segunda-feira, 28 de novembro de 2016

FIDEL CASTRO – LÍDER REVOLUCIONÁRIO OU DITADOR SANGUINÁRIO?


Nascido em  Birán, em 13 de agosto de 1926, o revolucionário e líder cubano destacou-se no levante contra a ditadura  de Fulgêncio Batista, quando ainda era estudante de Direito na Universidade de Havana. Em 1953 tentou, sem sucesso, tomar as barracas de Moncada, em Santiago. Foi capturado e preso. Depois de libertado pela anistia, concedida em 1955, fez treinamento de guerrilha no México, voltando a Cuba em dezembro de 1956.

Castro minou o poder de Batista, entrando em triunfo em Havana em janeiro de 1959. Como as relações diplomáticas com a América “imperialista” degeneraram após a tentativa de invasão da Baía dos Porcos, organizada pela CIA, em 1962, Fidel, já então um marxista-leninista declarado, passou a depender economicamente da União Soviética – apesar do atrito gerado pela crise nacionalista devido à instalação de mísseis em solos cubanos em 1962 e de seus anseios em fazer de Cuba uma nação independente.

Com o fim da “Guerra Fria”, em 1991, e as consequentes reformas na União Soviética, resultou na perda do apoio econômico e as reformas sociais e educacionais no país foram abaladas por uma série crise, que praticamente o isolou do resto do mundo. O país ainda sofre com o embargo econômico, comercial e financeiro. Seu poder foi mantido através da repressão policial e de um contato direto com o povo em grandes eventos e pela televisão. Mas a pobreza da população provocou muitas revoltas entre os cubanos. Em contrapartida a essa triste realidade do povo cubano, a fortuna do ditador já foi avaliada em mais de US$ 900 milhões. 

Com agravamento da doença, retirou-se do poder em 24 de fevereiro de 2008, após o parlamento definir a nova cúpula governamental. O seu irmão, Raul Castro, assumiu a presidência e governa o país. Fidel permaneceu, no entanto, como herói até para latino-americanos não comunistas, como patriarca de uma revolução que acabou perdendo o rumo da História.

Com a sua morte, aos 90 anos, ocorrida na última sexta-feira (25), o mundo aguarda com ansiedade o caminho político a ser trilhado na Ilha daqui em diante  – agora com a ausência física do seu líder e comandante supremo. A notícia do seu falecimento provocou reações antagônicas, compatíveis com a controvérsia que marcou sua trajetória. 

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