sábado, 23 de outubro de 2021
REI PELÉ
sábado, 16 de outubro de 2021
MÁRIO VIANNA: GOOOL LEEEGAL
MÁRIO
Gonçalves VIANNA nasceu no Rio de Janeiro em 06 de setembro de 1902. Quando jovem foi de tudo um pouco: engraxate, jornaleiro, empacotador de velas, fiscal da
guarda civil e também fez parte da polícia especial.
Entrou no meio esportivo como árbitro de futebol e
sempre carregou contigo a fama de muito severo e polêmico, desses que não
perdem as rédeas da partida, mesmo nas situações mais adversas. Sua interpretação das regras chegava a ser um pouco
radical, tudo para provar a sua honestidade.
Em um jogo do Flamengo contra o Botafogo, em General Severiano,
depois de expulsar três jogadores rubro-negros, ele passou a ser alvejado por
garrafas atiradas por torcedores. Sem a menor cerimônia, ele jogou as garrafas
de volta e, não satisfeito, pulou o alambrado para encarar quem aparecesse.
Teve que ser contido pela polícia. Esse era o Mário Vianna, com dois “enes”.
Estreou no apito em 1932, comandando um jogo de
juvenis entre o São Cristóvão e o Sport Club Girão, de Niterói. Representou a arbitragem
brasileira nas Copas do Mundo de 1950 e 1954. Ainda em 1954 foi expulso do
quadro da FIFA por fazer críticas de corrupção. Pensando em toda a sujeira que
foi descoberta posteriormente na FIFA, Mário Vianna certamente teve suas razões
para tais acusações. Depois de criar fama no Rio, transferiu-se para São Paulo
em fins de 1953, como o primeiro árbitro de outro Estado contratado pela
Federação Paulista.
Ao encerrar a carreira, em 1955, Mário Vianna fez um
estágio de preparador físico no Flamengo e em 1957 assumiu o comando técnico da
equipe principal do Palmeiras, comandando o time paulista em 14 jogos. Não teve
o êxito esperado e o time fracassou totalmente.
Depois do fracasso no Palmeiras, Mário voltou ao Rio,
em 1958. Ainda comandou o São Cristóvão e a Portuguesa da Ilha do Governador. Posteriormente
abandonou seus ideais de ser treinador de futebol e o rádio esportivo ganhou um
comentarista de arbitragem, quando foi contratado pela Rádio Globo. Ainda teve
passagens pelas emissoras Guanabara, Tupi e Continental. Retornou ao time da
Globo e fez parte de um quarteto famoso do rádio esportivo ao lado de Waldir
Amaral, Jorge Curi e João Saldanha. Equipe essa que deixou muitas saudades aos
amantes do rádio.
Titio Mário Vianna morreu na capital carioca, em 16 de
outubro de 1989, aos 87 anos,
vítima de pneumonia. Sem sombra de dúvidas foi um dos grandes árbitros de sua
época e virou um personagem marcante do futebol e do rádio esportivo
brasileiro.
Criou bordões famosos para relatar os impedimentos.
Algumas de suas inesquecíveis frases:
"Mário Vianna com dois enes”;
"Lamano";
"Goool Leeegal", que gritava após a marcação
dos gols;
“Ele voltava da figura B para a figura A”, lance em
que o jogador estava impedido e participava da jogada.
“Banheeeeira”, quando o jogador fazia um gol em
posição irregular.
sexta-feira, 15 de outubro de 2021
OS ANTUNES TOMAM CONTA DO AMÉRICA...
Família que joga unida permanece
unida. Uma prova: a família Antunes (Zeca, como é chamado familiarmente),
Nando, Edu, Tonico e Zico, formam com o “Seu” Antunes e D. Matilde uma família feliz,
que foi acrescida por Eliane, esposa de Antunes.
Os cinco irmãos sempre que podem estão disputando seríssimos “rachas”, num campinho de pelada que eles próprios fizeram, com baliza, rede e até mesmo refletores. Ou então estão todos juntos, vendo Tonico e Zico jogar pelo Juventude ou acompanhando o América, onde são Antunes e Edu os que brilham. Nando (mais novo apenas que Antunes) assinou seu contrato com o América após o período de recesso dos jogadores, tornando-se, então, o terceiro jogador profissional da família.
Segundo a opinião geral dos Antunes,
o “cobra” é o menor, Zico, com 13 anos. Dribla fácil, marca muitos gols e
dificilmente perde uma estourada de bola. Antunes (o Zeca) é o mais chorão e
Tonico o único que não joga no ataque: é lateral-direito.
