quarta-feira, 30 de novembro de 2016

BLOG HISTÓRIA - O HORROR NAZISTA JÁ ESTAVA ESCRITO EM 1925


Poucas tragédias foram tão anunciadas quanto a Segunda Guerra Mundial.

Adolf Hitler não escondeu de ninguém suas extravagantes ideias sobre a superioridade da raça ariana, as intenções sanguinárias em relação a judeus, eslavos e minorias étnicas, além de um profundo sentimento de revanchismo, principalmente contra a França, pela derrota alemã na Primeira Grande Guerra.

Para divulgá-las, numa época em que ideologias e regimes políticos seguiam o rumo do radicalismo, publicou suas ideias em livros. "Mein kampf" (Minha luta) foi lançado em 18 de julho de 1925. O autor escreveu na prisão pela frustrada tentativa de golpe de estado em Munique, em 1923, no episódio conhecido como "Putsch da cervejaria". As sementes do "Reich de mil anos" estavam lançadas. Muita gente que não levou a sério o ex-cabo austríaco acabaria se arrependendo 14 anos depois. A pena de Hitler que tinha sido reduzida de cinco anos para nove meses (lembra muito as penas impostas aqui no Brasil), havia sido cumprida na confortável prisão de Landsberg.

A obra que teria o título nada sugestivo de "Quatro anos de luta contra mentiras, estupidez e covardia" – olha quem falava em covardia – foi mudada por sugestão de Max Amann, o encarregado das publicações do Partido Nazista. A partir de 1933, quando Hitler tornou-se primeiro-ministro, o livro teria tiragens anuais de milhões de exemplares.

Em fevereiro do corrente ano, um promotor de Justiça do Ministério Público do Rio, entrou com uma ação penal cautelar contra a comercialização desse livro escrito pelo líder nazista. De acordo com a ação, o livro prega o racismo e incentiva o extermínio de pessoas que fazem parte das minorias, como judeus, ciganos, negros e homossexuais. 

terça-feira, 29 de novembro de 2016

MÁRIO SÉRGIO PONTES DE PAIVA: O CRAQUE REBELDE




Nascido no Rio de Janeiro, em 07 de setembro de 1950, esse ponta-esquerda com grande vocação de armador, altíssimo nível de habilidade, de uma inteligência rara e um lançador emérito – era chamado de Vesgo por olhar para um lado enquanto fazia o passe longo para o outro. Fazia de tudo com a perna esquerda: driblava, lançava e, de vez em quando, chegava junto e forte quando necessário.

 

Começou no Flamengo, em 1969, e rodou por diversos times sempre mostrando a mesma elegância de jogar com a cabeça erguida antevendo as jogadas. Mário Sérgio jogou por sete anos na equipe de futsal do Fluminense. Quando defendia o Flamengo, no início da carreira, a barba e os cabelo compridos o deixaram em desgraça com o então técnico rubro-negro Yustrich. O ambiente desfavorável na Gávea facilitou a transferência para o Vitória, da Bahia. Mário Sérgio se tornou rei na Bahia e caiu nas graças do torcedor do Vitória, onde jogou por quatro temporadas (1971/75), e foi brilhante. 

 

A sua trajetória foi marcada por algumas polêmicas. Fora de campo, sua forte personalidade acabou prejudicando sua carreira. No São Paulo ficou conhecido como o “Rei do Gatilho”, apelido que ganhou após esvaziar o pente de seu 38, efetuando tiros para o alto, e assustando torcedores do São José, no interior de São Paulo. Envolveu-se num polêmico caso de doping, em 1984, quando jogava no Palmeiras. Só chegou à Seleção aos 31 anos e fez oito partidas com a camisa do Brasil, todas oficiais.

 

Depois de encerrar a carreira de jogador no Bahia, em 1987, tornou-se técnico e dirigiu vários times de ponta do Brasil. Trabalhou até 2010 e o Ceará foi seu último time como treinador. Voltou a comentar jogos pela televisão e, como sempre, mantendo sua personalidade e sendo muito autêntico nos pronunciamentos. Era um profundo conhecedor das táticas do futebol. Mário Sérgio começou sua carreira de comentarista esportivo no início da década de 90, na TV Bandeirantes, e trabalhou nas Copas do Mundo de 1990 e 1994.

 

A tragédia com o avião que transportava o time da Chapecoense vitimou o ex-jogador e outros jornalistas, em 28 de novembro de 2016, próximo à cidade colombiana de La Unión. Ele estava a serviço do canal por assinatura Fox Sports.

