
Castro
minou o poder de Batista, entrando em triunfo em Havana em janeiro de 1959.
Como as relações diplomáticas com a América “imperialista” degeneraram após a
tentativa de invasão da Baía dos Porcos, organizada pela CIA, em 1962, Fidel,
já então um marxista-leninista declarado, passou a depender economicamente da
União Soviética – apesar do atrito gerado pela crise nacionalista devido à
instalação de mísseis em solos cubanos em 1962 e de seus anseios em fazer de
Cuba uma nação independente.
Com o fim
da “Guerra Fria”, em 1991, e as consequentes reformas na União Soviética,
resultou na perda do apoio econômico e as reformas sociais e educacionais no
país foram abaladas por uma série crise, que praticamente o isolou do resto do
mundo. O país ainda sofre com o embargo econômico, comercial e financeiro. Seu poder
foi mantido através da repressão policial e de um contato direto com o povo em
grandes eventos e pela televisão. Mas a pobreza da população provocou muitas
revoltas entre os cubanos. Em contrapartida a essa triste realidade do povo cubano, a fortuna do ditador já foi avaliada em mais de US$ 900 milhões.
Com
agravamento da doença, retirou-se do poder em 24 de fevereiro de 2008, após o
parlamento definir a nova cúpula governamental. O seu irmão, Raul Castro,
assumiu a presidência e governa o país. Fidel permaneceu, no entanto, como
herói até para latino-americanos não comunistas, como patriarca de uma
revolução que acabou perdendo o rumo da História.
Com a sua
morte, aos 90 anos, ocorrida na última sexta-feira (25), o mundo aguarda com ansiedade o caminho político a ser trilhado na Ilha daqui em diante – agora com a ausência física do
seu líder e comandante supremo. A notícia do seu falecimento provocou reações antagônicas, compatíveis com a controvérsia que marcou sua trajetória.
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