como aquele de seu xará, o da Raça, na final de 78 ou do
Leandro nas finais de 85; meu Flamengo me irritava, por vezes me fez chorar de
tristeza como em 69 e 73; meu Flamengo conquistou a América e o Mundo em 81 com
a magia de um time único; meu Flamengo não vestia amarelo, mas até poderia
tê-lo feito durante a Copa de 82; meu Flamengo era vermelho e negro como a raça
da maioria de nossos jogadores e torcedores; meu Flamengo é simples, é pobre, é
feliz. Meu Flamengo não existe mais!
Por
Geraldino Arquibaldo, um flamenguista apaixonado que vivenciou os áureos tempos
do velho Maracanã.
Nota do blog: uma crônica que o tricolor Nelson Rodrigues e o botafoguense Armando Nogueira assinariam com honras.
to conhecendo esse cara....
ResponderExcluirNão é uma tarefa das mais difíceis. rsss
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