“Seu” José que foi goleiro do
Municipal e levou Batalha para o Flamengo (o convidado fora ele, mas não pode
aceitar para não perder o emprego, já que seu patrão era vascaíno), não
queria que os seus garotos fossem
jogadores de futebol, mas, como Antunes conseguiu dobrá-lo, através de pedidos
à sua mãe, D. Matilde, o caminho ficou mais fácil para Nando e Edu. Para Tonico e Zico mais fácil ainda. No
entanto, não podem abandonar os estudos.
Outra particularidade une a família
Antunes: o amor ao Flamengo. Todos, sem exceção, são torcedores do clube
rubro-negro e na residência do “Seu” José, encontram-se, pelo menos, três flâmulas, grandes, do “mais querido”. Isso sem falar em retratos e copos com o
escudo do Flamengo. Até mesmo o cão mais
velho, tem o nome de Mengo. Os mais fanáticos são Tonico e Zico, este, aliás,
não assistiu ao jogo Flamengo x América para não ter que torcer contra os
irmãos. Pois, disse, “contra o Mengo eu não torcia, não”.
A família acompanha todos os jogos do
América, menos o “Seu” José, que se limita a deixá-los na porta dos estádios e
volta para casa, escutando pedaços dos jogos. Depois, vai apanhá-los, no final das partidas.
Os Antunes residem em casa própria,
ma Rua Lucinda Barbosa, em Quintino Bocaiúva. Antunes mora perto, em apartamento alugado. Porém, todos estão sempre reunidos na casa dos
pais, assistindo aos “vídeo-tapes”, ou batendo bola no quintal da casa. Junto
com eles está sempre o lateral-direito do América, Paulo César, amigo de infância.
“Seu” José, quando os meninos eram
menores, comprava sempre cinco camisas do Flamengo, para que eles usassem.
Forte e bem disposto, apesar dos seus 65 anos, “Seu’ José se diverte vendo as peladas dos filhos e não
perde uma oportunidade para “pixar” um deles, seja chamando Antunes de chorão,
Zico de perna de pau e Nando de molenga. “Isto ajuda a esquentar as peladas”, explicou
ele.
Dona Matilde, que antes pouco ligava
para o futebol, agora se vê numa roda viva nos dias de jogo do América, pois
tem que preparar o almoço correndo para que todos possam ir ao campo. Disse ela que torce pelo América,
principalmente por causa dos “bichos’... Acha seus filhos maravilhosos, que
sempre estão prontos a um presente como Edu, que lhe ofereceu uma belíssima eletrola
“hi-fi”.
NOTA: TEXTO TRANSCRITO NA ÍNTEGRA DE
UMA EDIÇÃO DA REVISTA DO ESPORTE DE 1967.
Outras considerações: patriarca da família Coimbra, José Antunes se apaixonou pelo Flamengo de forma irônica. Levado para assistir um jogo contra o América viu o time ser massacrado por 4 a 0. Mas se deixou conquistar pelas cores. Nascido em Portugal, Seu Antunes chegou ao Brasil em 1911, com 10 anos. Fez de Quintino seu lar. Embora tenha influenciado os filhos a serem apaixonados por futebol, torcia a cara quando algum dizia que iria seguir careira nos gramados.
- Papai achava que os filhos tinham
que ter faculdade, porque só a cultura não pode ser tirada da gente – contou Maria
José, a única filha mulher de Seu Antunes e dona Matilde.
SER PROFESSOR É...
Antes de ser uma profissão, uma das formas mais
genuínas do amor. Como já dizia o mestre Paulo Freire: “Eu nunca poderia pensar
em educação sem amor. É por isso que me considero um educador, acima de tudo
por que sinto amor.”
Ser professor é muito mais que ministrar aulas.
Ser professor é ocupar lugar de destaque na vida de
muita gente. A responsabilidade é grande, mas não chega aos pés da gratificante
certeza de colaborar para a formação de seres humanos.
Porque o verdadeiro mestre não se restringe apenas ao
intelectual, ele incentiva o amadurecer, o construir, o viver.
Ser professor é saber ensinar e educar, mas também
aprender com seus alunos e constantemente renovar suas aprendizagens.
Ser professor é formar o médico, o dentista, o
engenheiro, o advogado. É a única profissão capaz de formar as demais
profissões.
