Januário de Oliveira nasceu em Alegrete-RS, em 12 de fevereiro de 1940. Foi um locutor e narrador esportivo que ficou famoso por conta de vários bordões usados em suas narrações. Januário era torcedor do Internacional e exerceu a sua profissão até 1998, quando foi obrigado a se aposentar devido a uma cegueira causada por diabetes.
O seu quadro de saúde foi se agravando ano após ano e ele veio a óbito em 31 de maio de 2021, aos 81 anos, em Natal-RN, vitimado por uma parada cardíaca. Já se encontrava internado há onze dias para tratar de uma pneumonia. Residiu por muitos anos em Goiânia e sempre recebeu muito carinho dos fãs. Os anos 90 foram de muito sucesso e reconhecimento por seu trabalho na televisão. Seus bordões viraram marcas registradas na voz dos torcedores.
Começou na Rádio Farroupilha, de Porto Alegre, e também trabalhou na Rádio Cultura de Bagé, interior gaúcho. No Rio de Janeiro construiu a sua história na Rádio Mauá, Rádio Nacional, TVE (1982/1992) e TV Bandeirantes (1992/1997). Antes de se aposentar, narrou algumas partidas da Copa do Mundo de 1998, pela já extinta Rede Manchete.
Januário foi responsável também por dar apelidos a muitos jogadores, entre eles o atacante Ézio como "Super Ézio", o atacante Sávio como "Anjo Loiro da Gávea", o atacante Túlio como "Tá, Té, Tí, Tó, Túlio...", o atacante Valdir Bigode como "matador de São Januário", o atacante Valdeir (ex-Botafogo) como "The Flash", o atacante Charles (ex-Bahia e Flamengo) como "Príncipe Charles", o volante e lateral Charles (Flamengo) como "Charles Guerreiro".
Outros
Bordões:
- "Eee o Gol…" -
o momento mágico do futebol.
- "Taí o que você queria,
bola rolando…" - quando o juiz apitava o início da partida ou do
segundo tempo.
- "Tá lá um corpo
estendido no chão" - para o jogador que caía machucado no gramado.
- "Lá vem Geraldo e Enéas
para mais um carreto da tarde", quando os maqueiros do Maracanã,
Geraldo e Enéas, entravam em campo para retirar um jogador machucado.
- "Vai sair o primeiro
carreto da noite" - quando um jogador contundido era levado pela maca
para fora do campo.
- "Sinistro, muito
sinistro…" - para falha grave de jogador ou árbitro.
"Cruel, muito cruel…"
- para elogiar o jogador após o gol ou um lance bonito.
- "É disso (Fulano), é
disso que o povo gosta" - para o jogador (Fulano) que acabara de
estufar as redes, marcando o gol.
- "Olhos nos olhos, se
passar fica na boa…" - quando o jogador com a posse da bola ficava
frente a frente com um defensor.
- "Pintou em cores vivas"
- quando uma chance clara de gol era perdida.
- "Tá na área, é agora,
bateu..." - quando o jogador tinha uma chance de finalizar em gol.
- "Tem cartão? Tem
cartão? Não! Cartão de crédito para o jogador (Fulano)…" - quando um
jogador cometia uma falta dura e o árbitro não lhe aplicava nenhuma punição.
- "O(a) primeiro(a) só
serviu como ensaio!" - quando ocorria a repetição de um lance (chute,
cruzamento ou cobrança de falta) em sequência. Exemplo: escanteios cobrados
consecutivamente; uma bola alçada na área duas ou mais vezes seguidas.
- "Pega, não larga mais,
não dá rebote pra ninguém!" - quando o goleiro fazia uma defesa firme,
segura, sem rebote.
- "Escancarou, escancarou
legal (Fulano)..." - quando o jogador tinha um feito um gol.
- "Eu vi, eu vi…"
- para algum lance que ninguém viu, somente ele.
- "Acabou o milho, acabou
a pipoca, fim de papo." - quando o juiz apitava o fim do jogo.
- "riririkakakaka, o Juiz
despirocou…" - para um lance em que o juiz marcou algo de outro mundo.
Fonte
Wikipédia com acréscimos