Daniel Ángel González Pulga nasceu em Montevidéu, Uruguai, em
22 de dezembro de 1953. Com 17 anos
deixava as divisões de base do Nacional para tentar uma vaga no time principal,
que possuía uma forte equipe. No
entanto, nunca chegou a titular absoluto do esquadrão uruguaio. Aos 21 anos, transferiu-se para o Fênix, um
time de pequeno porte do futebol uruguaio.
Em 1978, com 24 anos, desembarcou na Portuguesa de Desportos
para um período de testes. Com seu físico privilegiado e uma impulsão acima da
média, mais a garra e o espírito de liderança que sempre o caracterizaram, em
pouco tempo passou a comandar o novo time e logo foi contratado em definitivo.
Daniel González não era apenas um beque raçudo. Tinha estilo e não costumava
ser desleal.
No mês de abril de 1982 foi contratado pelo Corinthians. Participou
da vitoriosa campanha do bicampeonato paulista de 1982 e 1983, e logo caiu nas
graças da Fiel. Marcou sua passagem não somente pelo futebol que apresentava em
campo, mas também por ter sido um dos líderes da “democracia corintiana”, ao
lado de Sócrates, Casagrande, Wladimir e o vice-presidente Adilson Monteiro
Alves. Marcou 2 gols em 72 jogos com a camisa do Timão.
O futebol guerreiro do uruguaio chamou a atenção do Vasco,
que, em agosto de 83, pagou uma elevada soma pelo seu passe. Chegou ao time
carioca e logo ocupou o seu espaço, mantendo a mesma regularidade. Desde o
final dos anos 70 o Vasco procurava um zagueiro que comandasse o setor
defensivo do time. Defendeu o time carioca em 63 jogos e marcou 3 gols.
Depois de uma ótima temporada em 1984, o ano de 85 era de uma
perspectiva ainda melhor. O sonho foi interrompido de forma trágica em um
acidente automobilístico fatal. Depois de um jantar ao lado de outros jogadores na casa do amigo Claudio
Adão, retornava à sua residência - sob forte chuva - quando perdeu o
controle do seu carro e sofreu o acidente que tirou sua vida, em 1º de
fevereiro de 1985. Sua esposa sobreviveu ao acidente.
Estava encerrada a trajetória de um zagueiro que prezava pela
seriedade dentro de campo, e pelo respeito à classe dos atletas fora dele.
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