Ser professor é sempre ser lembrado por alguém, ainda
que se passem muitos anos, será parado na rua e ouvirá: lembra-se de mim? Você
foi meu professor! Isso é tão gratificante e bonito, que já vale tudo o que foi
passado.
Por acaso você já parou para pensar a falta que ele
faz?
Por acaso você já parou para pensar o quanto ele é mal
remunerado?
Uma profissão linda e que merece todo o nosso
respeito, não somente no dia dedicado ao Mestre, mas em todos os dias do ano.
Uma lembrança especial para minha esposa, Renata
Titoneli Assad Rangel, que abraçou essa profissão com muita dedicação e amor.
PARABÉNS AOS MESTRES DA ATIVA E AOS QUE JÁ ESTÃO
DESCANSANDO!
Lembro-me que no tempo de estudante o “respeito pelo
mestre” era igual – ou até maior – ao que tínhamos por nossos pais. Hoje, o
“respeito” é uma palavra que sumiu de nosso convívio do dia a dia. O respeito
permite que as pessoas cultivem o valor da paz, numa convivência saudável em
respeitar as opiniões e sugestões dos outros. Somente através do respeito é
possível valorizar a qualidade do próximo.
Professor ou docente é uma pessoa que ensina ciência,
arte, técnica ou outros conhecimentos. Para o exercício dessa profissão,
requer-se qualificações acadêmicas, pedagógicas e afetivas, para que consiga
transmitir/ensinar a matéria de estudo da melhor forma possível ao aluno. É uma
das profissões mais importantes, tendo em vista que as demais, na sua maioria,
dependem dela. Já Platão, na sua obra “A República”, alertava para a
importância do papel do professor na formação do cidadão.
A palavra professor vem de “professar”, que, além de
lecionar, significa “declarar publicamente uma convicção ou um compromisso de
conduta”. É muito difícil definir numa só palavra a importância do professor
para a humanidade. Um trabalho nobre, sem o devido reconhecimento em nossa
sociedade.
MEUS PROFESSORES
Não sei se é justo tentar relacionar o maior número
possível de nomes dos professores que fizeram parte da minha história escolar, pois certamente deixarei de citar alguns, e farei com isso uma
injustiça. Mesmo assim, resolvi arriscar.
Tudo começou com a Dona Ana Maria Siqueira, e por aí
adiante todos os demais mestres tiveram participação especial em cada momento
de tudo que aprendi na escola.
Dando sequência aos nomes: Marília Magalhães, Regina
Freitas (de Pádua), Sebastiana Moreira, Geotana Mercante, Gilza Alexandre
Alvim, Lucy Pestana, Vera Mota, Vera Alvim, Maria Auxiliadora Cunha, Cilinha
Botelho, Maria do Carmo Schueler, Maria do Carmo Tostes, Maria Crisolina Moura,
Ribeirinho (de Palma), Maria José Nunes Tostes, Maria Tereza Poly, Maria do
Amparo, Mathildes Maria, Yara Tancredi, Geusa Alexandre Alvim, Gilda Tostes, Luiz Delco
Junqueira, Hélio Nascimento, José Viana, Oscar de Paula, Afrânio Franco, Edyr Olivier
Tostes, João Felicíssimo, Rosane Correa, June Carvalho, Solange Moreira,
Solange Amaral, Adilson Cagiano, Luiz Eduardo Amaral (Piazza), Luizão da Ótica, Carlos Rubens
Caldas (Lolobe), José Antônio Gualter (Capitão), José Maria de Oliveira, Conceição Garcia, Jorge
Garcia, Lucíola Moreira, Pastor Roberto da Silva Carvalho, Célia Azevedo,
Bernadete Rizzo, Darcy Aníbal, entre outros...
Finalizando, deixo essa mensagem de Albert Einstein:
“A suprema arte do professor é despertar a alegria na expressão criativa do
conhecimento, dar liberdade para que cada estudante desenvolva sua forma de
pensar e entender o mundo, assim criamos pensadores, cientistas e artistas que
expressarão em seus trabalhos aquilo que aprenderam com seus mestres".
quinta-feira, 14 de outubro de 2021
COUTINHO: O GRANDE PARCEIRO DE PELÉ
Antônio Wilson Vieira Honório é paulista de Piracicaba, onde nasceu em 11 de junho de 1943. Coutinho foi um atacante de técnica genial, dribles curtos e secos, passes precisos, frieza sobre humana dentro da área, o que lhe valeu o apelido de “Gênio da Pequena Área”. Era tão bom que costumava usar esparadrapo no pulso para não ser confundido com o Rei Pelé. Ainda garoto, no XV de Piracicaba, Coutinho já exibia as qualidades que o levariam a titular do Santos com apenas 15 anos. Marcou época defendendo o clube praiano.
