Um ano após o anúncio
da emergência pelo vírus da zika, um teste rápido capaz de diagnosticar a zika
em qualquer ambulatório acaba de ser liberado para produção pela Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O kit diagnóstico
identifica o vírus no sangue de quem tem ou já teve a doença em cerca de 20
minutos. O teste foi desenvolvido em uma parceria entre a Fiocruz Biomanguinhos
e a empresa norte-americana Chembio, e pode estar disponível na rede pública em
um mês, de acordo com Paulo Gadelha, presidente da Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz). Até setembro, o Brasil tinha registrado 1,4 milhões de casos
suspeitos de dengue, 236 mil casos prováveis de febre de chikungunya e 200,4
mil, de zika.
De acordo com Gadelha,
agora a Fiocruz pode fazer uma avaliação de qual o percentual da
população já tem alguma imunidade. A fundação teria capacidade para
produzir imediatamente e entregar para o sistema de saúde em um mês. "O
Brasil vai poder agora dizer algo que é fundamental, determinar os casos que são
ou não zika."
O teste produzido pela
Fiocruz tem um custo mais baixo, segundo Marcos da Silva Freire, vice-diretor
de desenvolvimento tecnológico da Fiocruz. "É um teste muito bom para a
fase aguda da doença ou mesmo para depois", explica. Freire estima que a
Fiocruz possa produzir 40 milhões de testes por ano.
A Fiocruz, que faz
parte do Ministério da Saúde, teve o registro do teste rápido de Zika aprovado
pela Anvisa no dia 31 de outubro. O teste, que foi aprovado na linha de
pesquisa, ainda não está disponível em escala de produção, e é mais uma
tecnologia disponível no mercado, podendo ser utilizado no sistema público.
BOL Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário