Foto Agência O Globo
Filho de ucranianos e nascido em Hanover, na Alemanha,
em 09 de dezembro de 1945, Alexandre Kammianek veio para o Brasil em 1948 e
naturalizou-se brasileiro em 1970, quando fez parte da lista dos 40
pré-convocados para a fase de preparação da Copa do Mundo daquele ano, mas
acabou cortado sem chegar a vestir a camisa canarinho, sob o comando do técnico
João Saldanha.
Em entrevista recente ao blog, assim ele descreveu
esse fato: “Eu
estava na lista entre os 40 convocados com o técnico João Saldanha e Zagallo.
Foi um privilégio ser lembrado, mas como eu era naturalizado e não havia esse
intercambio no futebol como o de hoje, acabei não sendo mais lembrado”.
É um dos grandes ídolos da história do América (RJ),
pelo qual jogou 673 partidas entre os anos de 1967 e 1979, e foi campeão da
Taça Guanabara em 1974.
O seu respeito pelo time carioca era tanto que quando
encerrou sua passagem como jogador do clube, em 1979, incluiu em seus novos
contratos uma cláusula que o proibia de enfrentar o América: “Foi a maneira
que encontrei para demonstrar meu respeito e amor ao clube e à sua torcida ao
qual defendi por 13 anos em 673 jogos”.
Após receber passe livre, defendeu o Sport Recife
(campeão pernambucano em 1980, onde disputou dois dos três turnos da
competição), América (campeão potiguar em 1980), e Moto Clube (campeão
maranhense em 1981), encerrando a carreira no São Cristóvão, em 1982.
Vale lembrar que o Alex iniciou a sua trajetória no
interior gaúcho, atuando no Clube Esportivo Aimoré, de São Leopoldo, em 1965 e
1966. Chegando ao Rio, em 1967, treinou no Vasco antes de ingressar em
definitivo no América: “Cheguei ao Vasco devido ao zagueiro Brito estar se
transferindo para o Santos, mas não houve acerto e ele retornou. Como eu estava
me destacando nos treinos sob o comando do técnico Zizinho, este me indicou ao
America-RJ”.
Jogando pelo América recebeu o Troféu Belfort Duarte
por atuar 10 anos sem ser expulso. Um prêmio raro para qualquer jogador de
futebol, ainda mais difícil para um zagueiro: “O meu segredo sempre foi a lealdade e o
respeito ao adversário e não reclamar dos árbitros através de gestos”.
Esse fato apenas comprova o quanto Alex praticou um
futebol, não apenas de técnica apurada, mas de muita lealdade e respeito com os
adversários. Esse respeito é mútuo e o mesmo pode ser dito com os torcedores
dos times rivais.
Assim Alex encerrou a entrevista: “Obrigado pelo carinho das torcidas,
inclusive adversárias, que mesmo após mais de 40 anos que deixei o futebol como
atleta e ainda ser lembrado pela minha conduta profissional. Não fiz mais que
minha obrigação, a disciplina e a lealdade sempre fizeram parte da minha vida”.
Por trás dos sonhos,há sacrifícios que as pessoas não vêem. O tempo passa...minhas rugas chegaram...os cabelos lindos já era..., mas o amor pela vida continua. E a vida vai fluindo..., e a gente vai recordando das boas lembranças deixadas no percurso. O verdadeiro sucesso é conquistar tudo aquilo que o dinheiro não compra, honestidade e a disciplina. Obrigado Tadeu Miracema pela lembrança e o carinho. Grande abraço, aqui de Canoas/RS, do ALEX.
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