Zezé e Aymoré defendendo o América, em 1933 |
Aírton no Cruzeiro, em 1966 |
Miracema tem diversas personalidades que são merecedoras de todas as nossas homenagens. Tenho orgulho de resgatar no meu blog alguns nomes e mostrar um pouco de suas trajetórias nos caminhos que escolheram para trilhar e fazer sucesso, não somente no segmento esportivo, mas em qualquer área.
Falando especificamente sobre os irmãos Moreira,
Miracema contribuiu com dois técnicos que já
dirigiram a Seleção Brasileira. Como miracemense e colecionador de um vasto
material sobre a história deles, tenho muito orgulho dos irmãos AYMORÉ, ZEZÉ E
AIRTON MOREIRA. Eles fizeram a nossa cidade conhecida no cenário futebolístico,
não só em nível nacional, mas também, internacionalmente.
Portanto, poucas cidades ou até mesmo nenhuma, no interior
do nosso imenso Brasil, tiveram a honra de possuir três grandes treinadores,
dois deles dirigindo a Seleção Brasileira em Copas do Mundo e, acima de tudo,
sendo irmãos, como a nossa. Já ouvi comentários que eles haviam esquecidos de
Miracema, pois ficaram muitos anos sem visitar a terra natal, e por essa razão,
não são merecedores de receber uma homenagem mais representativa. Sem querer defendê-los, a profissão que
exerciam impedia de ter residência fixa.
Uma coisa eu posso afirmar: eles nunca negaram nas
entrevistas e depoimentos ao longo da carreira, a cidade onde nasceram e,
principalmente, as suas histórias passadas na infância da pequena Miracema,
antes de partirem para o Rio de Janeiro em busca de seus objetivos.
Zezé Moreira comandou a Seleção no primeiro título
conquistado no exterior, o Campeonato Pan-Americano realizado no Chile, em
1952. Dirigiu também a Seleção na Copa do Mundo de 1954, na Suíça. Aymoré
Moreira foi o técnico na brilhante conquista da Copa do Mundo de 1962, por
coincidência, também realizada no Chile. Os dois se destacaram dirigindo os
principais times brasileiros e alguns do exterior. Aírton Moreira, apesar de
não ter sido técnico da Seleção, marcou época no futebol mineiro sendo o
comandante da excelente equipe do Cruzeiro formada na década de 60, que
desbancou o Santos na final da Taça Brasil, em 1966, com duas vitórias nos
jogos finais. Equipe essa que revelou Tostão, Dirceu Lopes, entre outros
craques.
Zezé
morreu em 10 de abril e Aymoré, três meses depois, em 26 de julho. Aírton morreu
mais novo, aos 56 anos, em 22 de novembro de 1975. Terminou assim, a última
dinastia familiar do futebol brasileiro, que durante muitos anos fez parte da
história do esporte nesse país. Zezé, Aymoré e Aírton conseguiram um fato raro
mundialmente falando, quando três irmãos, à mesma época, destacaram-se
desempenhando a mesma função: técnico de futebol.
Deixo aqui uma mensagem ao Executivo e Legislativo para que se faça uma
homenagem concreta a esses cidadãos que tanto fizeram pelo futebol brasileiro.
Algumas que já receberam em vida, ainda são pequenas, e os mais jovens precisam
conhecer a linda trajetória desses ícones. O tempo não pode apagar o que eles
construíram em uma vida dedicada ao esporte. Coloco-me à disposição para o que for necessário na elaboração de algum plano de ação.
Sem querer fazer nenhum tipo de
comparação, apenas no sentido ilustrativo, a cidade vizinha de Recreio (MG)
homenageou seu filho ilustre e ex-jogador do Fluminense, o atacante
Zezé, com um busto em praça pública, em maio de 2014. São reconhecimentos do
tipo que mantêm viva a história de um cidadão e também da própria cidade.
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