sexta-feira, 26 de abril de 2024

RONDINELLI: O "DEUS DA RAÇA"

 


Antônio José RONDINELLI Tobias é paulista de São José do Rio Pardo, onde nasceu em 26 de abril de 1955. Rondinelli foi um zagueiro de boa colocação, aplicado, forte liderança e muito vibrante em campo. Exemplos de valentia não faltaram na carreira deste zagueiro viril, corajoso e feroz. Possuía uma raça acima da média, tanto que foi apelidado pela torcida do Flamengo de “Deus da Raça”. Teve uma passagem de destaque pelo rubro-negro (chegou para as categorias de base em 1971), e do qual se tornaria ídolo anos depois, precisamente em 1978, quando marcou – de cabeça e no final do jogo – o gol do título carioca sobre o Vasco.




Essa conquista abriu as portas do sucesso para a chamada “geração Zico”, que brilhou até a primeira metade dos anos 80. Talvez se tivesse perdido novamente o título para o Vasco, como já havia ocorrido em 1977, o grupo fosse desfeito e a história seguinte seria diferente.


Jogou no Flamengo – 407 jogos e 12 gols (campeão carioca em 1974/78/79/79-especial e 81, do brasileiro em 1980, e da Taça Libertadores em 1981), Corinthians – 12 jogos, Vasco – 40 jogos e 3 gols (campeão carioca em 1982), Atlético Paranaense, Goiás e Goiânia.




Encerrou a carreira novo, aos 33 anos, devido a problemas crônicos em seu joelho. Esse foi um dos motivos do baixo rendimento de sua passagem por Corinthians e Vasco. Pela Seleção, apenas 3 jogos, nenhum oficial.


Apesar de toda a rivalidade entre os clubes, vestiu a camisa do Vasco mostrando a mesma determinação dentro de campo. A passagem foi rápida, mas deixou marcas positivas fazendo parte do grupo campeão carioca de 1982. 


Em 1979 foi lançado o livro "Rondinelli, o Deus da Raça", autoria de Luiz Allan de Almeida, fanático torcedor do Flamengo, através da Editora Fusão. Isso apenas reforça o quanto o ex-zagueiro se tornou um ídolo rubro-negro. O jornalista Nelson Rodrigues assim o descreveu em um dos textos do livro: "Ele é o jogador que tem alma. Isso é o que eu queria dizer: sem alma não há um grande jogador... Na decisão de 1978 contra o Vasco da Gama... ele tinha aquele impulso profético do gol... Rondinelli é um jogador de grande emoção, de grande coragem, de grande vontade de vencer, que crava no peito a estrela do rubro-negro". 


E o que pensa Rondinelli disso tudo? A resposta está no livro, num depoimento do próprio jogador: "Ser considerado um símbolo para a torcida é uma coisa inimaginavelmente bela. Minha responsabilidade se agiganta para com essa imensa torcida, essa massa contagiante. E eu procuro retribuir dentro de campo a confiança que ela deposita em mim, suando a camisa, lutando, não deixando o adversário fazer gols, nem que para isso eu morra"

quinta-feira, 4 de abril de 2024

PAGÃO: O PRIMEIRO GRANDE PARCEIRO DO REI PELÉ

 


      PAGÃO, PELÉ E PEPE

Paulo César de Araújo nasceu em Santos-SP, em 07 e outubro de 1934. Pagão foi um atacante técnico, de toque de bola refinado, incrível facilidade para jogar em espaços curtos, mas era fisicamente frágil. Citado por seu sucessor, Coutinho, como um dos maiores de todos os tempos na posição. Jogou ao lado de Pelé e Pepe, formando um ataque demolidor no final dos anos 1950, conhecido como "ataque dos P's". Foi o primeiro grande parceiro do Rei.


A origem do apelido se deve ao fato de seu pai não tê-lo batizado nos primeiros dias de vida, como tradicionalmente ocorre, e sim quando o garoto já dava os primeiros chutes e participava de peladas com os garotos de mais idade nas ruas perto de sua casa.


Atuou na Portuguesa Santista, Santos – 345 jogos e 159 gols (campeão paulista em 1955/56/58/60/61 e 62, do Rio-São Paulo em 1959, da Taça Brasil em 1961/62, e da Taça Libertadores e Mundial Interclubes em 1962), e São Paulo, com 59 jogos e 14 gols marcados.


Vestiu a camisa do Brasil em apenas dois jogos oficiais, em 1957.


Após ficar internado durante quinze dias, faleceu em 04 de abril de 1991, em Santos, por falência múltipla de órgãos, aos 56 anos.

 

quarta-feira, 3 de abril de 2024

ORECO: O CURINGA

 


Valdemar Rodrigues Martins nasceu em Santa Maria–RS, em 13 de junho de 1932. Oreco foi um Lateral-esquerdo de forte poder de marcação e muito eficiente no apoio. Suas investidas, com conclusões perigosas, costumavam surpreender os adversários. Tanto que Oreco chegou a deixar o grande Nilton Santos na reserva nos primeiros jogos preparatórios para o Mundial de 1958. Também atuava com a mesa desenvoltura como zagueiro. Resumindo: era um verdadeiro curinga, que se adaptava bem a qualquer posição.


Oreco começou no Internacional de Santa Maria, sua cidade natal, onde jogou apenas por um ano. No Internacional da capital brilhou e deixou seu nome marcado na história do clube (campeão gaúcho em 1950/51/52/53 e 55). Em 1957, transferiu-se para o Corinthians, onde, em oito anos como titular da lateral-esquerda e da quarta-zaga, não ganhou nenhum título. Nem por isso deixou de ser ídolo, pois encarnou como poucos a mística da raça corintiana. Depois jogou no Milionários/Colômbia, Toluca (bicampeão mexicano em 1967/68), e Dallas Tornado (campeão norte-americano em 1971), onde encerrou a carreira no mesmo ano.


Participou da Copa do Mundo de 1958, sendo campeão da mesma. O Brasil esteve muito bem servido com ele e Nilton Santos. Vestiu a camisa canarinho em 11 jogos, sendo 10 oficiais.


Oreco morreu novo, aos 52 anos, em Ituverava, interior paulista, vítima de um infarto, em 03 de abril de 1985, enquanto jogava uma partida de veteranos. Faleceu nos braços do amigo Pedro Rocha.