 

Resumo da carreira: Flamengo - 13 jogos e 3 gols, Vitória (campeão baiano de 1972), Fluminense (campeão carioca de 1975) - 44 jogos e 3 gols, Botafogo, Rosário Central (Argentina), Internacional (em duas oportunidades, campeão brasileiro de 1979, e gaúcho em 1981) - 61 jogos e 5 gols, São Paulo (campeão paulista de 1981) - 62 jogos e 8 gols, Ponte Preta, Grêmio - 1 jogo (a final do Mundial Interclubes de 1983, sagrando-se campeão), Palmeiras - 58 jogos e 3 gols, Botafogo-SP, Bellinzona/Suíça e Bahia. 




UMA HOMENAGEM MERECIDA – POR GILSON COIMBRA


Dr. Gilson Coimbra é miracemense e reside em São José dos Quatro Marcos-MT.

Meu pai era um ativista em relação ao futebol de Miracema-RJ... Foi Presidente do Clube Esportivo Miracemense... Presidente da Liga Desportiva de Miracema... Presidente da Associação Atlética Miracema...

Em Miracema existia na época uma quadra de esportes, sem cobertura e com piso de cimento, denominada Rink, onde eram disputadas partidas de futebol de salão... voleibol... basquete... e que era usada também para outras atividades...

Após sua morte a Prefeitura resolveu homenageá-lo e transformou o Rink em uma quadra coberta... e resolveu nomeá-la “Praça de Esportes Gerson de Alvim Coimbra”. 

O Prefeito era Dr.Salim Bou-Issa que, era muito amigo de meu pai, e a quadra ficou muito bonita... Eu já estava por aqui, mas fui visitá-la em uma das viagens a Miracema. Depois, não sei por que, derrubaram o ginásio coberto e a quadra voltou a ser como era antes.

Só não trocaram o nome... pelo menos até 2009, última vez que fui a Miracema, ainda havia uma placa por lá com o nome dele.... Tenho uma foto perdida dela e quando achar publicarei aqui... 
Nota: estive pessoalmente no sábado (26) pela manhã e fiz essas fotos. A placa continua no local.

A placa se encontra na parte de
baixo desse mastro
Eu fiquei feliz com a homenagem, mas acho que o nome "Rink" era mais "forte" que o do meu pai e por isso, pra mim, desejaram voltar às origens, porque difícil explicar o acontecido...
Garanto que muita gente em Miracema não sabe que a Quadra do Rink tem o nome dele. Minha postagem foi motivada por três fotos da inauguração da Quadra Coberta, que achei em meus arquivos...
Bom relembrar, principalmente porque revejo minhas irmãs, Geusa e Gilza, que foram as responsáveis pela famosa foto desamarrando as fitas.

Quem sabe alguém poderia me dizer o motivo da demolição???

Minhas considerações: em contato com Marcelo de Martino, da Secretaria Municipal de Cultura, ele disse o seguinte, meu prezado Gilson: “O motivo foi uma aspiração da população que não entendeu aquela construção – de grandes proporções –, e que não teve um projeto arquitetônico adequado, em um local como a Praça Dona Ermelinda. O prefeito da época, Jairo Tostes, resolveu atender à solicitação para retornar com o antigo Rink e a demoliu". 


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A FARRA COM O DINHEIRO PÚBLICO


A Assembleia Legislativa aprovou, por unanimidade, na última quarta-feira (23/11), uma série de medidas de “austeridade” propostas pelo presidente da Casa, que reduzem ou acabam com privilégios do Legislativo, tais como carros oficiais, cota de gasolina para diretores e deputados, coquetéis em sessões solenes, além de cota mensal de selos.

"Tudo isso" ainda é pouco para acabar com a farra dessa classe que só nos envergonha. Você sabia que os “senhores deputados estaduais” ganhavam horas extras para participar de coquetéis em sessões solenes? Isso é demais para a paciência de um povo que acaba pagando a conta de tudo.

Alguém duvida que aqui em Miracema, uma cidade com pouco mais de 30 mil habitantes, não tem mais de uma dezena de funcionários fantasmas da Assembleia? São viúvas e viúvos mamando nas tetas e que recebem os seus integralmente, sem nenhum tipo de parcela. Os mesmos dizeres servem para a Câmara e o Senado.

Chegamos a um ponto que não dá mais para aceitar essas regalias desses usurpadores do dinheiro público. Se não mudar essa prática suja de se fazer política com a situação atual que presenciamos, continuaremos cada vez mais sendo massacrados por esses crápulas.

A hora é essa, vamos ficar atentos! 

