terça-feira, 2 de agosto de 2022

TONINHO CEREZO: O PLUTO ITALIANO

 


Antônio Carlos Cerezo, mais conhecido como Toninho Cerezo, nasceu em Belo Horizonte-MG, em 21 de abril de 1956. Volante voluntarioso, de passadas largas, muito fôlego e mobilidade em campo, grande visão de jogo e determinação tática. Todas essas qualidades mesmo com seu jeito desengonçado. Está entre os grandes jogadores da história do Atlético Mineiro. Também se destacou no futebol italiano e pelo São Paulo, onde conquistou títulos importantes no final de carreira.


Em 1972, Cerezo fez sua estreia pelo Galo. Depois de um começo tumultuado, no qual chegou a ser emprestado ao Nacional (campeão amazonense em 1974), para adquirir experiência, voltou para o Atlético e, a partir de 1974, tornou-se titular. Disputou 451 jogos e marcou 77 gols. Ao lado do artilheiro Reinaldo, formou uma das maiores equipes de todos os tempos do Atlético. Foi campeão mineiro em 1976/78/79/80/81/82 e 83).


Em junho de 1983, Cerezo foi negociado com a Roma, por US$ 10 milhões. Ele chegou à capital italiana com a responsabilidade de dividir o setor de meio-campo com Falcão, chamado na época de “Rei de Roma”, pois ajudara a levar o clube ao título nacional depois de 41 anos de jejum. Ajudou a conquistar os títulos da Copa Itália de 1984 e 1986. Marcou 25 gols em 104 jogos.


Em agosto de 1986, Cerezo se transferiu para a Sampdória. Foi apelidado de Pluto, pelas passadas largas e desajeitadas como as do cachorro do desenho animado. Foi bicampeão da Copa Itália de 1988/89, e campeão italiano de 1991. Atuou em 216 jogos e assinalou 25 gols.


De volta ao Brasil, assinou com o São Paulo em 1992. Brilhou no tricolor paulista e conquistou títulos importantes sob o comando de Telê Santana: campeão paulista (1992), Taça Libertadores (1993), Mundial Interclubes (1992 e 1993). Marcou 7 gols em 72 jogos.


Antes de pendurar as chuteiras, Cerezo ainda atuou pelo rival Cruzeiro – 27 jogos e 6 gols (campeão mineiro em 1994), Paulista de Jundiaí – 8 jogos, retornou ao São Paulo no segundo semestre de 95, para jogar o brasileiro, e seu destino final foi o Atlético Mineiro, onde encerrou a carreira em agosto de 1997.


Participou das Copas do Mundo de 1978 e 82. Pela Seleção foram 73 jogos e 5 gols, sendo 58 oficiais e 4 gols. Na Copa de 82, estava suspenso e não atuou contra a União Soviética. Após os primeiros e brilhantes resultados, veio a improvável eliminação para uma Itália tecnicamente inferior, mas taticamente disciplinada, por 3 a 2. Cerezo foi massacrado por parte da imprensa brasileira pelo passe errado que originou o segundo gol italiano. No entanto, é quase unanimidade na crônica esportiva mundial que ele, ao lado de Falcão, Sócrates e Zico formaram um dos melhores meios de campo da história do futebol mundial. A sua geração não teve o privilégio de conquistar uma Copa do Mundo. Coisas do futebol...

 

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