quarta-feira, 3 de setembro de 2025

DULCE ROSALINA: PRIMEIRA-DAMA DAS ARQUIBANCADAS

 


DULCE ROSALINA Ponce Leon nasceu na capital carioca em 07 de março de 1934. Começou a frequentar os estádios desde nova, e por sua assiduidade, foi convidada, em 1956, para comandar a Torcida Organizada do Vasco (TOV), na época um fato inédito, tornando-se a primeira mulher a chefiar uma torcida. As histórias mostram que Dulce, realmente, cumpriu bem a sua missão no comando de uma organizada. Apesar do preconceito, aceitou o desafio e caracterizou sua participação pela presença nos estádios, independentemente do lugar, e pelas brincadeiras sadias que a faziam sempre respeitada pelos torcedores de outros clubes.


Em 1976, deixou a Torcida Organizada do Vasco, já que o grupo apoiava, na eleição presidencial do clube, o candidato Agathyrno da Silva Gomes, enquanto ela apoiava Medrado Dias, o candidato da oposição. Ao deixar a TOV criou a Renovascão, outra torcida organizada.


Folclórica, uma de suas mais saborosas histórias dava conta de que, seu marido, o ex-jogador Ponce Leon, na época de jogador de Bonsucesso, Botafogo e São Paulo, não poderia vencer o Vasco, sob pena de apanhar quando chegasse em casa. 


A mais antiga chefe de torcida do país, conhecida como a “primeira-dama das arquibancadas”, morreu aos 69 anos, de insuficiência cardíaca, em 19 de janeiro de 2004, no Rio de Janeiro. O Vasco perdeu a sua torcedora símbolo.


A prefeitura do Rio de Janeiro decidiu homenageá-la ao dar seu nome a uma rua próxima ao Estádio de São Januário. Ela foi um exemplo de pioneirismo na luta das mulheres por espaço e voz dentro do futebol.