NILTON SANTOS: A ENCICLOPÉDIA DO FUTEBOL


Nascido no Rio de Janeiro em 16 de maio de 1925, mais precisamente na Ilha do Governador, Nilton Santos costumava atribuir grande parte do seu estilo à paixão pelo futebol descompromissado, seja em forma de pelada de rua, seja nos jogos do Flecheiras, time amador da Ilha. Quem o levou para General Severiano foi o Major Honório, que o conhecera como soldado 105, na Aeronáutica. O Major, com um tio influente no Botafogo, confiava tanto no futuro do Nilton Santos que achou por bem passar por cima dos problemas disciplinares que ele criara na caserna. Prestou, assim, inestimável serviço ao futebol brasileiro.

Assim sendo, o soltado indisciplinado virou a “Enciclopédia do Futebol”. Em parte por sua extraordinária visão de jogo. Mas, sobretudo, porque fez o que os teóricos só fariam anos depois. Nilton Santos iniciou a participação efetiva dos jogadores de defesa nas ações de ataque. Era dono de um estilo técnico: tinha um perfeito sentido de cobertura, passes precisos, dribles desconcertantes. E adorava avançar pela faixa esquerda do campo. A sua obsessão pelo ataque o fez inovar o futebol de sua época, com suas arrancadas pela lateral. Nilton Santos raramente fazia falta e nunca jogou com violência. Exercia uma liderança discreta e eficaz, exemplo para seus companheiros e acima de tudo muito respeitado por todos. 

Em 1948 – já com 23 anos – foi apresentado a Zezé Moreira, então iniciando a carreira de técnico no Botafogo, e treinou como zagueiro. Logo passou para a posição que o consagrou e, em pouco tempo, já era considerado o melhor lateral-esquerdo do Brasil. Foi campeão carioca naquele ano de estreia no clube e ganhou uma chance na Seleção Brasileira. Mas teve que amargar a reserva, tanto no Sul-Americano daquele ano (quando o Brasil foi campeão), quanto na Copa do Mundo de 1950.

Foi uma questão de tempo e sua refinada categoria o fez titular nos três mundiais seguintes (apenas em 1954 o Brasil não venceu). Fez parte do time bicampeão mundial – 1958 e 1962 – e marcou o seu nome na história do futebol mundial.  Pela Seleção foram 85 jogos e 3 gols marcados, sendo 74 oficiais e os mesmos 3 gols. 

No jogo contra a Espanha pela Copa do Mundo de 1962, ocorreu uma jogada que marcou sua vida. Numa disputa contra um adversário, Nilton Santos fez pênalti. Porém, deu um passo largo e saiu da área. O árbitro estava longe e marcou falta e não pênalti. O Brasil venceu por 2 a 1, com dois gols de Amarildo. 


Ao lado de craques como Garrincha, Didi e Zagallo, escreveu uma das mais belas páginas da história do time da estrela solitária, sagrando-se quatro vezes campeão carioca pelo Botafogo (1948/57/61/62). Nilton Santos permaneceu toda a sua carreira – 18 anos – no clube e despediu-se do futebol em 1964. Faz parte da galeria dos maiores ídolos do Glorioso, pelo qual defendeu em 718 jogos, marcando 11 gols.

Chegou a trabalhar como técnico, mas não alcançou o mesmo sucesso que teve dentro das quatro linhas. Com 88 anos, lutava contra o Mal de Alzheimer e uma infecção pulmonar. Morreu em 27 de novembro de 2013, no Rio de Janeiro, em decorrência de complicações respiratórias. Foi compadre e o melhor amigo do gênio Garrincha. 



FIDEL CASTRO – LÍDER REVOLUCIONÁRIO OU DITADOR SANGUINÁRIO?


Nascido em  Birán, em 13 de agosto de 1926, o revolucionário e líder cubano destacou-se no levante contra a ditadura  de Fulgêncio Batista, quando ainda era estudante de Direito na Universidade de Havana. Em 1953 tentou, sem sucesso, tomar as barracas de Moncada, em Santiago. Foi capturado e preso. Depois de libertado pela anistia, concedida em 1955, fez treinamento de guerrilha no México, voltando a Cuba em dezembro de 1956.

Castro minou o poder de Batista, entrando em triunfo em Havana em janeiro de 1959. Como as relações diplomáticas com a América “imperialista” degeneraram após a tentativa de invasão da Baía dos Porcos, organizada pela CIA, em 1962, Fidel, já então um marxista-leninista declarado, passou a depender economicamente da União Soviética – apesar do atrito gerado pela crise nacionalista devido à instalação de mísseis em solos cubanos em 1962 e de seus anseios em fazer de Cuba uma nação independente.

