Bernardo
Rocha de Rezende nasceu no Rio de Janeiro, em 25 de agosto de 1959. Com 12 anos, quando começou a jogar vôlei pelo
Fluminense, Bernardinho já mostrava algumas características que o tornariam, no
futuro, um dos técnicos mais bem sucedidos da história do esporte brasileiro. Além
do talento, era dedicado, gostava de treinar e se empenhava como um guerreiro
na busca dos pontos. Em 1977, como recompensa, foi convocado para a Seleção
Brasileira juvenil. Três anos depois, em 1980, com 21 anos, conseguiu pela
primeira vez um lugar na seleção principal e disputou a Olimpíada de Moscou.
A partir
da base desse time, surgiram os jogadores da geração de prata. O vôlei vivia um
bom momento no Brasil com as empresas passando a patrocinar as equipes. Assim,
em 1981, Bernardinho se transferiu para a Atlântica Boavista, que mais tarde se
transformaria em Bradesco, clube pelo qual conquistaria os títulos mais
importantes de sua carreira de jogador. Ainda defendeu as cores de Flamengo e
Vasco.
Na
Seleção, Bernardinho se manteve durante sete anos como o segundo levantador. O
titular era o brilhante Willian. Mas o fato de ter participado de tantas
competições – como também a Olimpíada de Los Angeles, em 1984, que garantiu a
medalha de prata ao Brasil – acabou ajudando o jovem Bernardinho a acumular
experiência para se tornar um treinador de extrema competência.
Rapidamente, a vocação para a função se manifestava e, com 29 anos, já era o assistente técnico de Bebeto de Freitas na Olimpíada de Seul. Depois foi para o vôlei italiano, onde treinou o Peruggia, pelo qual foi campeão italiano.
Após três
temporadas na Itália, Bernardinho
retornou ao país para ser o técnico da Seleção Brasileira feminina. Nas sete
temporadas em que dirigiu as meninas, o Brasil ficou entre os quatro times melhores
do mundo em todas as competições. A partir de 2001, o desafio seria levantar o
vôlei da Seleção masculina. Desafio que
Bernardinho aceitou e venceu, superando todas as expectativas. Dirigindo o time
masculino, havia o receio de que os jogadores não aceitassem o estilo exigente
e, às vezes, excessivamente rude de Bernardinho. Mas não houve nenhum tipo de
problema e o primeiro bom resultado veio rapidamente. Em 2001, a Seleção já
venceria Liga Mundial com uma contundente vitória de 3 a 0 sobre a poderosa
Itália.
Mostrando
uma incrível capacidade de comando, ele escreveu o seu nome na história do
esporte brasileiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário