sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

ALEX: UM SÍMBOLO DO AMÉRICA

 

                                                                                           Foto Agência O Globo

Filho de ucranianos e nascido em Hanover, na Alemanha, em 09 de dezembro de 1945, Alexandre Kammianek veio para o Brasil em 1948 e naturalizou-se brasileiro em 1970, quando fez parte da lista dos 40 pré-convocados para a fase de preparação da Copa do Mundo daquele ano, mas acabou cortado sem chegar a vestir a camisa canarinho, sob o comando do técnico João Saldanha.

Em entrevista recente ao blog, assim ele descreveu esse fato: “Eu estava na lista entre os 40 convocados com o técnico João Saldanha e Zagallo. Foi um privilégio ser lembrado, mas como eu era naturalizado e não havia esse intercambio no futebol como o de hoje, acabei não sendo mais lembrado”.  


É um dos grandes ídolos da história do América (RJ), pelo qual jogou 673 partidas entre os anos de 1967 e 1979, e foi campeão da Taça Guanabara em 1974.


O seu respeito pelo time carioca era tanto que quando encerrou sua passagem como jogador do clube, em 1979, incluiu em seus novos contratos uma cláusula que o proibia de enfrentar o América: Foi a maneira que encontrei para demonstrar meu respeito e amor ao clube e à sua torcida ao qual defendi por 13 anos em 673 jogos”.


Após receber passe livre, defendeu o Sport Recife (campeão pernambucano em 1980, onde disputou dois dos três turnos da competição), América (campeão potiguar em 1980), e Moto Clube (campeão maranhense em 1981), encerrando a carreira no São Cristóvão, em 1982.


Vale lembrar que o Alex iniciou a sua trajetória no interior gaúcho, atuando no Clube Esportivo Aimoré, de São Leopoldo, em 1965 e 1966. Chegando ao Rio, em 1967, treinou no Vasco antes de ingressar em definitivo no América: Cheguei ao Vasco devido ao zagueiro Brito estar se transferindo para o Santos, mas não houve acerto e ele retornou. Como eu estava me destacando nos treinos sob o comando do técnico Zizinho, este me indicou ao America-RJ”.


Jogando pelo América recebeu o Troféu Belfort Duarte por atuar 10 anos sem ser expulso. Um prêmio raro para qualquer jogador de futebol, ainda mais difícil para um zagueiro: O meu segredo sempre foi a lealdade e o respeito ao adversário e não reclamar dos árbitros através de gestos”.


Esse fato apenas comprova o quanto Alex praticou um futebol, não apenas de técnica apurada, mas de muita lealdade e respeito com os adversários. Esse respeito é mútuo e o mesmo pode ser dito com os torcedores dos times rivais.


Assim Alex encerrou a entrevista: Obrigado pelo carinho das torcidas, inclusive adversárias, que mesmo após mais de 40 anos que deixei o futebol como atleta e ainda ser lembrado pela minha conduta profissional. Não fiz mais que minha obrigação, a disciplina e a lealdade sempre fizeram parte da minha vida”.

 

Um comentário:

  1. Por trás dos sonhos,há sacrifícios que as pessoas não vêem. O tempo passa...minhas rugas chegaram...os cabelos lindos já era..., mas o amor pela vida continua. E a vida vai fluindo..., e a gente vai recordando das boas lembranças deixadas no percurso. O verdadeiro sucesso é conquistar tudo aquilo que o dinheiro não compra, honestidade e a disciplina. Obrigado Tadeu Miracema pela lembrança e o carinho. Grande abraço, aqui de Canoas/RS, do ALEX.

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