Com o fim da “Guerra Fria”, em 1991, e as consequentes reformas na União Soviética, resultou na perda do apoio econômico e as reformas sociais e educacionais no país foram abaladas por uma série crise, que praticamente o isolou do resto do mundo. O país ainda sofre com o embargo econômico, comercial e financeiro. Seu poder foi mantido através da repressão policial e de um contato direto com o povo em grandes eventos e pela televisão. Mas a pobreza da população provocou muitas revoltas entre os cubanos. Em contrapartida a essa triste realidade do povo cubano, a fortuna do ditador já foi avaliada em mais de US$ 900 milhões. 

Com agravamento da doença, retirou-se do poder em 24 de fevereiro de 2008, após o parlamento definir a nova cúpula governamental. O seu irmão, Raul Castro, assumiu a presidência e governa o país. Fidel permaneceu, no entanto, como herói até para latino-americanos não comunistas, como patriarca de uma revolução que acabou perdendo o rumo da História.

Com a sua morte, aos 90 anos, ocorrida na última sexta-feira (25), o mundo aguarda com ansiedade o caminho político a ser trilhado na Ilha daqui em diante  – agora com a ausência física do seu líder e comandante supremo. A notícia do seu falecimento provocou reações antagônicas, compatíveis com a controvérsia que marcou sua trajetória. 

sábado, 26 de novembro de 2016

ALTERAÇÃO DO LIMITE MÍNIMO PARA RADARES NAS RODOVIAS DO ESTADO DO RIO


De acordo com o Projeto de Lei nº 2278/2016, Art. 1º, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, autorizou, em 22 de novembro de 2016, o Poder Executivo a padronizar o limite de velocidade para os radares nas rodovias estaduais em 60 km/h. Somente em áreas escolares e hospitalares a velocidade padronizada poderá ser reduzida para 40 km/h.  

Conforme o Art. 2º caberá à SETRANS – Secretaria de Estado de Transporte dar cumprimento ao que foi disposto. Esta Lei entrará em vigor no prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar de sua publicação. 

ENTREVISTA COM O COMUNICADOR CARLOS FERA


Como iniciou a paixão pelo rádio?
- Sou ouvinte assíduo da Rádio Globo e sempre quis ter essa oportunidade. Comecei operando para alguns locutores até que meu amigo Nivaldo Cabral fez o convite e eu topei. Depois, tive a grata satisfação, como visitante, ter sido escolhido para visitar os estúdios da Rádio Globo, do Rio. Acabei conhecendo o Edmo Zarife que, ao me abraçar, disse: faça da boa comunicação um hobby.

O imediatismo das redes sociais é um ponto positivo ou negativo para o meio radiofônico?
- Isso é muito relativo. Quando a rede ensina e educa acaba sendo parceira do rádio, mas o rádio tem seu glamour e é o veículo de maior credibilidade no país no ramo da comunicação. O que nos deixa preocupado são as TVs que vendem as desgraças alheias – conhecidas como a imprensa marrom – e que para conquistar o ibope apelam a qualquer custo para prender a atenção do telespectador.

Qual é a grande dificuldade de se fazer rádio atualmente?
- Não digo dificuldade, vejo financeiramente, porque as que já possuem um trabalho de longa data sobreviverão. Investir no rádio é retorno certo e muitas vezes os sindicatos dos radialistas, na acepção da palavra, são pelegos, não olham pelo lado dos seus sindicalizados. O comunicador também tem que ter o seu lado amador, gostar do que faz e, principalmente, compromisso com o que fala. O ouvinte é inteligente e percebe que a fala do locutor reflete se ele tem vocação ou é mais uma fonte de renda.

De acordo com sua experiência, o ouvinte gosta de programas com mais informação ou musical?
- Espero que a migração de AM para FM possa ter na grade programas no estilo entrevistas, informativo, pois o rádio é um formador de opinião. Hoje em dia música se ouve no celular e a FM tem essa característica de ser mais musical. Particularmente não abro mão de falar e debater assuntos importantes.

Você também já trabalhou na área de saúde. Conte-nos um pouco de sua experiência?
- Comecei aos 14 anos, não havia o ECA, e com 15 já assumindo posto de enfermagem. Tive a honra de ter feito um curso intensivo de socorro às vítimas com os ANJOS DO ASFALTO, no quartel da Praça da Bandeira. Experiências com pacientes com fraturas raquimedular e outros pacientes graves em UTI. Já trabalhei em várias unidades de saúde, não somente aqui em Miracema, como também em Pádua e no Rio. Pronto socorro, PU de Miracema, Posto de Saúde e vários trabalhos na perícia criminal e IML. Minha vocação é tentar amenizar a dor e fazer uma saúde humanizada.

