quinta-feira, 13 de junho de 2019

SANTO ANTÔNIO: UM GRANDE PADROEIRO!


Cidades brasileiras que homenageiam Santo Antônio como seu padroeiro:

·         Santo Antonio de Posse (SP) - Dia do padroeiro, Santo Antonio e aniversário da cidade (13 de junho de 1850).
·         Adamantina (SP) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Mata (RS) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Abaeté (MG) - Festa de Santo Antônio de Tabocas
·         Americana (SP) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Apiaí (SP) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Araçuaí (MG) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Bento Gonçalves (RS) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Bicas (MG) - Dia de Santo Antônio
·         Bonfim (MG) - Dia de Santo Antônio
·         Borba (AM).- Dia de Santo Antônio de Borba.
·         Cacimba de Dentro (PB)- Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Cambé (PR) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Campanha (MG) - Consagrado a Santo Antônio
·         Campo Grande (MS) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Curvelo (MG) - Dia de Santo Antônio
·         Diamantina (MG) - Dia de Santo Antônio
·         Dois Vizinhos (PR) - Dia de Santo Antônio
·         Duque de Caxias (RJ) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Frederico Westphalen (RS) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Garanhuns (PE) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Governador Valadares (MG) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Grão-Mogol (MG) - Dia de Santo Antônio
·         Guaratinguetá (S) - Dia do padroeiro, Santo Antônio, 383 anos
·         Igarapé (MG) - Dia do Padroeiro, Santo Antônio
·         Ipanema (MG) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Itapagipe (MG) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Jacinto (MG) - Dia de Santo Antônio
·         Jacutinga (MG) - Dia de Santo Antônio
·         Juiz de Fora (MG) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Laguna (SC) - Dia de Santo Antônio - Padroeiro do Município
·         Lins (SP) - Dia de Santo Antônio - Padroeiro da Cidade
·         Mateus Leme (MG) - Dia de Santo Antônio
·         Mesquita (MG) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Miguel Pereira (RJ) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         MIRACEMA (RJ) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Miraí (MG) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Nova Iguaçu (RJ) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Osasco (SP) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Ouro Branco (MG) - Padroeiro do Município Santo Antônio
·         Paracatu (MG) - Dia de Santo Antônio
·         Patos de Minas (MG) - Dia de Santo Antônio
·         Peçanha (MG) - Dia de Santo Antônio de Peçanha
·         Pindorama (SP) - Dia de Santo Antônio, padroeiro do município
·         Piracicaba (SP) - Dia de Santo Antônio, padroeiro do município
·         Porciúncula (RJ) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Prados (MG) - Dia do Padroeiro
·         Salinas (MG) - Dia do Padroeiro
·         Santa Bárbara (MG) - Dia de Santo Antônio
·         Santa Maria Madalena (MJ) - Dia de Santo Antônio
·         Santo Antônio do Monte (MG) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Santo Antônio do Retiro (MG) - Dia do padroeiro, Santo Antônio
·         Santo Antônio de Pádua (RJ) - Dia de Santo Antônio, padroeiro da cidade
·         Santo Antônio da Alegria (SP) - Dia do padroeiro da cidade e Aniversário da Cidade
·         São Romão (MG) - Dia de Santo Antônio
·         Sapucaia (RJ) - Padroeiro da Cidade
·         Saquarema (RJ) - Dia de Santo Antônio
·         Sete Lagoas (MG) - Padroeiro da Cidade
·         Sinop (MG) - Padroeiro da Cidade
·         Teixeieras (MG) - Dia do Padroeiro da Cidade
·         Teresópolis (RJ) - Dia de Santo Antônio
·         Tibaú do Sul RN) - Dia de Santo Antônio de Lisboa, padroeiro da Cidade
·         Tiros (MG) - Dia do Padroeiro
·         Visconde do Rio Branco (MG) - Dia de Santo Antônio
·         Maracanaú (CE) - Dia de Santo Antônio do Pitaguary.


terça-feira, 11 de junho de 2019

OBRIGADO, MICAELA! - POR JOSÉ GERALDO ANTÔNIO



OBRIGADO, MICAELA!

Junho de 1948, Marselhesa, Miracema.

