O
Passarinho adormeceu... Bebeto meu amigo/irmão... Bebeto meu padrinho de
casamento. Quantos jogos torcemos juntos em Campos... Quantas cervejas para comemorar a
vitória ou para esquecer a derrota do nosso Goyta...
O
alambrado do estádio do Goytacaz – dá-lhe Goyta! – nunca mais foi o mesmo depois que parou de
frequentá-lo. Quantos bons momentos ali vividos! A praia de Atafona, já tão
castigada pela força da natureza - que por muitas vezes foi sua fonte de
inspiração para os poemas - o mar encontra-se ainda mais revolto pela sua
ausência física a contemplá-lo. Como explicar que, um de seus maiores
admiradores, não mais estará no fim de tarde para ver aquele lindo pôr do sol.
Não tem como explicar.
Sandra,
sua esposa, Aline, Vítor, Michelle e Éder, seus filhos e meus irmãos de coração, netos e bisnetos. Dona Neuza, sua mãe, Paulo Cezar, Neuza Maria, Ana
Lúcia, Lilian, André e Juninho, seus irmãos. Nem as palavras mais bonitas deste
mundo, que o Bebeto tão bem expressava em seus lindos contos e poemas, poderiam
trazer algum tipo de alegria para o dia de hoje.
O
vazio deixado pela ausência é imensurável com a pura certeza que jamais será
novamente ocupado. Mas o pior de tudo isso é ter a certeza que é preciso
encontrar forças, mesmo que por dentro não consigamos acreditar que elas
existem. A saudade será eterna e a presença não poderá mais ser sentida, mas as
lembranças dos bons momentos vividos são um ótimo conforto, que permanecerão para sempre conosco.
Nada
que se possa dizer é capaz de amenizar o sofrimento dos familiares. O máximo
que se pode fazer é oferecer o nosso silêncio de cumplicidade com a dor, dizer
algumas palavras de amizade e consolo, e dar o ombro amigo para apoiar o peso da
perda.
Dedei,
esse era o modo carinhoso que sempre me chamou. Recentemente fui presenteado
com a sua coletânea de seis livros, todos produzidos - até o acabamento - por ele mesmo.
Assim foi a
dedicatória:
Dedei,
meu eterno “menino”.
O
menino que nos recebia e ainda nos recebe sempre com alegria e amizade ímpares.
Oferto-lhe, com todo carinho, os meus livros, que não visam estrelismo...
Apenas exteorizam os meus anseios, os meus sentimentos, sejam de tristeza ou de
alegria.
Sensacional e emocionante ler isso...
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