quinta-feira, 17 de novembro de 2016

BERNARDINHO: UM OBCECADO POR TÍTULOS


Bernardo Rocha de Rezende nasceu no Rio de Janeiro, em 25 de agosto de 1959. Com 12 anos, quando começou a jogar vôlei pelo Fluminense, Bernardinho já mostrava algumas características que o tornariam, no futuro, um dos técnicos mais bem sucedidos da história do esporte brasileiro. Além do talento, era dedicado, gostava de treinar e se empenhava como um guerreiro na busca dos pontos. Em 1977, como recompensa, foi convocado para a Seleção Brasileira juvenil. Três anos depois, em 1980, com 21 anos, conseguiu pela primeira vez um lugar na seleção principal e disputou a Olimpíada de Moscou.

A partir da base desse time, surgiram os jogadores da geração de prata. O vôlei vivia um bom momento no Brasil com as empresas passando a patrocinar as equipes. Assim, em 1981, Bernardinho se transferiu para a Atlântica Boavista, que mais tarde se transformaria em Bradesco, clube pelo qual conquistaria os títulos mais importantes de sua carreira de jogador. Ainda defendeu as cores de Flamengo e Vasco.  

Na Seleção, Bernardinho se manteve durante sete anos como o segundo levantador. O titular era o brilhante Willian. Mas o fato de ter participado de tantas competições – como também a Olimpíada de Los Angeles, em 1984, que garantiu a medalha de prata ao Brasil – acabou ajudando o jovem Bernardinho a acumular experiência para se tornar um treinador de extrema competência.

Rapidamente, a vocação para a função se manifestava e, com 29 anos, já era o assistente técnico de Bebeto de Freitas na Olimpíada de Seul. Depois foi para o vôlei italiano, onde treinou o Peruggia, pelo qual foi campeão italiano.

Após três temporadas  na Itália, Bernardinho retornou ao país para ser o técnico da Seleção Brasileira feminina. Nas sete temporadas em que dirigiu as meninas, o Brasil ficou entre os quatro times melhores do mundo em todas as competições. A partir de 2001, o desafio seria levantar o vôlei da Seleção masculina.  Desafio que Bernardinho aceitou e venceu, superando todas as expectativas. Dirigindo o time masculino, havia o receio de que os jogadores não aceitassem o estilo exigente e, às vezes, excessivamente rude de Bernardinho. Mas não houve nenhum tipo de problema e o primeiro bom resultado veio rapidamente. Em 2001, a Seleção já venceria Liga Mundial com uma contundente vitória de 3 a 0 sobre a poderosa Itália.

Mostrando uma incrível capacidade de comando, ele escreveu o seu nome na história do esporte brasileiro.  

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