RUBENS Josué da Costa é paulista da capital, onde
nasceu em 04 de novembro de 1928. Doutor Rúbis, como era carinhosamente chamado
pela torcida do Flamengo, foi um meia clássico, de dribles curtos, chute forte
e colocado, ótimo cobrador de faltas. Apesar de magro e baixo, tinha um estilo
refinado e atrevido dentro de campo. Sua passagem foi marcante pelos rivais
Flamengo e Vasco. Depois de só jogar amistosos em 1956, foi emprestado ao Santa
Cruz. Em 1957, fez uma única partida pelo Flamengo e não foi mais
aproveitado. Comprou seu próprio passe e
aceitou o convite para defender o Vasco ainda no 2º semestre daquele ano.
Atuou no Ypiranga (time já extinto de São Paulo),
Portuguesa de Desportos, Flamengo – 170 jogos e 82 gols (campeão carioca em
1953/54 e 55), Santa Cruz (PE), Vasco – 115 jogos e 37 gols (campeão do Rio-São
Paulo e carioca em 1958) e Prudentina (campeão da Segunda Divisão paulista em 1961), onde encerrou a carreira. Pela Seleção foram 2 jogos, sendo 1 oficial. Fez parte do grupo que conquistou
o campeonato Pan-Americano de 1952, no Chile, o primeiro título do Brasil
obtido fora do país, sob o comando do técnico Zezé Moreira.
Morreu em 31 de maio de 1987, aos 58 anos, no Rio de
Janeiro, vítima de câncer no pulmão. O cigarro foi um mal que o acompanhou ao
longo de sua vida, desde quando ainda jogava. Inclusive, no Flamengo teve
problemas com o técnico Fleitas Solich em decorrência do vício.
O historiador Ivan Soter assim o descreveu em seu
livro “Quando a bola era redonda”: “Sim, a bola já foi protagonista. Quando ela
ficava com Rubens, o doutor Rúbis, ficava feliz. Rubens tinha um elástico
mágico que a prendia a seus pés. Os adversários, hipnotizados, olhavam a bola
nos pés de Rubens. Parados. Rubens se mexia, todos se mexiam para o lado que
Rubens tinha se mexido. Ele só esperava que alguém ousasse roubá-la. Até que um
sujeito do outro time, mas desavisado, avançasse desequilibrando a natureza
morta pintada no gramado. Era o momento do drible. Só então a bola saía do
lugar. Para continuar nos pés de Rubens”.
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