Dia ainda nascendo, manhã fria e escura. Pulávamos da cama com a sensação do calor das cobertas, passávamos rapidamente no tanque para molhar os rostos, depois apanhávamos as canecas na cozinha e corríamos para o curral. Nele, já estava o JACINTO, negro forte e pronto para o trabalho da ordenha, início de uma jornada cotidiana árdua e penosa, que só terminava depois do pôr do sol. JACINTO era o retireiro, o carreiro (condutor do carro de boi), o lavrador no plantio do arroz (cultura principal da Fazenda da minha avó Lafite), além de ser uma espécie de líder dos colonos que ali viviam.

Após afastar o bezerro que mamava nas tetas da mãe e amarrá-lo nos pés da vaca, JACINTO iniciava a ordenha, prendendo o balde entre suas pernas musculosas, que mais pareciam dois troncos de uma frondosa árvore, vestidas com uma calça que as cobria até as canelas. Cheio o balde, JACINTO estendia seus grossos braços para alcançar os canecos que os lançavam suspensos em nossas mãos, prontos a receber o líquido branco, ansiosamente desejado pelos apetites insaciáveis daqueles garotos despreocupados com qualquer consequência alimentar.

Bebíamos sofregamente aquele alimento in natura, tal qual fazia o bezerro não desmamado.

Marselhesa é uma pequena propriedade rural. Faz divisa com o Moura e fica a quatro quilômetros do Hospital de Miracema, na Rua do Café.

Junho de 2008. Madrid, Espanha.

Brasil x Cuba. Disputa da última vaga do basquete feminino para a Olimpíada de Pequim. Minuto final do quarto tempo. Jogo empatado. Micaela com a bola e num jamp converte e marca dois pontos para o Brasil, que passa à frente do placar. Falta contra Cuba. Dois lances livres convertidos por Micaela. Brasil vence e está classificado para os Jogos Olímpicos de Pequim. Micaela é a cestinha do jogo.

Ao ver Micaela na quadra, com seus passos largos e velozes, tem-se a impressão de estar ela impulsionada por um vento soprado lá da África, como se fosse uma gazela galopando pelas savanas buscando alcançar o seu objetivo.

Entrelaço as épocas tão distantes e vejo naquela determinação da jogadora a obstinação do sentimento libertário do escravo que ultrapassa todos os obstáculos que se lhe antepõem. Lembro-me, então, no negro JACINTO, bisavô de MICAELA, com suas pernas frondosas e braços fortes, dobrando o barro no plantio de arroz. Recordo-me do Antônio e da Olga, avós de MICAELA, formando o belo casal que desfrutou o amor sereno da roça e gerou os filhos José Geraldo, Francisca e Antônio Carlos, o Carlinhos, pai de MICAELA.

Com certeza, JACINTO, ANTÔNIO E OLGA estão, lá no céu, alegres, sorrindo com as cestas de MICAELA, assim como ficavam alegres nas colheitas bem-sucedidas do arroz e do feijão plantavam e lhes permitiam sustentar suas famílias.

As cestas de Micaela também alegram o Brasil e enchem de orgulho os miracemenses.

A cada fundamento e a cada cesta de Micaela, assistindo-a pela televisão, vibrava e me sentia cúmplice das jogadas com o grito saído do fundo da alma.

OBRIGADO, MICAELA!

Rio de Janeiro, 16 de junho de 2008.
José Geraldo Antônio

Nota: transcrito do jornal Liberdade de Expressão, edição nº 104, de julho/2008.







MICAELA: A MIRACEMENSE QUE FOI DESTAQUE NO BASQUETE



Micaela Martins Jacintho nasceu em Miracema (RJ), em 12 de junho de 1979, e com 14 anos de idade o basquete entrou em sua vida para não mais sair. Com o professor Carlinhos Bessa - no colégio Ferreira da Luz - foi o início de tudo. No entanto, do Bola Laranja, equipe montada por dois amigos apaixonados pelo basquete, Milton Santana e Ronaldo Valim, que posteriormente encaminharam a atleta para o interior paulista, que é o berço do basquete feminino. Apesar de toda a dificuldade em deixar uma cidade pequena – ainda jovem – foi para Campinas (SP), agarrou a oportunidade e deu início a uma carreira vitoriosa na profissão que escolheu. Atuou em três países da Europa: Itália, Polônia e Letônia.   

