quinta-feira, 29 de março de 2018
ALGUNS FATOS SOBRE O CÉREBRO HUMANO
JOSÉ GIUDICE - POR JOSÉ ERASMO TOSTES
Foi um dos incentivadores do Movimento Separatista de nosso Município. Hoje, existe uma praça com o seu nome, antiga Praça dos Boêmios, agora Praça José Giudice, no início da Rua dos Gabrieis, ou Rua do Café. Com a derrocada do café em 1929, quando faliram muitos agricultores e comerciantes, ele também foi à falência.
No descrever desta crônica, vou contar fatos relatados por moradores mais antigos. O José Giudice tinha um caso com a mulher de seu compadre, também italiano. O compadre era sabedor, mas tirava proveito da traição, aceitava de bom grado aquela situação. Numa daquelas noites, chega o José Giudice na casa do compadre. Este, sem ter um lugar para ficar, se escondeu debaixo da cama. O José, depois de ter feito amor com a comadre, disse: vou trazer um par de botinas para o compadre, mas não sei o número. Grita o compadre debaixo da cama: “É trintoito compadre”!
Conta-se que, em certa ocasião, um freguês comprou um arreio. Ele, esquecendo para quem tinha vendido, debitou um arreio na conta de cada freguês. Somente dois reclamaram e todos os outros pagaram.
Um carioca gozador, sabendo da fama do comerciante italiano que dizia sempre que tinha de tudo, resolveu lhe pregar uma peça. Entrou em seu estabelecimento e pediu uma peça para o seu carro importado. Qual não foi a sua surpresa quando o José Giudice voltou do fundo do armazém e trouxe a mercadoria solicitada. O carioca foi para o Hotel Braga, onde estava hospedado, e ficou pensando num meio de tirar um sarro com a cara do José Giudice. Voltou no outro dia e pediu ao José: Quero dois quilos de PODELA. O José, espantado: O que será isto? Se não atender vou perder a fama, e disse - Passa aqui amanhã para pegar, são 30 mil reis. Volta o carioca para o hotel. Onde é que ele vai achar uma mercadoria com este nome de PODELA?
Vou dar o troco a esse carioca, pensou José Giudice. Mandou fazer uma feijoada, colocou um pouco de óleo de cróton para desandar, convidou todos os seus empregados e, após a feijoada, mandou que todos fossem ao banheiro. Recolheu todo aquele material com uma pá, colocou no forno por três horas, e, depois de seco, mandou moer e colocou numa lata bem fechada. Chega o carioca com ares de vitória. - Como é que é? Conseguiu a mercadoria? - Está aqui, são 30 mil reis. O carioca pegou um bocado do pó, cheirou uma pitada, encheu uma colher tentando descobrir o que era. “Mas isto é merda!”. O José Giudice rindo: “Não, é o pó dela!”
PELO DE RATO, MOSCA E BARATA: POR QUE A ANVISA "TOLERA" FRAGMENTOS DE BICHOS NAS COMIDAS?
sábado, 24 de março de 2018
FAZENDA INVERNADA - POR JOSÉ ERASMO TOSTES
Fazenda Serra Nova Fonte: Internet |
Um desses imigrantes chamava-se José Berard, mas todos o conheciam como Raça, pois este era o tratamento que dava a todas as pessoas. Zé Raça morava na Praça Dona Ermelinda, numa casa antiga, onde hoje é a casa do Dr. Ney Gutterres. Na frente tinha uma oficina onde o Raça trabalhava junto com os filhos, todos da mesma profissão – bombeiro, latoeiro, ferreiro e fabricavam caldeiras e alambiques... e em seu sítio fabricava a cachaça. Após o serviço, na parte da frente da sua oficina, reuniam-se os vizinhos e amigos, conversando sobre todos os assuntos políticos e outros. O Zé Raça gostava de receitar remédios estranhos: pouco banho, óleo de rícino para tudo, assim como gotas de creolina para quem tinha problemas de pele e gotas de ácido muriático para quem estivessem com câncer. Os que tomavam a creolina, quando davam um pum, vinha um cheiro de desinfetante e os que tomavam as gotas de ácido, ficavam com as calças como se tivessem tomado tiro de espingarda de chumbo.
