Antônio Carlos Cerezo, mais conhecido como Toninho
Cerezo, nasceu em Belo Horizonte-MG, em 21 de abril de 1956. Volante voluntarioso, de passadas largas, muito fôlego e mobilidade em campo, grande visão de jogo e determinação tática. Todas essas qualidades mesmo com seu jeito desengonçado. Está entre os grandes
jogadores da história do Atlético Mineiro. Também se destacou no futebol
italiano e pelo São Paulo, onde conquistou títulos importantes no final de
carreira.
Em 1972, Cerezo fez sua estreia pelo Galo. Depois de
um começo tumultuado, no qual chegou a ser emprestado ao Nacional (campeão
amazonense em 1974), para adquirir experiência, voltou para o Atlético e, a
partir de 1974, tornou-se titular. Disputou 451 jogos e marcou 77 gols. Ao lado
do artilheiro Reinaldo, formou uma das maiores equipes de todos os tempos do
Atlético. Foi campeão mineiro em 1976/78/79/80/81/82 e 83).
Em junho de 1983, Cerezo foi negociado com a Roma, por
US$ 10 milhões. Ele chegou à capital italiana com a responsabilidade de dividir
o setor de meio-campo com Falcão, chamado na época de “Rei de Roma”, pois
ajudara a levar o clube ao título nacional depois de 41 anos de jejum. Ajudou a
conquistar os títulos da Copa Itália de 1984 e 1986. Marcou 25 gols em 104
jogos.
Em agosto de 1986, Cerezo se transferiu para a
Sampdória. Foi apelidado de Pluto, pelas passadas largas e desajeitadas como as
do cachorro do desenho animado. Foi bicampeão da Copa Itália de 1988/89, e
campeão italiano de 1991. Atuou em 216 jogos e assinalou 25 gols.
De volta ao Brasil, assinou com o São Paulo em 1992.
Brilhou no tricolor paulista e conquistou títulos importantes sob o comando de
Telê Santana: campeão paulista (1992), Taça Libertadores (1993), Mundial
Interclubes (1992 e 1993). Marcou 7 gols em 72 jogos.
Antes de pendurar as chuteiras, Cerezo ainda atuou
pelo rival Cruzeiro – 27 jogos e 6 gols (campeão mineiro em 1994), Paulista de
Jundiaí – 8 jogos, retornou ao São Paulo no segundo semestre de 95, para jogar
o brasileiro, e seu destino final foi o Atlético Mineiro, onde encerrou a
carreira em agosto de 1997.
Participou das Copas do Mundo de 1978 e 82. Pela
Seleção foram 73 jogos e 5 gols, sendo 58 oficiais e 4 gols. Na Copa de 82,
estava suspenso e não atuou contra a União Soviética. Após os primeiros e
brilhantes resultados, veio a improvável eliminação para uma Itália tecnicamente
inferior, mas taticamente disciplinada, por 3 a 2. Cerezo foi massacrado por
parte da imprensa brasileira pelo passe errado que originou o segundo gol italiano.
No entanto, é quase unanimidade na crônica esportiva mundial que ele, ao lado
de Falcão, Sócrates e Zico formaram um dos melhores meios de campo da
história do futebol mundial. A sua geração não teve o privilégio de conquistar
uma Copa do Mundo. Coisas do futebol...
Mais um excelente texto
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