Manoel Pessanha nasceu em Campos dos Goytacazes-RJ, em
23 de março de 1918. Lelé foi um atacante com características de jogador de
meio-campo, capaz de atuar tanto na meia-direita quanto na meia-esquerda.
Revelado pelo Madureira, juntamente com Isaías e Jair Rosa Pinto formou um trio
de ataque apelidado de “Os Três Patetas”. A pedido do técnico Ondino Vieira,
que começava a reformular o elenco do Vasco em 1943, os três foram juntos para
o time cruzmaltino.
Apesar de lento, tinha um verdadeiro petardo com a
perna direita, que aterrorizava os goleiros adversários. Logo virou ídolo do
Vasco, nos tempos iniciais do Expresso da Vitória, tendo sido artilheiro do
campeonato carioca de 1945, do qual o Vasco foi campeão invicto. Conquistou
também o carioca de 1947 e o sul-americano de clubes em 1948, ambos de forma
invicta. Recebeu o apelido de “Canhão da Colina”. Marcou 157 gols em 212 jogos,
sendo um dos principais artilheiros da história do Vasco.
Outros clubes que defendeu foi Ponte Preta e São
Paulo. No Tricolor paulista fez 18 gols em 33 jogos, contribuindo na campanha
do bicampeonato paulista de 1948/49. Fez um jogo pelo Flamengo, em 1940. Sua
passagem pela Seleção foi curta, de apenas 4 jogos e 1 gol marcado, todos
oficiais.
Faleceu aos 85 anos, em Campinas, interior paulista,
no dia 16 de agosto de 2003. A causa de sua morte é desconhecida.
Com o sucesso que obteve no Vasco, virou marchinha de carnaval na voz da cantora Linda Batista, em 1946, com o título “No Boteco do José”, de autoria de Wilson Batista e Wilson Garcez.
Vamos lá!
Que hoje é de graça
No boteco do José
Entra homem, entra menino
Entra velho, entra mulher
É só dizer que é vascaíno
E amigo do Lelé