Crônica
publicada em setembro de 2009
Passagem de abril para
maio.
Miracema linda (como
sempre) e em festa (como sempre)!
Eu fui lá. Por certo!
Mas...
...não a vi.
Não a cidade,...
...a festa.
Também, também, não
precisava.
Por quê? Destarte
certas primazias, como a de ver conterrâneos contemporâneos, que lá só vão em
ocasiões especiais, a minha “Terrinha” me comporta. Sempre.
Com certeza, não vou
enumerar nem nomear os meus encontros e desencontros. Nem minhas preferências
ou minhas mazelas (?) miracemenses.
Preferências são
ótimas; no meu caso, em maioria.
Mazelas: “deixa pra lá”
– “minoria”.
Fui “passar” três dias
e “fiquei” quatorze. Direto.
Lindo! Com MAMÃE e meus
irmãos André Xoxô e Juninho (mais os “agregados”). Três dias no sítio do André
(tenho a impressão que ainda não tem nome – é lá pros lados do São Sebastião
dos Pelados – Flores). Lua cheia no descampado, mais a visão da “passeata” da
estação orbital (que eu tanto procurava). Pica-pau a nos acordar. Fogão de
lenha (MAMÃE ainda é mister na técnica) a nos trazer angu, feijão preto,
arrozinho branco, café preto (embora eu não use há 27 anos) e os bifes de
porco. Sem falar nas bananas assadas na chapa.
Ou você não tem mãe
(infelizmente) ou ela (se ainda viva) faz para os descendentes o melhor que a
vida lhe ensinou.
Buzinas, nem pensar. E
aqueles sons (?) dos idiotas que gastam fortunas para os outros ouvirem (?)
também não se ouviam. Paz! Eternidade quase eterna (?).
Faltava o Carlinhos
Moreira (um dos melhores da cidade! – em todos os tempos - músico, compositor e
maestro ímpar).
Balancei, por certo. As
roupas limpas acabavam e eu ainda me entretinha.
Parecia, por vez, que
eu estava a me despedir. Já que me encontrei com o “passado”: Geneci
Pestana (acho que me beijou trinta e oito vezes como apresentação de “ele é meu
primo” – emoções e choros à parte, no bar do Julberto), Vicente Toscano (ex-parceiro
do BANERJ), Zé Amim (motorista de quando eu me instituí de professor de
Português (quem dera?) em Paraíso do Tobias (idos de 1971, com o Prefeito Nilo
Lomba), o chafariz da Dr. Temístocles, Luizinho (e irmãos) do Sr. Manoel
Santos, Joaquim da dona Judite (Celso, seu irmão, fez minha barba – na verdade,
seu filho), Iaiá do Belo, o Asilo dos Pobres, Cidinho do Sr. Ita, Pidinho
(grande feijoada a mim ofertada), Erotides Linhares, Eli Feijó e Candinho,
Tabaco; “péra aí” – seu eu for relatar meu histórico de Miracema não vamos
conseguir acompanhar tudo?!
Pena que eu não tenha
visto certos personagens: Carlos Augusto (do Dr. Ururaí), Angeline, Sandra
Valeriote (S. J. de Ubá), João do Ulisses, entre outros, que, por certo,
estavam ou estiveram lá.
Dona Lola (viúva do Sr.
Arlindo Azevedo), no alto dos seus “oitenta anos” resgatava minha infância a
relembrar a “Mãezona” que ela foi pra mim (lembrei-me dos “ovos estrelados’
mais lindos que já vi em minha vida – em seu fogão de lenha e frigideira de
ferro).
Não fosse o apelo da
minha mulher em Campos a se apavorar com vizinhanças a denunciar possíveis
focos de dengue (não constatados, por certo), na minha casa desocupada, eu
ainda estaria procurando minhas histórias ou meus desígnios.
Erasmo: obrigado por me
permitires descobrir nuances da rua que nasci e que vou relatar no capítulo do
“Logradouros de Miracema”: Dr. Temístocles.
O meu carro/casa
reclamava: “não sei onde estou”. Mas eu insistia. O ex-Mercado Municipal (das linguiças
e chouriços) era/é meu ponto principal. Lá, no Box do Tenga, encontro o prazer
de estar com o Pelé, com o Monteirinho, o Zé Maria, o Antônio Carlos, o Ademir
Pombinho, o Zamir Frazão, o Altamir (campista), o Paulo Nolasco – ihhh! Caraca!
Se eu vou dizer todos os meus “prazeres” vai ser difícil.
Revi alguns parentes,
outros, não.
Sem declinar nomes, a
“minha” Miracema continua “demais”! Muito!
Volto a Atafona. A
contragosto, no momento. Quando tornar a Miracema, será também a contragosto,
de início.
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