quinta-feira, 10 de abril de 2025

LELÉ: O CRAQUE QUE VIROU MARCHINHA DE CARNAVAL

 


Manoel Pessanha nasceu em Campos dos Goytacazes-RJ, em 23 de março de 1918. Lelé foi um atacante com características de jogador de meio-campo, capaz de atuar tanto na meia-direita quanto na meia-esquerda. Revelado pelo Madureira, juntamente com Isaías e Jair Rosa Pinto formou um trio de ataque apelidado de “Os Três Patetas”. A pedido do técnico Ondino Vieira, que começava a reformular o elenco do Vasco em 1943, os três foram juntos para o time cruzmaltino.


Apesar de lento, tinha um verdadeiro petardo com a perna direita, que aterrorizava os goleiros adversários. Logo virou ídolo do Vasco, nos tempos iniciais do Expresso da Vitória, tendo sido artilheiro do campeonato carioca de 1945, do qual o Vasco foi campeão invicto. Conquistou também o carioca de 1947 e o sul-americano de clubes em 1948, ambos de forma invicta. Recebeu o apelido de “Canhão da Colina”. Marcou 157 gols em 212 jogos, sendo um dos principais artilheiros da história do Vasco.


Outros clubes que defendeu foi Ponte Preta e São Paulo. No Tricolor paulista fez 18 gols em 33 jogos, contribuindo na campanha do bicampeonato paulista de 1948/49. Fez um jogo pelo Flamengo, em 1940. Sua passagem pela Seleção foi curta, de apenas 4 jogos e 1 gol marcado, todos oficiais.


Faleceu aos 85 anos, em Campinas, interior paulista, no dia 16 de agosto de 2003. A causa de sua morte é desconhecida.


Com o sucesso que obteve  no Vasco, virou marchinha de carnaval na voz da cantora Linda Batista, em 1946, com o título “No Boteco do José”, de autoria de Wilson Batista e Wilson Garcez.


Vamos lá!

Que hoje é de graça

No boteco do José

Entra homem, entra menino

Entra velho, entra mulher

É só dizer que é vascaíno

E amigo do Lelé

 

LUIZ CARLOS PASTEL: NEM PELÉ FEZ UM GOL COMO ELE

 


Luiz Carlos de Almeida, mais conhecido como Pastel, ainda garoto vendia pastéis em sua cidade natal, Duque de Caxias-RJ, por isso o apelido. A vida no futebol começou no juvenil do Vasco. Quando estourou a idade, não teve a oportunidade que esperava no time principal, e o ex-jogador e técnico Mirim o levou para o Nacional de Muriaé (MG), de onde saiu para o Americano, de Campos, e para o Vitória (ES). No time capixaba, por uma bobeira dos dirigentes, tornou-se dono do passe e assim foi parar no Vila Nova, onde se destacou como artilheiro.


Vestindo a camisa da equipe de Nova Lima, Pastel marcou história em uma partida contra o Nacional de Uberaba, em 1979, quando fez um gol chutando do meio campo. O feito lhe rendeu uma reportagem na revista Placar com o título: “Nem Pelé fez um gol como ele”.




O polivalente Pastel, que jogava na lateral-esquerda e também como centroavante, ainda teve uma passagem pelo futebol da Grécia, Aparecida E. C. de Aparecida do Norte-SP, e posteriormente retornou para o Nacional de Muriaé. Após várias lesões prejudicarem seu rendimento em campo, Pastel encerrou a carreira cedo. Fixou residência em Muriaé e trabalhou por muitos anos no próprio clube, como auxiliar e técnico. Era muito querido e respeitado pelos torcedores do NAC.


Após uma batalha contra o câncer, morreu em 08 de março de 2016, aos 62 anos, no Hospital do Câncer de Muriaé. A sua morte causou grande consternação na cidade mineira, principalmente de quem teve o privilégio de trabalhar com ele ao longo dos anos. Um ser humano totalmente do bem e um grande profissional, conforme relato que recebi de um ex-jogador que foi seu atleta. 

 

quarta-feira, 2 de abril de 2025

EDMUNDO: O “ANIMAL”

 


Edmundo Alves de Souza Neto nasceu em Niterói-RJ, em 02 de abril de 1971. Edmundo foi o grande nome do Vasco nos anos 90 – 244 jogos e 137 gols – e um dos principais jogadores do futebol brasileiro nessa mesma década. Ao todo foram cinco passagens pelo Vasco, sendo a última em 2008, quando encerrou sua carreira. Foi campeão carioca em 1992 e brasileiro em 1997, sendo o protagonista do título nacional. A temporada de 1997 é considerada por muitos especialistas o seu melhor momento no futebol.

 

Teve uma passagem de destaque no Palmeiras – 180 jogos e 106 gols (bicampeão brasileiro e paulista em 1993/94, e campeão do Torneio Rio-São Paulo em 1993), de onde veio o apelido "Animal", que foi dado pelo inesquecível narrador Osmar Santos. Vestindo as camisas de Flamengo – 23 jogos e 9 gols, e Corinthians – 33 jogos e 23 gols, clubes de maiores torcidas do país, ele não correspondeu dentro de campo o que se esperava. Coisas do futebol...

 

Edmundo iniciou a carreira nas categorias de base do Botafogo. Após ser dispensado por ato de indisciplina, ele foi para os juniores do Vasco. Outros times em que atuou: Fiorentina e Napoli (ambos da Itália), Santos, Cruzeiro, Tokyo Verdy/Japão, Urawa Red Diamonds (campeão da Liga Japonesa em 2003), Fluminense – 25 jogos e 9 gols, Nova Iguaçu – 2 jogos e 1 gol, e Figueirense.

 

Disputou a Copa do Mundo de 1998 e vestiu a camisa do Brasil em 39 jogos, marcando 10 gols, sendo 37 oficiais. Foi campeão da Copa América de 1997.

 

Edmundo ficou conhecido tanto pelo seu talento quanto pelas confusões que arrumou ao longo de sua carreira. Era extremamente habilidoso e na mesma medida, temperamental. Conseguia unir força física e velocidade, somando-se a isso o faro de gol que fez dele artilheiro. Sua passagem pelo futebol europeu – precisamente na Itália – foi muito abaixo do esperado. Deixou de escrever seu nome no futebol da Velha Bota.

 

É um torcedor declarado do Vasco, clube com o qual é mais identificado e idolatrado pela torcida. Conquistou títulos de expressão no Palmeiras e também é considerado um dos grandes nomes da história do clube.