Sei que desenvolve um trabalho social e gostaria que fizesse um breve comentário sobre o mesmo.
- Fazer o social é legal e eu não abro mão disso. Sou Vicentino e líder comunitário.  Acho que começa pela política da boa vizinhança e se espalha pelas pessoas menos favorecidas. Fazer o bem faz bem...

Luiz Fernando Linhares era o cara?
- Sim. Um homem à frente do seu tempo, revolucionário, um construtor, deixou sua marca de homem público. Tive a honra de conhecê-lo e se vivo fosse teríamos um time na primeira divisão do futebol carioca. Amava e lutava por esta terra. Um estadista de fato!

Como conhecedor da história dos “Irmãos Moreira”, eles são merecedores de uma homenagem mais concreta em nossa cidade? Sendo um radialista, você pode nos ajudar nessa empreitada?
- Com toda certeza. A história deles está aliada à história do futebol mundial. Sou amigo da família Moreira e através de um primo aprofundei no conhecimento sobre eles. Na minha visão teria de ter em Miracema uma praça ou um museu do futebol para homenageá-los. É com tristeza que a especulação imobiliária poderá derrubar a história com a venda do campo que leva o nome deles.

A experiência de se candidatar ao cargo de vereador alterou de alguma forma o seu modo de avaliar certos fatos?
- Sim. Numa sociedade capitalista, que dita regras, temos visto ai a lava jato, escândalos políticos e etc..., enquanto não houver uma reeducação e um novo modo de se fazer política no Brasil, que é a arte de fazer pela maioria e pelo bem estar público, continuará a velha política do toma lá dá cá. Não muda nada naquilo que penso, porque a educação é o pilar de tudo, e pra finalizar acho que a austeridade de uma justiça mais rápida no que diz respeito a quem não respeita o voto do cidadão.

Um ídolo no rádio?
- O saudoso Edmo Zarife.

Uma personalidade histórica?
- Papa João Paulo II. O homem do sorriso carismático, hoje, um Santo.

Um cantor e uma cantora?
- Roberto Carlos e Elis Regina.

Uma música inesquecível?
- New York.

Qual é a mais pedida em seu programa?
- Entre tantas, Vento no Litoral.

Como bom rubro-negro, o seu ídolo maior é o Zico. Para sair do trivial, depois do Zico...?
- Leandro Peixe Frito.

O que um dia te encantou e hoje não encanta mais?
- Tínhamos mais paz e hoje a violência está escancarada, e as pessoas sorrindo pouco, porque deixamos de pensar no plural pra pensar no singular. Meu encanto ainda é o ser humano.

Uma coisa que você não abre mão?
- De ser honesto e da fidelidade daquilo que penso. Não fazendo mal para alguém já é um bom começo.

Quem mandaria pra Lua somente com passagem de ida?
- Aquelas pessoas de mau-caráter, avarentos, invejosos e soberbos.

O que pra você é definitivamente ridículo?
- Falar mal dos outros e não ter postura e nem ética.

O que você gostaria que as pessoas entendessem?
- Que a vida é passageira e que a gente pode sempre fazer o melhor e ser melhor a cada dia.

Miracema tem jeito?
- Sim.  Basta ter pessoas comprometidas em fazer o bem a esta terra linda de Dona Ermelinda, de um povo trabalhador e de fé, que acredita em dias melhores sempre.

Faça suas considerações finais.
- Foi uma honra ter participado do quadro de entrevistas do seu blog, poder contar um pouco da minha vida. Deixo uma mensagem às crianças e aos jovens para que acreditem que Deus é constante em nossas vidas. O meu dia a dia é também em busca de coisas melhores para eles. O que move o cidadão Carlos é a sua vontade de fazer o bem no rádio, na saúde, no social ou em qualquer outro lugar, e estarei sempre com um sorriso em prol das pessoas e de minha cidade.








O AROMA DO CARRO – POR BEBETO ALVIM



- Sua Caravan tem cheiro forte, Passarinho?
- Tem razão, Nilo! Só que não é cheiro, é aroma.
- Isso parece mais cheiro de pinga?
- E é. Derramou muita pinga. E é aroma.
- O que aconteceu?
- Depois que Campos infestou a cidade de quebra-molas, volta e meia a Caravan pula que nem um canguru ao passar pelas lombadas.
- E o que tem isso a ver com o cheiro?
- Volto a lembrar que é aroma. Inadvertidamente, passei em velocidade por uma enorme lombada perto do Salesiano; o salto quebrou um garrafão de pinga. Daí o “cheirinho gostoso”.  

