Nota do blog: participei muito quando criança dessa cúpula de galistas no bar do Toninho Richard, acompanhando o meu saudoso pai, Ademir, que foi citado na crônica. Fiquei emocionado ao relembrar
dos amigos que tive o prazer de crescer
convivendo com todos eles - e que não saíam da minha casa. Lembro-me também
que era a única criança no meio dos adultos. SAUDADES!
Dia destes saí de casa e fui caminhar despretensiosamente pela rua Direita. Quando passava pelo Bar do Toninho Richard, vi que a cúpula dos galistas de Miracema estava reunida: Amaro do DER, dr. Bonzinho, prof. Álvaro Lontra, Ariosto Poli, Ademir Galista, Cid Boiadeiro, Gerber Nogueira, Joel Peixoto, Antão do Doriles, ... Entrei e peguei uma garrafinha de limonada na geladeira e comi um delicioso quitute feito pela dona Beleza, e sentei um pouco para escutar a conversa: era sobre o último embate do galo Paladão do seu Amaro, um veterano galo com mais de vinte brigas no currículo. Quando acabei de tomar a limonada, pendurei a conta, me levantei e segui em frente.
Dia destes saí de casa e fui caminhar despretensiosamente pela rua Direita. Quando passava pelo Bar do Toninho Richard, vi que a cúpula dos galistas de Miracema estava reunida: Amaro do DER, dr. Bonzinho, prof. Álvaro Lontra, Ariosto Poli, Ademir Galista, Cid Boiadeiro, Gerber Nogueira, Joel Peixoto, Antão do Doriles, ... Entrei e peguei uma garrafinha de limonada na geladeira e comi um delicioso quitute feito pela dona Beleza, e sentei um pouco para escutar a conversa: era sobre o último embate do galo Paladão do seu Amaro, um veterano galo com mais de vinte brigas no currículo. Quando acabei de tomar a limonada, pendurei a conta, me levantei e segui em frente.
Diante do Bar Pracinha vi seu Basileu e seu Osvaldo "Calçapura"
sentados com garrafa de água mineral e xícaras de café nas suas frentes,
conversando. Seu Oswaldo era também árbitro de futebol e tinha fama de apitar
jogo armado, para impor mais respeito. Resolvi entrar e me sentar a seus lados.
Pedi pro Salim, que estava atendendo aos clientes, um cafezinho e lhe perguntei
como foi o jogo do Fluminense. Ele não respondeu e deu de ombros, como quem
diz: sai pra lá, está a fim de fazer hora com minha cara. Mas trouxe-me o café,
fresquinho e feito no coador de pano. Estava muito bom o café, mas resolvi me
levantar porque a conversa era sobre o afretamento do caminhão do seu Osvaldo
para compras de mantimentos em São Paulo para abastecer o Armazém do seu
Basileu.
Ao sair do bar, presenciei o Mané "Catinga" vestido com o uniforme
completo do Flamengo, fazendo “embaixadinhas” na frente da Barbearia Gerson.
Seu "Chope", que havia patrocinado o uniforme, todo sorridente e com
um charuto aceso na mão, falava: “Mané! narra aí o gol que deu o título de
campeão estadual pro Flamengo hoje sobre o Fluminense há! há! ...” Seu Gerson
veio pra porta da Barbearia e ria que não se aguentava. Seu Heleno Moura, que
provavelmente devia estar indo para a reunião dos galistas, parou para assistir
ao show do Mané "Catinga", mas só balançava a cabeça em sinal de
reprovação. O seu Tim, lá da calçada de sua Farmácia Granato, de semblante
sério, ficava limpando e recolocando os óculos para ver se enxergava melhor.
Atravessei a rua e entrei no Salão de Sinuca do seu Vavate. Estavam
todos ao redor da segunda mesa de sinuca assistindo partida apostada entre o
Tetel e o Bilu. Haviam horas que os dois estavam jogando. Tetel estava ganhando
e alegre como sempre, fazendo a plateia rir com seus causos de bem dotado. A
molecada naquele dia estava proibida de jogar, porque quem estava na gerência
do salão era o seu Arco Verde, que só deixava jogar quem não tivesse conta
pendurada.
Saí do Salão e decidi ir até o Cinema Sete para ver o cartaz do filme do
dia. Ao atravessar a rua sem olhar, quase entrei na frente da bicicleta do seu
Zebim. O que me salvou foi o alerta do assobio dele, se não teria trombado.
Chegando ao cinema vi o Buru na calçada com uma faixa estendida pintando
uma propaganda encomendada. Fiquei ali tão entretido com a arte do Buru que fui
embora e me esqueci de ver o cartaz do filme.
Narrativa sóbria, cheia de saudades e que seu vida aos personagens de nossa história.
ResponderExcluirParabéns Tururim tirou lágrimas novamente.
Mas... qual era o xsrtZ do filme?
Realmente foi de tirar lágrimas. Sobre o filme, só o Buru pra responder. rsss
ExcluirBoas lembranças !! Isto que é memória !!!
ResponderExcluirQue bela viagem de volta ao passado eu fiz!
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