quarta-feira, 18 de maio de 2016

ENTREVISTA COM ALCER GOUVÊA, O ETERNO ÍDOLO DO PORTO ALEGRE, DE ITAPERUNA

Alcer e Ronaldo Perereca
Local e data de nascimento?
- Leopoldina (MG), em 02/12/1968
O que representou pra você o mano e saudoso Zezé?
- Tudo! O pai que não tive.
Porto Alegre ou Itaperuna?
- Com toda certeza o Porto Alegre. Sua torcida era mais apaixonada.

Porto Alegre de 1987 - Em pé: Júlio César, Rogerinho, Chicão,
Déo, João Carlos e Julio Lírio; agachados: Alexandre, Cacaio,
Índio, Waltinho e Alcer.
Torce pra que time?
- Botafogo
Um grande companheiro no futebol?
- Pestana e Ronaldo Perereca
Um técnico?
- Lula que me lançou no profissional e Paulo Mata que sempre confiou no meu futebol.
O que tira você do sério?
- No futebol a trairagem de alguns jogadores e na vida, a falsidade
Uma data inesquecível?
- Nascimento de minhas filhas.
Racismo no futebol...
- Falta de berço.
Gol mais importante?
- Contra o América, pelo Campeonato Carioca de 1988. Foi o 1º gol daquele campeonato e em cima do meu ídolo, o goleiro Paulo Sérgio, que também defendeu o meu Botafogo.
Título inesquecível?
- Profissional: 1ª Copa Minas Gerais em 1986, pelo Nacional de Muriaé. Amador: 1º título dos Ratos da Praça, de Recreio (MG), onde marquei gol da conquista.
Maior decepção no futebol?
- Não ter jogado em um grande clube do futebol brasileiro, pois tinha futebol pra isso e também recebi propostas, mas infelizmente Deus não quis.
Motivos pra se orgulhar?
- Minha vida, minhas amizades e minha família.
Zico ou Maradona?
- Com certeza o Zico.  Tive o prazer de jogar contra ele em duas oportunidades.
Neymar...
- No clube, fenômeno. Na Seleção, normal.  
Um canal esportivo que você gosta?
- Globo.
Melhor narrador?
- O saudoso Luciano do Vale, que transmitia emoção em suas narrações.  
Melhor comentarista?
- Denílson, da Band
Dunga é o seu preferido para técnico da Seleção?
- Não. No momento teria que ser o Tite.
Uma cidade?
- Recreio (MG)
Um país? (exceto o Brasil)
- Alemanha
Um estádio?
- Maracanã, o maior do mundo.
Ronaldo Perereca...
- Irmão, amigo, humano, uma pessoa totalmente do bem. Tomei muitas broncas do Roberto Sued – dirigente do Porto Alegre – por causa dele, mas no final tudo acabava bem.  Ele queria pedir um vale pro Roberto toda semana e me levava junto, dizendo que eu é que estava querendo.  O Roberto dava uma bronca nele e depois sempre cedia. No final ele falava com o Perereca: “O seu eu vou descontar e o do Alcer não”, mas no final não descontava de nenhum dos dois.  
Você acredita em políticos honestos?
- Sim. São poucos, pois toda regra tem sua exceção.
Estilo musical?
- Romântico.  
É a favor dos recursos de imagens para lances duvidosos no futebol?
- Não. A polêmica é uma das graças do esporte.
Maior emoção vivida no estádio Jair de Siqueira Bittencourt?
- Jogo contra o Vasco em 1987.
Ainda tem algum sonho ou projeto voltado para o futebol?
- Somente se fosse para voltar a Itaperuna e levantar o nosso querido time da cidade.  
Passagem pelo Coritiba...
- Decepcionante.
Se você pudesse mudar três coisas no Brasil, quais seriam?
- Política, educação e saúde.
O tempo apaga tudo, menos...
- As boas lembranças.
Uma palavra que define o seu presente?
- Felicidade.
Faça um resumo de sua carreira.
- Boa. Joguei contra os melhores (Zico, Bebeto, Romário, Edmundo, Mauro Galvão, Luisinho, Ricardo Gomes, Tato, entre outras feras). Conheci o meu país quase todo e fiz grandes amizades, além de conhecer outro continente – a África.  Não ganhei dinheiro, mas ganhei amigos verdadeiros e sou uma pessoa conhecida pelo pouco que fiz e isso é o que importa na nossa vida – o reconhecimento.

Alcer começou no Nacional de Muriaé e depois seguiu a sua carreira no Porto Alegre, Itaperuna, Bangu, Coritiba, Castelo (ES), Comercial de Alegre (ES), Mimosense (ES), Desportiva (ES) e Rio Branco (ES). Atualmente ele reside em Castelo, cidade capixaba.


Zezé no Fluminense





Zezé eternizado em Recreio











                                
Alcer é irmão do ex-atacante Zezé. Por falar em Zezé, aproveitando a oportunidade vamos relembrar que, em maio de 2014, ele foi eternizado em sua terra natal – Recreio (MG) – com um busto no Largo Santo Antônio. Após a solenidade aconteceu um jogo festivo com a presença do Master do Fluminense, que veio representado por diversos de seus amigos do time campeão carioca de 1980, como Paulo Goulart, Tadeu, Rubens Galaxe, Deley, Pintinho, Mário e Robertinho. Pelo Fluminense Zezé disputou 261 jogos e marcou 83 gols. Atuou também por  Guarani, Flamengo, Ceará, América (MG), entre outros.  Ele faleceu em 30 de dezembro de 2008, aos 51 anos.

Agradeço pela atenção e boa vontade em participar da entrevista.  


9 comentários:

  1. Alcer definiu bem: não foi para um grande por outras razões, realmente tinha bola para ser escalado em qualquer um.
    Parabéns aos dois

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  2. parabéns pela entrevista, alcer foi um grande jogador

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  3. Eu era criança e adora ver o time do Porto Alegre jogar. Eternos jogadores na minha memória como Alcer, Pestana, Cláudio Gomes, Pacato, Rogerinho e Adaozinho. Hoje tenho um time de pelada Em Petrópolis. E em homenagem coloquei o nome e Porto Alegre.

    Parabéns aos eternos Guerreiros do Porto Alegre.

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    1. É uma pena, Marcelo, mas isso tudo acabou. O que fica na lembrança são esses ótimos momentos vividos no final dos anos 80 e início dos anos 90.

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  4. Grande abraço meu amigo, tive o prazer em jogar com você. Saudade do nosso Porto Alegre fc.
    Tivemos grande vitorias juntos e uma época que para jogar futebol tinha que ter talento e não empresários.
    Abraço a toda a familia.

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  5. Jogava MUITO...inesquecivel:januario,pestana,gilmar e Alcer...

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  6. Tive o prazer de jogar contra ele no estádio Alcides campos.sou tricolor e acompanhei a tragetoria de Zezé no flu!

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  7. PARABÉNS,POR MAIS UMA GRANDE MATÉRIA,CONHECI O ALCER,EM UM JOGO BENEFICENTE,AQUI EM CATAGUASES-MG .PESSOA NOTA DEZ .ABRAÇOS .

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  8. Muito bom jogador vi jogar em mirai tempos bons

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