terça-feira, 31 de maio de 2022

RUBENS JOSUÉ DA COSTA: DOUTOR RÚBIS

 


RUBENS Josué da Costa é paulista da capital, onde nasceu em 04 de novembro de 1928. Doutor Rúbis, como era carinhosamente chamado pela torcida do Flamengo, foi um meia clássico, de dribles curtos, chute forte e colocado, ótimo cobrador de faltas. Apesar de magro e baixo, tinha um estilo refinado e atrevido dentro de campo. Sua passagem foi marcante pelos rivais Flamengo e Vasco. Depois de só jogar amistosos em 1956, foi emprestado ao Santa Cruz. Em 1957, fez uma única partida pelo Flamengo e não foi mais aproveitado.  Comprou seu próprio passe e aceitou o convite para defender o Vasco ainda no 2º semestre daquele ano.


Atuou no Ypiranga (time já extinto de São Paulo), Portuguesa de Desportos, Flamengo – 170 jogos e 82 gols (campeão carioca em 1953/54 e 55), Santa Cruz (PE), Vasco – 115 jogos e 37 gols (campeão do Rio-São Paulo e carioca em 1958) e Prudentina (campeão da Segunda Divisão paulista em 1961), onde encerrou a carreira. Pela Seleção foram 2 jogos, sendo 1 oficial. Fez parte do grupo que conquistou o campeonato Pan-Americano de 1952, no Chile, o primeiro título do Brasil obtido fora do país, sob o comando do técnico Zezé Moreira.


Morreu em 31 de maio de 1987, aos 58 anos, no Rio de Janeiro, vítima de câncer no pulmão. O cigarro foi um mal que o acompanhou ao longo de sua vida, desde quando ainda jogava. Inclusive, no Flamengo teve problemas com o técnico Fleitas Solich em decorrência do vício.


O historiador Ivan Soter assim o descreveu em seu livro “Quando a bola era redonda”: “Sim, a bola já foi protagonista. Quando ela ficava com Rubens, o doutor Rúbis, ficava feliz. Rubens tinha um elástico mágico que a prendia a seus pés. Os adversários, hipnotizados, olhavam a bola nos pés de Rubens. Parados. Rubens se mexia, todos se mexiam para o lado que Rubens tinha se mexido. Ele só esperava que alguém ousasse roubá-la. Até que um sujeito do outro time, mas desavisado, avançasse desequilibrando a natureza morta pintada no gramado. Era o momento do drible. Só então a bola saía do lugar. Para continuar nos pés de Rubens”.

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