Trinta
anos após, a tragédia se repetia. Em 1941, desabava o prédio da Prefeitura
(documentado pelo jornal da época), onde é hoje o prédio do Capitão Altivo,
pela força da tromba d’água.
Desta
vez, a tragédia só não foi maior porque todos estavam acordados para a “Missa
do Galo” e para a “Ceia de Natal”.
Às
23h: os “arautos” anunciavam: “Caiu um tromba d’água em Flores”. Às 23h30min.:
as águas cobriam os paralelepípedos da Rua Direita com um metro de altura.
Todos corriam a ajudar. Tanto casas quanto lojas comerciais. 06h.: as águas
ainda estavam altas e o povo cansado. Sorte que as ruas eram de
paralelepípedos, cuja estrutura permitia maior facilidade de percolação em seu
rejuntamento.
Nos
dias que se seguiram era comum a desolação: objetos, roupas, máquinas e até os
livros dos cartórios expostos ao sol.
Em
1975, já funcionário do BANERJ, tive uma triste missão: reconferir todo o FGTS
da agência, desde 1967. Um grande “cabeça-de-camarão” havia utilizado carbono
copiativo intercalado nas fichas gráficas, para obtenção do extrato (de
amarelo, o papel passou a roxo).
Poderia
ter sido pior. Poderia não ter sobrado nem papel. Sorte que as ruas não eram
asfaltadas.
É
por essas e outras que eu adoro os paralelepípedos. (Ainda vou ter um).
Nota: a foto que ilustra o texto é da Praça do Marcelino.
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