Dr. Moacyr Junqueira, João Cláudio, João Siqueira, Ventura Lopes, Chico Gama e Antônio Miranda faziam parte desse grupo de amigos de bate papo. Sentados em cadeiras de ferro, bancos de madeira e até em carcaças de motores. E, numa dessas conversas, o Miranda contou uma história sobre a Fazenda Invernada, que diziam, era assombrada desde o dia em que lá morreu o dono da fazenda, que era um amansador de cavalos.
Miranda era um homem alto, forte e um pouco surdo. Ao dialogar, levava as duas mãos na altura do rosto e falava baixo e compassado. Morava a poucas léguas da Fazenda Invernada. Um dia, arriou seu cavalo de nome Rosilho, por ser vermelho e branco, e partiu em direção à Fazenda. Ao se aproximar, já era tardinha e as sombras das árvores formavam figuras estranhas. Ao chegar mais perto, divisou a Fazenda, que tinha sete janelas fachadas e corroídas pelo tempo. Os esteios de braúna, embranquecidos, a porteira da entrada aberta até o batente.
Ao entrar pela porteira, olhando para cima, viu que o alpendre tinha os seus balaústres de madeira, com muitas falhas. Uma velha sentada numa cadeira de balanço, com os cabelos desalinhados, com o olhar distante sem se importar com sua presença.
Seu cavalo Rosilho começou a passarinhar, como se tivesse alguma coisa à sua frente. Um frio percorreu seu corpo, o cavalo começou a lhe tomar as rédeas. Esporeou o animal e voltou rapidamente em direção à porteira, saindo dali em disparada. E quanto mais corria em direção à divisa de suas terras, ouvia o tropel do outro cavalo que lhe seguia na mesma velocidade.
Ao se aproximar da divisa, onde o terreno era mais aberto, o chão coberto de areia branca e barrenta, continuou a ouvir o tropel do cavalo que lhe seguia. Transpôs a divisa, olhou para traz e nada, viu somente na areia as marcas das patas do seu cavalo.
O ALGOZ (JOHAN CRUIJFF) – POR YUSSEF SEFINHO
sexta-feira, 23 de março de 2018
HEI DE TORCER!!! – POR MARCOS SABINO
América de 1974 Em pé: Orlando, Geraldo, Rogério, Alex, Ivo e Álvaro; agachados: Flecha, Bráulio, Luizinho, Edu e Gilson Nunes. |
O time que resolvi torcer desde menino caiu pela terceira vez pra segunda divisão do Campeonato carioca, estou falando do América Futebol Clube.
Resolvi torcer pelo América ainda muito pequeno sem nenhuma explicação, simplesmente resolvi, mesmo sendo meu pai torcedor e até conselheiro do Vasco da Gama, clube que por muitas vezes junto ao meu velho vi jogar na tribuna de honra de São Januário e mesmo tendo esse exemplo de amor ao Vasco da Gama e influência que meu velho exercia sobre mim, escolhi o América.
Meu pai como um homem muito liberal nunca me dirigiu
nenhum tipo de repudio por essa decisão, talvez por ser naquele tempo o América
o segundo clube de todo carioca, mas para mim ele sempre foi o primeiro!
Vi ao lado de amigos de infância o América ser campeão
da Taça Guanabara de 1974, por ironia do destino me tornei amigo de Carlos e
Luiz os gêmeos que eram mascotes do America (no Youtube existe muitos vídeos da
década de 70 com eles entrando a frente do time) eles moravam em Icaraí e
tínhamos um time chamado América Junior Futebol de Praia, que era patrocinado
pelo pai deles, seu Afonso, americano dos bons. Eles tinham outro irmão, o
Afonso, que era vascaíno e são os donos de um bar no Ingá, na Rua Nilo Peçanha,
que tem um pastel delicioso e é claro uma foto dos tempos áureos do América.
Quantos domingos sofremos vendo nosso América jogar
contra os grandes de hoje, pois, naquela época o América era igualmente grande
e com o peso de sua tradição jorrando pela sua camisa rubra. Quantos Ídolos!
Edu, Antunes, Flecha, Ivo, Bráulio, Luisinho, Alex, Orlando, era um timaço! E
nessa época quando o América perdia sua torcida fiel e apaixonada saía cheia de
orgulho, gritando Sangueeeeeeee pelas rampas do Maracanã. Nós os
torcedores fanáticos do América aprendemos que a derrota ou a vitoria não
importava, e sim o amor ao América do Rio de Janeiro, da Tijuca, da Rua Campos
Salles do Andaraí, esse era o América, ERA do verbo foi um dia!