Se Pelé foi o Rei do Futebol, Coutinho foi o vice-rei.
Ou, no mínimo, o príncipe, o mais perfeito parceiro de Pelé, com quem criou as
famosas tabelinhas e atuou regularmente entre 1958 e 1966. A dupla representava
um verdadeiro pesadelo para a defesa de qualquer equipe. Juntos, Pelé e
Coutinho fizeram a impressionante marca de 1.461 gols pelo Santos, o que o
deixa em terceiro lugar na relação de maiores artilheiros santistas, atrás
apenas de Pepe (o segundo, com 405 gols) e, naturalmente, do próprio Pelé, com
1.091 gols.
Atuou no Santos – 457 jogos e 370 gols (campeão do
Rio-São Paulo em 1959/63/64 e 66, do paulista em 1960/61/62/64/65 e 67, da Taça
Brasil em 1961/62/63/64 e 65, da Libertadores e do Mundial em 1962 e 63, e do
Roberto G. Pedrosa em 1968), Vitória (BA), Portuguesa de Desportos, Bangu (6
jogos e 3 gols), Atlas/México e Saad (SP), onde encerrou a carreira em 1973,
aos 30 anos. Teve uma carreira curta devido a sucessivas contusões no joelho e
sua tendência para engordar.
Participou da Copa do Mundo de 1962, sendo campeão da
mesma. Era o titular, mas acabou se machucando na véspera da competição. Porém,
mesmo com problemas, viajou com a delegação para o Chile. Atuou em 15 jogos e
marcou 6 gols, todos oficiais.
Faleceu em 11 de março de 2019, aos 75 anos, em
Santos, em decorrência de complicações da diabetes, que já havia causado a
amputação de três dedos do seu pé esquerdo.
domingo, 10 de outubro de 2021
RENATO MERCANTE: CALOU-SE UMA VOZ INCONFUNDÍVEL...
José Renato Martins Mercante nasceu
em Miracema-RJ, em 18 de julho de 1956. A sua morte, ocorrida em 11 de outubro
de 2017, na cidade vizinha de Itaperuna, vítima
de um acidente vascular cerebral hemorrágico, deixou
uma lacuna na imprensa miracemense e de toda a região.
Renato foi um jornalista de
excelência e grande comunicador do rádio e televisão, de uma voz inconfundível.
Um mestre de cerimônia de alto nível, que conduzia os eventos de maneira
assertiva, garantindo a atenção do público com uma linguagem dinâmica. Sempre
demonstrou competência naquilo que se propunha a fazer. Um nome que marcou
época na comunicação. Acrescenta-se a
isso o seu lado de compositor e poeta.
Filho de Rosário Mercante e Irene
Martins Mercante, Renato era o primogênito de uma família de quatro irmãos:
Larry, Fábio e Gustavo, sendo que os dois últimos já faleceram, em 2016 e 2017,
respectivamente. Casado com a capixaba e professora Cintia Lara Ribeiro
Mercante, Renato deixou três filhas: Camila (turismóloga); Larissa (jornalista);
Marcela (pedagoga) e netos.
Formando em Comunicação Social (com
habilitação em Jornalismo) pela faculdade Hélio Alonso, em Niterói-RJ, foi um dos fundadores da Rádio Princesinha do Norte
(inaugurada em 23 de dezembro de 1982) e do jornal “O Tempo”, ambos em Miracema.
Foi secretário de imprensa da prefeitura de Araruama, diretor de comunicação da
prefeitura de Miracema, na gestão de Ivany Samel no período 2008/2012, editor
do jornal “Folha da Manhã”, de Campos dos Goytacazes, correspondente do Jornal
do Brasil e por cerca de três décadas, foi uma das vozes de apuração eleitoral
na Rádio Muriaé e presidente da Associação Comercial de Miracema, entre outras
atividades.
Nota: com informação do jornalista Carlos Ferreira e
acréscimos.
sexta-feira, 1 de outubro de 2021
ESTÁDIO JAIR SIQUEIRA BITTENCOURT, DO ITAPERUNA: PALCO DE GRANDES EMOÇÕES NOS ANOS 80 E 90
Ronaldo Perereca |