O auge de sua carreira foi participar dos Jogos Olímpicos de Pequim, na China, em 2008, depois da frustração de ter ficado de fora das Olimpíadas de Atenas, na Grécia, em 2004. Uma grave lesão – rompimento do tendão de Aquiles do pé direito –, às vésperas da competição, disputando o campeonato italiano, impediu a ala de realizar o seu sonho. Ela operou e não se recuperou a tempo de fazer parte do grupo, que ficou para quatro anos depois.

Micaela defendeu a seleção adulta por dez anos, de 2001 a 2011. Além de ter disputado Mundial, Pan-Americano, Sul-Americano e Copa América pelo Brasil, Micaela tem uma longa história pela Seleção que começou em 1996, aos 17 anos, ainda na categoria juvenil. Ela foi destaque na conquista da Copa América do México.

Pela seleção adulta, Micaela faturou cinco títulos Sul-Americanos, sendo que na edição de 2005, na Colômbia, teve média de 14 pontos por jogo e foi um dos destaques.

Kae, como é chamada carinhosamente pelas companheiras, fez a sua carreira nos seguintes times:
1992 – Pegasus / Bola Laranja, vice-campeã carioca;
1993/94 – Ponte Preta, de Campinas;
1995 – Goodyear, de Campinas;
1996/98 – Microcamp, de Campinas, campeã paulista adulto de 1996;
1998/99 – BCN Osasco, campeã paulista de 1998;
1999/00 – Guarulhos, campeã da série A-2 (primeira convocação para a Seleção Brasileira adulta);
2000/02 – Vasco, campeã brasileira de 2000, campeã carioca de 2001 e campeã sul-americana de clubes em 2002;
2002/03 – Campo Grande (MS);
2003/04 – Unimed Americana, campeã paulista, campeã dos jogos abertos do interior paulista e campeã brasileira, todos em 2003. Foi eleita a melhor jogadora e cestinha do brasileiro de 2003;
2004 – Reggio Emília, da Itália;
2004/05 – Pool Comense Como, da Itália;
2005/06 – Unimed Ourinhos, campeã brasileira de 2006 e pela 2ª vez eleita a melhor jogadora;
2006/07 – Polfa Pabianice, da Polônia;
2007/08 – TTT Riga, da Letônia, campeã nacional;
2008 – Unimed Ourinhos, campeã brasileira e pela 3ª vez eleita a melhor jogadora;
2009 – Unimed Americana;
2010 – Catanduva;
2010/13 – Santo André, campeã brasileira de 2010 e campeã paulista de 2011;
2013/14 – Maranhão Basquete;
2014/15 – Basquete Vizi Brasília (DF).

Seu retrospecto pela Seleção:
Campeonato Sul-Americano –  campeã de 2001 a 2011;
Copa América – campeã em 2001, vice-campeã em 2005 e campeã em 2009;
Jogos Pan-Americanos – 3º lugar em 2003 e vice-campeã em 2007;
Mundial – 4º lugar em 2006.




sábado, 1 de junho de 2019

EPIDEMIA: UM TEMA MAIS DO QUE ATUAL


A epidemia de dengue que nos atinge trouxe à tona o Brasil medieval, contrapondo do país moderno que queria delinear-se no horizonte com a industrialização. Enquanto avançava no campo da tecnologia, o país regredia no terreno social, notadamente na área da saúde pública. O mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, foi o mesmo que no início do século XX aterrorizou o Rio com a febre amarela, erradicada por Oswaldo Cruz.

Voltou à carga em 1986, ano em que a febre purpúrica atingia o interior do Estado de São Paulo, um surto de poliomielite atacava no Nordeste e uma epidemia de difteria se espalhava pelos bairros pobres de Florianópolis – isso sem falar na presença endêmica da malária na região Norte.  

Para completar o quadro epidêmico, só faltou a cólera, que viria depois, nos anos 90. O Brasil africano estava mais vivo do que nunca e era terreno fértil para a propagação de doenças já extintas. 

Tantos anos depois continuamos na luta contra a dengue, chikungunya e a febre amarela, que já vitimou muitas pessoas e obriga vários estados a uma força tarefa para vacinação em massa contra essas epidemias. E para completar ainda tem a gripe H1N1, uma doença provocada pelo vírus do mesmo nome, cujos sintomas são semelhantes aos da gripe comum.