Valtencir Pereira Senra é mineiro de Juiz de Fora,
onde nasceu em 11 de novembro de 1946. Esse ex-lateral-esquerdo de ótimos
recursos técnicos, formado nas divisões de base do Botafogo e com uma marcante
passagem pelo clube, faz parte do seleto grupo de jogadores que mais vestiu a
camisa do Glorioso, num total de 453 jogos e 6 gols marcados, no período de 1967
a 1976. Foi titular absoluto na conquista do bicampeonato carioca de 1967/68.
Depois de uma rápida passagem pelo futebol da
Venezuela – por empréstimo – retornou ao Brasil e foi jogar no Colorado, do
Paraná.
No jogo entre sua equipe, o Colorado, e o Grêmio
Maringá, numa jogada isolada e totalmente casual, o lateral-direito improvisado
disputou no carrinho uma bola com o meia Nivaldo, quando sofreu uma ruptura na
coluna cervical. O lance parecia normal e o jogo continuou. Valtencir, porém,
havia caído de mau jeito, de costas, e não levantou mais. Aos 43 minutos do
primeiro tempo, o estádio Willie Davis, em Maringá, emudeceu. Ao ver o jogador
desacordado, o juiz e os companheiros imediatamente solicitaram a entrada do médico.
Valtencir foi levado aos vestiários e, de lá, sairia
recebendo massagens no coração e respiração boca a boca, rumo ao Hospital de
Maringá. A jogada casual, tantas vezes repetida em mais de uma década, acabara
com sua carreira e com sua vida. Ao cair no gramado e romper a coluna cervical,
Valtencir sofreu uma parada respiratória e uma hemorragia na medula. A sua
morte, de forma tão trágica, abalou o esporte brasileiro naquele 17 de setembro de 1978.
Valtencir ganhou maior notoriedade no futebol
brasileiro nos tempos em que integrou o Botafogo em sua fase áurea. Nos anos de
1967 e 1968, sagrou-se bicampeão da Taça Guanabara e do Campeonato Carioca.
Quem não se lembra desse time: Manga, Moreira, Zé Carlos, Leônidas e Valtencir;
Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Roberto, Jairzinho e Paulo César. Nesse esquadrão,
o garoto Valtencir despontava com um futebol raçudo, forte e ágil na marcação. Ao
longo de sua carreira foi um jogador extremamente profissional.
Quis o destino que nesse fatídico jogo ele fosse
deslocado para o lado direito da defesa, saindo de sua posição original para
substituir o titular Ari, vetado na manhã do confronto.
Valtencir era casado e deixou dois filhos e a esposa
grávida do terceiro. Ele foi sepultado em Niterói, onde residia com sua
família.
Por que não é divulgado a história desse craque do passado. Existem muitos pernas de pau que recebem notariedsde todos os dias pelos ditos "entendidos" de futebol
ResponderExcluirÉ o que eu procuro fazer em minhas postagens aqui no blog e na página do face.
ExcluirMarcou um gol contra o Madureira em 1975 que foi fundamental para que o Botafogo vencesse o returno do Carioca.
ResponderExcluirLembro me muito no Botafogo CAO o goleiro Mura lateral direito o esquerdo Valtencir,grande jogador.
ResponderExcluirEu estava no estádio nesse fatídico dia.
ResponderExcluirObrigado Tadeu por divulgar tantas histórias de futebol, pena que umas são alegres e outras são tristes.
ResponderExcluirPrimeiro não foi carrinho foi bola alta recebeu involuntariamente uma cama de gato do Nivaldo.
ResponderExcluirTranscrevi esse parágrafo conforme informado na edição da revista Manchete Esportiva, à época.
ExcluirCorreto.
Excluir