Era uma vez um time que deixou os rivais a léguas de distância e ficou conhecido como o “Expresso da Vitória”. De 1945 a 1952, o Vasco viveu uma época de vitórias memoráveis e de equipes que não saem da cabeça dos antigos torcedores. Dois oito campeonatos cariocas disputados no período, o clube conquistou os de 1945, 1947, 1949, 1950 e 1952. E ainda arrebatou – invicto – o título do Campeonato Sul-Americano, em 1948, no Chile.
Os títulos do Vasco em 1945, 1947 e 1949
também foram conquistados sem uma derrota sequer. Foram 48 vitórias e 10
empates nas três conquistas invictas. Em 1945, o clube impediu o
tetracampeonato do Flamengo; em 1947, mesmo sem o artilheiro Ademir,
transferido para o Fluminense no ano anterior, conquistou o título com sete
pontos de vantagem sobre o Botafogo; em 1949, com Ademir de volta, terminou
sete pontos à frente do Fluminense, com o incrível saldo de 60 gols. O Flamengo passou de abril de 1945 a maio
de 1951 sem conseguir uma vitória sobre o rival. Nesse período foram realizados
20 jogos. O Vasco obteve 15 vitórias com uma sequência de oito seguidas, entre
os anos de 1947 e 1949. Marcou 55 gols e sofreu 28.
Se em casa o Vasco reinava absoluto,
fora dela não era diferente. Em 1948, o Expresso da Vitória conquistou o
Torneio dos Campeões Sul-Americanos. Participaram da competição além do Vasco e
do River Plate, os seguintes times: El Litoral, da Bolívia (Vasco 2 x 1);
Nacional, do Uruguai (Vasco 4 a 1); Municipal, do Peru (Vasco 4 a 0), Emelec,
do Equador (Vasco 1 a 0); Coco Colo, do Chile (empate de 1 a 1).
Na final contra o River Plate, de Di
Stefano e conhecido como “La Máquina”, em 14 de março de 1948, o goleiro Barbosa
foi o herói, defendendo um pênalti cobrado por Labruna ainda no primeiro tempo.
O Vasco jogava pelo empate no tempo
normal e na prorrogação. Com o 0 a 0 no placar, o time brasileiro garantiu a
conquista do primeiro título internacional de clubes para o futebol brasileiro, e invicto. E que time! Barbosa; Augusto e Wilson;
Eli do Amparo, Danilo Alvim e Jorge; Djalma, Maneca, Friaça, Ademir de Menezes
e Chico.
Sr. Tadeu Miracema, não ví esse timaço, somente nas lembranças de meu pai, que as relatava com empolgação, fazendo de mim e meu irmão, dois fervorosos vascaínos. Valeu muito. Obrigado.
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