Wálter Machado da SILVA é paulista de Ribeirão Preto,
onde nasceu em 2 de janeiro de 1940. Atacante de ótima técnica e muito preciso
nas conclusões. Inteligente, gostava de recuar até o meio para ajudar na
armação das jogadas. Tinha como principal qualidade a rara habilidade com que
lidava com a bola. Era chamado de “Batuta” por sua liderança em campo. Teve uma
passagem de destaque pelo Flamengo.
Revelado nas divisões de base do São Paulo, profissionalizou-se aos 17 anos e participou de oito jogos da campanha do título paulista de 1957. Em uma equipe recheada de craques, o garoto teve que procurar novos ares para mostrar seu talento e faro de gol. Posteriormente jogou no Batatais (SP), Botafogo (SP), Corinthians – 140 jogos e 89 gols, Flamengo – 132 jogos e 70 gols (campeão carioca em 1965), Barcelona/Espanha (apenas partidas amistosas), Santos (campeão paulista em 1967), Racing/Argentina, Vasco – 135 jogos e 35 gols (campeão carioca em 1970), Rio Negro (AM), Junior Barranquilla/Colômbia e Tiquire Flores/Venezuela.
Jogando peço Racing, Silva Batuta é o único brasileiro
que conseguiu a artilharia máxima de uma edição do campeonato argentino, em
1969, assinalando 14 gols.
Participou da Copa do Mundo de 1966 e defendeu o
Brasil em 8 jogos com 5 gols marcados, sendo 6 oficiais e 5 gols.
Silva faleceu em 29 de setembro de 2020, aos 80 anos,
após ficar internado por mais de dez dias. Ele foi diagnosticado com covid-19
algumas semanas antes, mas não se tem confirmação se a doença teve relação com
o falecimento.
Silva teve a felicidade de compartilhar a idolatria de
torcidas diferentes. Walace e Waltinho, seus filhos, nos anos 80 foram revelados pelo Flamengo e seguiram profissionalmente com suas carreiras.