O fato fez história. O Vórcio, meu amigo, sai de táxi para mostrar partes da cidade a um visitante. Ao passar pelo local, diz ao parceiro:
- Aqui aconteceu uma tragédia com um amigo.
- E o que foi?
- O Passarinho esqueceu-se da lombada e o enorme solavanco fez quebrar um garrafão de cachaça.
- E isso é uma tragédia?
- É porque você não conhece o Passarinho. Preferiria bater o carro a perder a pinga!

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DE MIRACEMA: UMA ESCOLA DE REFERÊNCIA


O prédio onde está instalado o atual Instituto de Educação de Miracema foi construído, em 1921, para sediar o Instituto Afrânio Peixoto, idealizado pelo professor José Paulino Alves Júnior.    

Em 11/02/1922, foi adquirido pelo Sr. Alberto Lontra que fundou o “Gynnasio de Miracema”, que com o numeroso e habilitado corpo docente ministrava instrução primária e secundária, preparando os alunos para as escolas superiores de todo Brasil.

Em 1924 introduziu carteiras individuais, do tipo "americana", que dificilmente eram encontradas em estabelecimentos escolares do governo. 

Durante o recesso escolar promovia o curso de férias com o objetivo de preparar alunos para o curso de admissão. Funcionava no sistema de internato, semi-internato e externato mistos.

Em 30/11/1924, foi fundado o Grêmio Lítero Esportivo Ruy Barbosa tendo como seu primeiro presidente o Dr. Theophilo Junqueira. 

Em 1929, foi criada e anexada ao Ginásio de Miracema pela Lei nº 2.298 de 07/01, a Escola Normal de Miracema (a terceira criada no Estado).

Na década de 40, já denominado Colégio Miracemense, foi adquirido pelo Dr. Sylvio de Campos Freire, que também foi seu Diretor até 1961. Uma de suas maiores contribuições foi a construção de dois pavimentos para o auditório em terreno cedido pelo Cel. Armando Monteiro Ribeiro da Silva. Nessa mesma época oferecia os cursos Clássico, Científico, Comercial Básico, Técnico em Contabilidade e Datilografia.

Não podemos deixar de registrar também as famosas festas de Estudantes, com eleição da rainha, baile, etc. No setor de Educação Física e esportes, o Colégio participou de inúmeras disputas e olimpíadas, conquistando sempre destacadas classificações.

Adquirido pelo professor  Eli Combat, passou a ser dirigido pelo Sr. Rubem Pereira, uma vez que o proprietário possuía outro estabelecimento escolar em Duque de Caxias.

Em 23/09/1973, foi criada a Associação Cultural e Educacional de Miracema – ACEM, com o objetivo de manter o Colégio em atividade, já que o proprietário não demonstrava mais interesse em manter o tradicional Colégio Miracemense.

Durante este período, foram criados o Centro Cívico José Pereira Neto e o Clube de Saúde Dr. Luiz Paulo Pinto Moreira. Em 1975, registrou-se 1.928 alunos matriculados, representando o recorde desde a fundação do Colégio. 

A ACEM permaneceu em atividade até 1987, época em que o Colégio Miracemense foi arrematado em leilão pelo Governo do Estado, passando a denominar-se Colégio Estadual de Miracema, criado pelo Decreto nº 9.977, de 28/05/1987.

Em 2 de janeiro de 1995, foi tombado através do Decreto Municipal nº  249, como patrimônio histórico de Miracema.

Em 27 de novembro de 2000, de acordo com o Decreto nº 27.459, foi transformado em Instituto de Educação de Miracema. 



Fonte: Acervo INEPAC e Marcelo Salim de Martino / Secretaria Municipal de Cultura de Miracema.





                                                                                                                            

ROBERTO DINAMITE: UM ARTILHEIRO IMPLACÁVEL




Após dois anos lutando contra um câncer no intestino, Bob Dinamite faleceu em 08 de janeiro de 2023, na capital carioca, aos 68 anos. Sentiu-se mal no dia anterior e foi internado. Ao longo dos últimos meses era nítido que o seu quadro de saúde se agravava dia após dia. As imagens veiculadas nas redes sociais ao lado de ex-jogadores e amigos que foram visitá-lo demonstravam o quanto ele estava sendo castigado por essa doença. Uma das marcas registradas do Roberto era o sorriso estampado em seu rosto. Sorriso esse, que, aos poucos, foi de se desfazendo na luta diária de enfrentamento contra essa doença. Quis o destino que ele nos deixasse em um domingo, dia dedicado ao futebol e que ele, por tantas vezes, explodiu as redes adversárias levando alegria aos torcedores vascaínos e para todos que apreciam aquilo que o futebol tem em sua essência: O GOL. 

