Gérson no Flamengo
Gérson ingressou nos juvenis do Flamengo em 1958, convidado pelo então coordenador das divisões de base do clube, o ex-jogador Modesto Bria. Participou da conquista do tricampeonato carioca da categoria, e em 1960 já integrava o time principal rubro-negro. Na Gávea, ganhou o Torneio Rio-São Paulo de 1961, formando em ataque também composto por Joel, Henrique, Dida e Babá. Jogou em 10 das 12 partidas, marcando seis dos 22 gols da equipe na competição. E levantou o título carioca de 1963, embora tenha participado de apenas três dos 24 jogos do time no campeonato.
Trocou o Flamengo pelo
Botafogo em setembro de 1963, em transação forçada por um desentendimento
com o técnico Flávio Costa, iniciado na decisão do Carioca de 1962, contra o
próprio alvinegro. Flávio o escalou na ponta-esquerda, para, teoricamente, marcar
Garrincha. Mesmo entendendo que o treinador não deveria destinar-lhe tal
função, que fugia às suas características, Gérson participou da partida. O
Flamengo perdeu de 3 a 0, Garrincha deu um show de bola, e o meia seguiu
questionando a missão.
No jogo contra o
Botafogo, em 21 de julho de 1963, Flávio ameaçou lançá-lo novamente como falso
ponta. Gérson recusou-se, foi sacado da equipe, mas ainda participou do empate de
0 a 0 com o Vasco, em 24 de agosto. As relações entre jogador e clube, no
entanto, já não eram cordiais. Acabou tendo o passe posto à venda pelo então
presidente Fadel Fadel, tomando, em seguida, o rumo de General Severiano. Pelo
Flamengo disputou 152 jogos e marcou 86 gols.
Gérson no Botafogo
Gérson treinou pela
primeira vez com a camisa do Botafogo em 18 de setembro de 1963. General
Severiano viveu um dia de festa. Afinal, todas as vezes que o alvinegro tirava
um craque do Flamengo, conquistava o título. Foi assim com Sílvio Pirilo, em
1948, com Servílio, em 1957 e com Jadir, em 1962. Gérson chegou para ocupar de
Fifi, que não passara de promessa, mas só pôde atuar efetivamente pelo Botafogo
no ano seguinte, pois a transferência ocorrera com o Campeonato Carioca em
pleno andamento.
Gérson conquistou o
Torneio Rio-São Paulo de 1964 – dividido com o Santos – teve que amargar a
comemoração dos rubro-negros pelo título carioca de 1965, mas não tardou a
obter novas glórias com a camisa preta e branca. Foi sob seu comando que o
Botafogo ganhou duas vezes a Taça Guanabara, à época um torneio separado, e o
bi carioca, todos em 1967 e 1968. O técnico Zagalo, quase um estreante, formou
um supertime, no qual Gérson era encarregado de lançar bolas para o infalível
ataque composto por Rogério, Roberto Miranda, Jairzinho e Paulo César.
Gérson marcou 15 gols
nos campeonatos cariocas de 1967 e 1968, e ainda participou da conquista do
Taça Brasil – a Copa do Brasil da época –, neste último ano. Em setembro de
1969, recebeu excelente proposta do São Paulo, que buscava um jogador capaz de
ajudar o clube a dar um fim a 13 anos de jejum de títulos, e transferiu-se para
o Morumbi. Pelo Botafogo disputou 248 jogos e marcou 96 gols.
Um senhor craque!
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