O transplante de medula
óssea pode beneficiar o tratamento de cerca de 80 doenças em diferentes
estágios e faixas etárias. O fator que mais dificulta a realização do
procedimento é a falta de doador compatível, já que as chances de o paciente
encontrar um doador compatível são de 1 em cada 100 mil pessoas, em média.
Além disso, o doador
ideal (irmão compatível) só está disponível em cerca de 25% das famílias
brasileiras – para 75% dos pacientes é necessário identificar um doador
alternativo a partir dos registros de doadores voluntários, bancos públicos de
sangue de cordão umbilical ou familiares parcialmente compatíveis
(haploidênticos). O voluntário pode ser chamado para efetuar a doação com até
60 anos de idade.
Como é feita a doação:
– A doação é um
procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral,
e requer internação de 24 horas.
– A medula é retirada
do interior de ossos da bacia, por meio de punções.
– O procedimento leva
em torno de 90 minutos.
– A medula óssea do
doador se recompõe em apenas 15 dias.
– Nos primeiros três
dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que
pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples.
– Normalmente, os
doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana após a
doação.
Há outro método de
doação chamado coleta por aférese. Neste caso, o doador faz uso de uma
medicação por cinco dias com o objetivo de aumentar o número de células-tronco
(células mais importantes para o transplante de medula óssea) circulantes no
seu sangue. Após esse período, a pessoa faz a doação por meio de uma máquina de
aférese, que colhe o sangue da veia do doador, separa as células-tronco e
devolve os elementos do sangue que não são necessários para o paciente. Não há necessidade
de internação nem de anestesia, sendo todos os procedimentos feitos pela veia.
A decisão sobre o
método de doação mais adequado é exclusiva dos médicos assistentes, tanto do
paciente quanto do doador, e será avaliada em cada caso.
Fonte: Instituto
Nacional de Câncer
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