Roberto não é apenas um ídolo do Vasco. É um dos poucos jogadores que é respeitado e admirado por torcedores rivais, principalmente dos adversários domésticos. Pode-se dizer o mesmo de Zico, seu grande amigo e rival - rivalidade essa apenas dentro de campo. Essa amizade e admiração mútua servem de exemplos para confirmar que, o futebol é um esporte e deveria ser compartilhado entre amigos e desconhecidos, dentro de um ambiente saudável e sem essa violência que tanto nos assusta. 

Nascido em Duque de Caxias-RJ, no dia 13 de abril de 1954, pouco antes de completar 15 anos, em 1969, o menino Carlos Roberto de Oliveira foi descoberto pelo olheiro Gradim e começou sua carreira de sucesso no Vasco, jogando na escolinha.  Menos de dois anos mais tarde, nem bem completara 17 anos, o jovem atacante teve as primeiras oportunidades no time de cima do Vasco, graças ao então técnico Admildo Chirol. Não foram precisos mais do que dois jogos para que a revelação fizesse seu primeiro gol entre os profissionais, em jogo pelo campeonato brasileiro, contra o Internacional.

Impressionado com a violência do chute que deu ao Vasco o segundo gol na vitória por 2 x 0 sobre o time gaúcho, o saudoso jornalista Aparício Pires, do Jornal dos Sports, redigiu, no dia seguinte, uma manchete profética: “Garoto Dinamite explode o Maracanã”. Nascia para o futebol, no dia 25 de novembro de 1971, Roberto Dinamite.

Na campanha que deu ao Vasco seu primeiro campeonato brasileiro, em 1974, Roberto foi o grande comandante da equipe, assinalando 16 gols, que o tornaram artilheiro da competição – dez anos mais tarde, Dinamite voltaria a ser artilheiro do Brasileirão, novamente com 16 gols, quando o Vasco perdeu a final para o Fluminense.

Depois de ser campeão carioca em 1977 e artilheiro em 78 – ao lado de Cláudio Adão e Zico, ambos do Flamengo, com 19 gols – Roberto ainda ajudou o Vasco a chegar a mais uma decisão, quando foi derrotado na final do brasileiro de 79, para o Internacional, antes de ser vendido ao Barcelona, da Espanha. Roberto não se adaptou ao futebol espanhol e sua breve passagem pela Europa foi frustrante em todos os aspectos. Foram 8 jogos e 3 gols marcados.

Depois de quase ter sido contratado pelo Flamengo, o Vasco acabou trazendo o seu ídolo de volta, poucos meses depois da despedida. E esse retorno não poderia ter sido melhor. No reencontro com o Maracanã, enfrentando o Corinthians pelo Campeonato Brasileiro de 1980, Dinamite levou a torcida ao delírio, ao marcar os cinco gols da vitória vascaína. Foi artilheiro do certame estadual em 1981, com 31 gols, e campeão carioca em 1982.

Ainda em 1982, convocado para disputar sua segunda Copa do Mundo – estivera na Argentina, em 1978 – o atacante acabou não sendo escalado em nenhum jogo por Telê Santana, o que lhe causou, segundo ele, a maior mágoa da carreira. A sua participação na Espanha foi substituindo o atacante Careca, cortado antes de iniciar a competição por lesão. Na Copa de Argentina Roberto marcou 3 gols. Os seus números na Seleção são os seguintes: 47 jogos e 25 gols, sendo 38 oficiais e 20 gols.

Com 12 gols foi artilheiro do carioca de 1985. Roberto Dinamite ajudaria o Vasco a conquistar o bicampeonato estadual, em 1987/88, fazendo dupla com Romário, antes de sofrer, ainda em 88, uma grave contusão que o afastou da equipe e fez com que muitos diagnosticassem precocemente o fim da carreira do ídolo.

Depois de enfrentar uma longa recuperação, Roberto foi emprestado à Portuguesa de Desportos – 14 jogos e 11 gols, e ao Campo Grande – 14 jogos sem marcar nenhum gol. Predestinado a ser campeão pelo Vasco, voltou a São Januário e, novamente efetivado no comando do ataque, sagrou-se campeão estadual de 1992, invicto, último título de uma brilhante carreira. Pelo Vasco foram 1.022 jogos e 617 gols marcados como profissional. Ainda é o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro, desde 1971, com 190 gols, e também do Campeonato Carioca, com 284 gols, seguido por Zico (239) e Romário (233). 

