sábado, 27 de março de 2021

MOACIR BARBOSA: O INJUSTIÇADO

 


Moacir BARBOSA é paulista de Campinas, onde nasceu em 27 de março de 1921. Apesar de baixo, fora dos padrões de um goleiro, era muito ágil e tinha uma elasticidade incomum para o seu tamanho. Excelente senso de colocação, arrojado e capaz de defesas impossíveis. Recebeu o apelidado de “Homem Borracha” pelos milagres que fazia embaixo das traves. O maior goleiro de seu tempo e um dos melhores do futebol brasileiro de todos os tempos.


Acabou ficando marcado negativamente na história – injustamente, que fique bem claro! – por ter sofrido o segundo gol uruguaio na decisão da Copa do Mundo de 1950. Após essa derrota só voltou a jogar mais uma vez pela Seleção, em 1953, e só não foi para o Mundial de 1954 porque estava machucado. Veja esse depoimento amargurado de Barbosa:

O futebol me propiciou as melhores e as piores emoções de minha vida. Nos meus 26 anos de carreira, fui campeão várias vezes. Viajei pelo mundo, fiz alguns amigos. Mas ao perdermos para o Uruguai passei a ser o brasileiro mais criticado da história. Nunca consegui me livrar da sensação de fracasso.


Esperto, costumava usar camisa preta à noite para dificultar os atacantes. Faz parte da galeria histórica do Vasco, sendo o goleiro do famoso “Expresso da Vitória”, time que marcou época no final da década de 40. Foram 431 jogos defendendo o Vasco.


Começou no Ypiranga (SP), e brilhou no Vasco (campeão carioca em 1945/47/49/50/52 e 58, do sul-americano em 1948 e do Rio-São Paulo em 1958), Santa Cruz (PE), Bonsucesso e Campo Grande, onde encerrou a carreira em 1962. Participou da Copa do Mundo de 1950 e foi campeão do Sul-Americano de 1949. Pela Seleção foram 22 jogos e 31 gols sofridos, sendo 20 oficiais com 24 gols.


Morreu pobre e passando dificuldades, aos 79 anos, dependendo da ajuda de amigos, em 7 de abril de 2000, em Praia Grande-SP, onde vivia com uma filha adotiva. A causa de sua morte foi problemas respiratórios, após complicações de um AVC.


Um fato ocorrido em 1953 serviu para mostrar ao Barbosa o quanto ele era querido pelos torcedores. Assim ele descreveu: “Constatei no dia em que quebrei a perna contra o Botafogo no Rio-São Paulo, em 1953. A depressão foi incrível, mas me recuperei do trauma ao descobrir que faziam filha no Hospital dos Acidentados para me visitar. Pela informação de um médico, só o presidente Getúlio Vargas tinha recebido um número maior de visitas. Não é uma felicidade?”



A respeito de Barbosa, assim escreveu o cronista Armando Nogueira: “Certamente, a criatura mais injustiçada na história do futebol brasileiro. Era um goleiro magistral. Fazia milagres, desviando de mãos trocadas bolas envenenadas. O gol de Ghiggia, na final da Copa de 50, caiu-lhe como uma maldição. E quanto mais vejo o lance, mais o absolvo. Aquele jogo o Brasil perdeu na véspera.”

 

8 comentários:

  1. Triste foi o que aconteceu quando Barbosa, pediu para assistir o treno da Seleção Brasileiro e o técnico Cláudio Coutinho o impediu de assistir o mesmo, na preparação para a Copa do Mundo na Argentina, em 1988. Ganho pelo "hermanos".

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Na verdade não foi Claudio Coutinho, foi Zagallo. Também não foi em 1988 (em 88 jamais houve Copa do Mundo, houve Olimpiadas, de Seul) e a Argentina ganhou em 1978, em casa, e eles são os Hermanos, os uruguaios são os charruas. E o episódio em tela ocorreu em 1994, no ano do tetra, e Zagallo alegou que ele Barbosa daria azar, pois Zagallo é supersticioso.

      Excluir
    2. Zagallo era mala!

      Excluir
  2. Superstição não isso chama se preconceito

    ResponderExcluir
  3. Dodoi preconceito não pode foi feito tbm na França c Romário

    ResponderExcluir
  4. Acertei na mosca c Barbosa e Romário

    ResponderExcluir