Sabe aquela história de você é o que você come? Ela faz
todo sentido quando falamos de cérebro. A alimentação pode piorar ou acelerar o
funcionamento do órgão, por isso é importante priorizar alguns tipos de mantimentos
e reduzir outros. Os alimentos a serem priorizados devem ser consumidos
diariamente e, claro, fazem parte de uma lista variada, colorida e repleta de
nutrientes.
Azeite - Um poço de ingredientes pró-memória. Um deles se
chama oleocantal, que ajuda a combater as beta-amiloides, proteínas ligadas ao
Alzheimer. Os antioxidantes do azeite, caso do hidroxitirosol, protegem as
células do cérebro de danos. Para completar, ainda há uma oferta de gorduras
boas, que favorecem as conexões entre neurônios.
Legumes - A sugestão é investir em uma porção diária
variada de legumes. No estudo que testou a dieta MIND, que reduz em 53% o risco
de a pessoa desenvolver Alzheimer, os voluntários com a melhor memória comiam
cenoura, abóbora, tomate, beterraba, abobrinha, berinjela e repolho. Os
pigmentos que dão cor aos vegetais têm diferentes compostos bioativos com
efeitos protetores no cérebro.
Peixes - O consumo de peixe assado ou grelhado está
relacionado a um maior volume de massa cinzenta. As áreas cerebrais mais beneficiadas
pelo consumo desse alimento são as responsáveis pela memória e pelo
aprendizado. Mais peixe no prato significa dar melhores condições para os
neurônios funcionarem, reduzindo o risco de déficits cognitivos.
Grãos integrais - Grãos integrais (como arroz) e as fibras
solúveis --presentes em cereais, na maçã, couve-flor e batata -- melhoram a
sensibilidade à insulina. O Alzheimer é caracterizado por um processo de
inflamação gerado pelo acúmulo de toxinas no cérebro. Essa inflamação é
ocasionada, em grande parte, pela resistência à insulina. Os grãos integrais
ainda têm vitamina E, que retarda o envelhecimento do corpo.
Leguminosas - Quando a vitamina B1, chamada tiamina, está em
falta, fica complicado para o cérebro fabricar acetilcolina, um neurotransmissor
fundamental para consolidar a memória. O feijão, o grão-de-bico, a ervilha, a
lentilha e outras leguminosas são fontes da vitamina B1. Segundo a dieta
MIND, apenas três porções semanais desses alimentos já fazem um bem danado ao
cérebro.
Vinho tinto - A dieta MIND libera só uma taça de vinho tinto
ao dia --possivelmente graças ao resveratrol da uva vermelha. O resveratrol
ativa uma enzima que inibe a deposição da proteína beta-amiloide no cérebro. A
aglomeração dessa proteína leva à formação de placas que cortam a comunicação
entre os neurônios e os leva à morte, causando o Alzheimer.
Folhas verde-escuras - Pelo menos metade da salada que vai ao
prato deve ser composta com esses vegetais, como rúcula, agrião, alface, couve,
espinafre, escarola e almeirão. Essas folhas chamaram a atenção dos criadores
da dieta MIND, que rastrearam a dieta de 950 adultos. Quem consumia de uma a
duas porções de folhas verde-escuras diariamente tinha habilidades cognitivas
de uma pessoa 11 anos mais jovem.
Frango - O frango (ou outros tipos de ave, como peru) é
um alimento rico em vitaminas do complexo B, que protegem os neurônios. Além
disso, a carne branca tem baixo teor de gorduras saturadas, que estão
intimamente ligadas ao declínio cognitivo.
Oleaginosas - Nozes, amêndoas e castanhas estão na lista de
alimentos que previnem a demência. As oleaginosas têm alta concentração de
gorduras boas, que beneficiam a saúde cardiovascular e também o cérebro.
Frutas vermelhas - Pesquisas indicam que framboesa, morango,
mirtilo e amora têm uma enorme afinidade com o cérebro. Essas frutas são fontes
de antocianinas, substâncias naturais que conferem a cor roxa, azul e vermelha
a alguns alimentos e possuem ação antioxidante. O ideal é consumir duas porções
dessas frutas por semana.
Fonte: Bol
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