Em março de 1993, Roberto despediu-se do futebol em amistoso contra o Deportivo La Coruña, no Maracanã, jogo para o qual convidou o eterno adversário e grande amigo Zico, que acabou vestindo a camisa do Vasco e participando do jogo. Estava encerrada a carreira do maior ídolo e artilheiro da história do Vasco da Gama. Assim Roberto definiu a sua trajetória no futebol: "Não era uma Brastemp, do nível de Zico e Reinaldo, mas eu fazia gols." 

A sua passagem na presidência do Vasco - que não foi das mais felizes, pelo contrário, foi uma decepção por tudo que se esperava - não pode macular sua trajetória dentro de campo. O Roberto jogador é um ídolo e o Roberto dirigente não deixou boas recordações. No entanto, a serenidade é necessária para distinguir as duas funções. 

Nota: texto publicado originalmente em novembro de 2016 e editado em janeiro de 2023. 


 

ANVISA APROVA REGRAS PARA REGISTRO DE REMÉDIO À BASE DE MACONHA


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) incluiu no último dia 22 os derivados da Cannabis sativa, a maconha, na lista de substâncias psicotrópicas, vendidas no Brasil com receita do tipo A, específica para entorpecentes. A norma permite que empresas registrem no país produtos com canabidiol e tetrahidrocannabinol como princípio ativo, passo necessário para venda de remédios.

A medida faz parte da atualização da Portaria nº 344/98, que também estabelece que laboratórios registrem os derivados em concentração de, no máximo, 30 mg de tetrahidrocannabinol (THC) por mililitro e 30 mg de canabidiol por mililitro. Os produtos que tiverem concentração maior do que as estabelecidas continuam proibidos no país.

Segundo nota da agência reguladora, a medida foi motivada pela fase final do processo de registro do medicamento Mevatyl®. O produto que, em alguns países da Europa, tem o nome comercial de Sativex, pode vir a ser o primeiro obtido da Cannabis sativa registrado no país. O medicamento será indicado para o tratamento de sintomas de pacientes adultos com esclerose múltipla.

Fonte: Agência Brasil 

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

QUAIS SÃO AS ARTICULAÇÕES MAIS ACOMETIDAS PELA MUSCULAÇÃO? QUAIS SÃO AS FORMAS DE SE EVITAR? POR VICTOR TITONELLI


Em termos estatísticos, o número de lesões na musculação é relativamente pequeno, comparada com outras práticas esportivas. As regiões do corpo mais acometidas são ombro, joelho e coluna lombar, nessa ordem de ocorrência.

O ombro é uma articulação muito acometida, pois a mesma apresenta a maior liberdade de movimento no corpo, e com isso gerando uma baixa estabilidade articular, dependendo muito da ação estabilizadora dos ligamentos.

Parece que as formas mais seguras de se evitar as lesões são: corrigir os desequilíbrios musculares crônicos, fortalecer os músculos que envolvem as articulações, desenvolvimento de uma boa flexibilidade e alongamento muscular e, logicamente, sempre respeitar os limites do próprio corpo seguindo as orientações de um profissional de educação física qualificado.


Em casos de lesões, deve-se procurar um ortopedista. 

Victor Titonelli é médico ortopedista especialista em Cirurgia do Joelho.
Trabalha no INTO – Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

NA CASA DE CABRAL, ATÉ O ASSENTO SANITÁRIO ERA DE LUXO...


Não foram só os 20 ternos Ermenegildo Zegna, grife italiana de alta costura, ou a infinidade de joias que chamara a atenção dos agentes da Polícia Federal que estiveram no apartamento do ex-governador Sérgio Cabral.  Em um dos banheiros do imóvel na quadra da Praia do Leblon, um assento sanitário eletrônico repousava à espera do usuário interessado também em conforto nos momentos em que a privacidade atinge seu grau máximo.

A história da privada de luxo – talvez a única narrativa capaz de provocar risos em meio às revelações de um grupo que, segundo a acusação, desviou R$ 224 milhões do quebrado estado do Rio – foi revelada pelo “Globo” no último domingo.

Por meio do controle remoto, é possível controlar a temperatura do assento e da água a ser usada na higiene e até a pressão com que a água será jorrada. Há também a possibilidade de acionar massagem.

Fonte: Extra

Nota do Blog: com tanta mordomia para as “popas” em sua casa, agora, a “bosta de ouro” vai se misturar com a dos presidiários.