Mauro Geraldo Galvão é gaúcho de Porto Alegre, onde
nasceu em 19 de dezembro de 1961. Zagueiro extremamente técnico que gostava de
dominar a bola e sair jogando com muita tranqüilidade e segurança, bom passe e muito
eficiente na marcação. Por ser um jogador que se cuidava, teve uma carreira
longa mantendo a mesma categoria que mostrou no início da carreira. Foi ídolo e
deixou saudades por todas as equipes que defendeu, tornando-se um dos grandes
zagueiros do futebol brasileiro.
Justamente por acharem um desperdício contar com um
jogador tão talentoso lá atrás é que muitos técnicos resolveram exercitar a
criatividade em cima do futebol de Mauro Galvão. Mário Juliato, por exemplo,
queria vê-lo atuando como os antigos centro-médios (hoje volantes mais
avançados). Cláudio Duarte lançou-o como meia-armador. Ernesto Guedes colocou-o
na lateral esquerda, e Dino Sani chegou a dar-lhe a camisa 10. Na Copa do Mundo
de 1990, na Itália, Galvão era o líbero do esquema de Lazaroni. E, pelo menos
em termos de Seleção, acabou ficando muito marcado pelo fracasso daquela
equipe. Em todas as funções ele se seu bem, mas em nenhuma tão bem como na
quarta-zaga, onde se tornou o capitão da maioria das equipes que defendeu.
Com apenas 17 anos Mauro Galvão era titular do
Internacional, campeão brasileiro invicto de 1979. Ao seu lado, craques como
Falcão, Mário Sérgio, entre outros. Ficou no Inter até 1986 e conquistou o
tetracampeonato gaúcho de 1981/82/83 e 84. Chegou ao Bangu ainda em 1986 e por
lá ficou até o ano seguinte, conquistando a Taça Rio de 1987, correspondente ao
2º turno do Campeonato Carioca, atuando em 68 jogos e marcando 3 gols. Em 1988
chegou ao Botafogo acompanhado de Paulinho Criciúma, Marinho e Cláudio Adão,
numa “negociação” entre os presidentes Castor de Andrade e Emil Pinheiro, em
que muitos afirmam que envolveu pontos de jogo de bicho na capital carioca. Ficou
no Glorioso até 1990 e conquistou o bicampeonato carioca de 1989/90. Após a Copa
de 90 se transferiu para o Lugano, da Suíça, onde ficou até 1996 e conquistou
apenas a Copa da Suíça em 1993.
Voltou ao Brasil em 1996, conquistando o Campeonato
Brasileiro de 1996 e a Copa do Brasil de 1997. Com a categoria de sempre e
muito mais experiente, era apontado por muitos como o melhor zagueiro do Brasil e
foi reforçar o Vasco, já com seus 36 anos, pelo qual jogou de 1997 a 2000, e
foi peça fundamental nas conquistas do Campeonato Brasileiro de 1997 e
2000, da Taça Libertadores da América de 1998, do carioca de 1998, e da Copa
Mercosul de 2000, naquela fantástica virada contra o Palmeiras, no Parque
Antártica. Vestiu a camisa cruzmaltina em 178 jogos e marcou 12 gols. Em 2001, retornou ao Grêmio e de quebra foi campeão gaúcho e da Copa
do Brasil, atuando como líbero e capitão no time montado por Tite. Entrou para
a história dos rivais gaúchos. Em 2002, aos 40 anos, após a disputar mais uma
Libertadores pelo Grêmio, Mauro Galvão decidiu encerrar a sua vitoriosa
carreira.
Participou das Copas do Mundo de 1986 e 90, sendo essa
última como titular. Foi campeão da Copa América de 1989 e conquistou a Medalha
de Prata nos Jogos Olímpicos de 1984, quando o time do Internacional foi a base
da Seleção, reforçado por mais alguns jogadores, e representou o Brasil na
competição. Vestiu a camisa do Brasil em 26 jogos, sendo 24 oficiais.
Jogava muito.
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