Uma vez encontrei com o Tim Maia nos bastidores do
Chacrinha e perguntei pra ele... Tim vc é América mesmo? Ele me disse sou sim,
mas às vezes ser América é foda!! E o Tim estava certo, é foda!!!
O América caiu pela terceira vez pra serie B do
Campeonato Carioca depois de uma volta a 1ª divisão sendo o segundo colocado
com uma campanha ridícula e um time de 10000 categoria. Já vi ser expulso sem
explicações da elite do futebol brasileiro, mesmo depois de ser o terceiro
colocado do campeonato brasileiro de 1986, mas isso acontecia com o América e
nunca foi explicado o porquê dessa agressão com um clube tão tradicional e
importante do nosso futebol.
Em todas as caídas do América eu pensei... bom, vai
ser campeão e nunca mais vai voltar pra série B. Fui até com meu filho, o
Felipe, que resolveu seguir meus passos e torcer pro América ver o time
disputar a decisão do campeonato da serie B quando Romário, fingindo ser
América jogou uns 10 minutos no segundo tempo pra homenagear o seu pai, e vimos
ali o América ganhar do Cabofriense e voltar pra elite do carioca. No ano
seguinte o América caiu outra vez ficando em último lugar e agora outra vez, e
isso me fez pensar uma coisa... Meu coração vai bater mais forte ao ouvir esse
nome, mas não da pra ficar assim, afinal sou avô agora e quero contar essa
história pra minha netinha e pros que virão com um final feliz, e resolvi a
partir de hoje despejar minhas energias ao Canto do Rio Futebol Clube, clube
que foi importantíssimo em décadas passadas e que agora acende uma chama de
nova vida tentando se reerguer e isso vai ser mais bonito e divertido do que
ficar vendo esses dirigentes sem nenhum amor pelo América a acabar de vez com
esse patrimônio do Rio de Janeiro.
Digo dirigentes sim! Muitos clubes menores que o
América estão ai, o Madureira, o Boavista, o Macaé, Resende, Goytacaz e tantos
outros e o América só faz inundar os olhos de seus torcedores apaixonados com
lágrimas de desesperança por tempos melhores. Tenho certeza que esse é o
sentimento de muitos torcedores que como eu, despejaram por toda uma vida um
amor sem limites e sem interesses por esse clube de futebol.
Meu querido América, assino hoje com vc uma separação que é dolorosa mais
necessária, já tirei todas suas fotos e escudos do alcance de meus olhos, não
estou trocando de clube e sim querendo ter alegrias e boas vibrações, as vitórias
são consequências disso, se não vierem tudo bem, mas que haja amor e respeito
por torcedores.
Sendo assim, decidi por uma causa justa torcer e
acompanhar o clube que representa minha cidade que tanto amo, Niterói, e por um
Clube que também faz parte de minha história, meu avo era o dono do Bar Dalila
que ficava na esquina da Rua João Pessoa com Paulo Cesar, no Largo do Marrão, e
ali era o point dos amantes do futebol da cidade nos bons tempos do Estádio
Caio Martins, e muitos craques do Canto do Rio da época iam tomar uma boa
cerveja preta com os bolinhos de bacalhau da minha saudosa avó Ignez, depois
dos jogos no Dalila que tinha até um time com o mesmo nome. Dessa forma sou
Canto do Rio desde criancinha e América na memória afetiva, assim fica mais tranquilo.
sábado, 17 de março de 2018
FAÇA-SE O JOGO - POR JOSÉ ERASMO TOSTES
quarta-feira, 14 de março de 2018
BLOG ALMANAQUE (1945/1952) - VASCO DA GAMA: O EXPRESSO DA VITÓRIA
Era uma vez um time que deixou os rivais a léguas de distância e ficou conhecido como o “Expresso da Vitória”. De 1945 a 1952, o Vasco viveu uma época de vitórias memoráveis e de equipes que não saem da cabeça dos antigos torcedores. Dois oito campeonatos cariocas disputados no período, o clube conquistou os de 1945, 1947, 1949, 1950 e 1952. E ainda arrebatou – invicto – o título do Campeonato Sul-Americano, em 1948, no Chile.
terça-feira, 13 de março de 2018
RECORDAÇÕES DA RÁDIO GLOBO DO RIO
Paulo Giovanni |
Valdir Vieira |
segunda-feira, 12 de março de 2018
CARLITO - POR JOSÉ ERASMO TOSTES
Estação |