Gentil Alves Cardoso nasceu na capital pernambucana,
em 5 de setembro de 1908. Ficou mais
conhecido pelas suas frases de efeito do que pelos títulos conquistados como
técnico. Passou a maior parte da sua carreira dirigindo equipes do Rio
(América, Bonsucesso, Bangu, Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense). Mas
treinou também o Corinthians, Ponte Preta, Sport Recife, Santa Cruz e Náutico.
Em 1946, assumiu o Fluminense e logo soltou uma das
suas frases de impacto: "Deem-me Ademir (na época jogador do Vasco) e lhes
darei o título". A diretoria apostou na promessa e contratou o atacante. O
resultado é que o Fluminense foi o campeão carioca daquele ano. Assim ele
descreveu esse fato em 1958:
- Sempre
acreditei em Ademir como um jogador decisivo. Ele estava, então, na plenitude
de suas condições físicas e técnicas. Quantas partidas ele decidiu num lance de
estupenda clarividência? Ademir tem um lugar definitivo na história do futebol
brasileiro.
No Vasco, Gentil Cardoso foi dispensado pela
diretoria, após conquistar o título carioca de 1952, por "falar demais.”
Gentil Cardoso foi o primeiro técnico profissional a
treinar o Mané Garrincha. A contratação do atleta rendeu uma história curiosa.
No dia em que Mané realizou seu primeiro treino no clube, Gentil não compareceu
a General Severiano. Quem comandou a prática foi o filho do treinador, Newton,
que não tinha poder algum para oficializar a negociação. Mas, para sorte dos
botafoguenses, o treinador apareceu no vestiário quando os jogadores já estavam
trocados. Diante da insistência de Nilton Santos, que tomou um passeio de
Garrincha no treino, voltaram para o campo para que Mané fosse avaliado
novamente. Depois de entortar a todos, o ponta foi contratado imediatamente com
o aval de Gentil.
Comandou a Seleção Brasileira no Campeonato
Sul-Americano Extra, de 1959, em que o Brasil foi representado por uma seleção formada com jogadores que atuavam no futebol pernambucano. Morreu na capital carioca, aos 62 anos, em 8 de setembro
de 1970.
São de sua autoria várias pérolas que já fazem parte
do folclore do futebol brasileiro, como:
"Quem se desloca recebe, quem pede tem
preferência";
"O craque trata a bola de você, não de
excelência";
"Só me chamam para enterro, ninguém me convida
para comer bolo de noiva" (em alusão ao fato de raras vezes ter sido
chamado para treinar equipes bem formadas, quase sempre só era lembrado para
assumir o comando de times em crise);
"Se a bola é feita de couro, se o couro vem da
vaca e se a vaca come capim, então a bola gosta de rolar na grama e não ficar
lá por cima; portanto, meus filhinhos, vamos jogar com ela no chão".
GENTIL ,TAMBÉM FOI GRANDE TREINADOR DO PAYSSANDU.GANHOU MUITOS TÍTULOS PELO PAPÃO.
ResponderExcluirTAMBÉM FOI MUITAS VEZES CAMPEÃO PARAENSE PELO PAPÃO.
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