quinta-feira, 25 de março de 2021

BALTAZAR: O CABECINHA DE OURO

 


Osvaldo da Silva, mais conhecido como BALTAZAR, nasceu na cidade de Santos-SP, em 14 de janeiro de 1926. Atacante de ótima impulsão, excelente colocação, precisão e força nas finalizações de cabeça, que fizeram dele um dos maiores cabeceadores do futebol brasileiro de todos os tempos. Daí ficou conhecido pela torcida como “Cabecinha de Ouro”. No início da década de 50, não havia lista de artilheiros que não começasse com o nome de Baltazar. Bola alçada na área era sinônimo de gol nos anos em que vestiu a camisa do Corinthians. 


O apelido "Baltazar" surgiu por sua semelhança com o irmão mais velho que jogava na várzea e se chamava Baltazar. 

 

Escreveu seu nome na história do Corinthians e faz parte do seleto grupo dos grandes atacantes do nosso futebol. É o segundo maior artilheiro do Corinthians, com 269 gols marcados (sendo 150 de cabeça) em 404 jogos. Assim ele descreveu a sua principal qualidade: “Nunca fui muito bom com os pés, mas, pelo alto, nem Pelé foi tão eficiente."

 

Atuou no Jabaquara (SP), Corinthians (campeão do Rio-São Paulo em 1950/53 e 54, e do paulista em 1951/52 e 54), Juventus (SP) e União Paulista (SP). Baltazar é mais um ídolo corintiano que tem um busto em sua homenagem no Parque São Jorge. Ele fez parte da última geração vencedora antes dos 22 anos de jejum, de 1954 a 1977. 


Logo após o título do Rio-São Paulo de 1950 pelo Corinthians, Baltazar já era reconhecido como um dos principais atacantes do futebol brasileiro. Isso não passou despercebido por Flávio Costa, técnico da Seleção Brasileira e que o convocou para disputar a Copa do Mundo no Brasil. Na Copa 1954 voltou a ser chamado por Zezé Moreira. Disputou 31 jogos e marcou 17 gols, sendo 27 oficiais e 15 gols.

 

No final de sua vida lamentava a falta de apoio dos clubes para com seus antigos atletas. Encontrou esse apoio na Portuguesa de Desportos, clube no qual nunca jogou. O que o magoava não era a falta de ajuda financeira, mas sim a falta de reconhecimento e consideração com seu passado glorioso, conforme relatos em algumas reportagens. O ex-atacante chegou a trabalhar por quatro anos como carcereiro do extinto presídio do Carandiru.

 

Baltazar morreu na capital paulista em 25 de março de 1997, aos 71 anos, vítima de insuficiência cardíaca em decorrência de seus múltiplos problemas físicos. Ele partiu, mas deixou uma obra que jamais será esquecida: seus gols. Baltazar é eterno nos corações de milhares de corintianos. Quem o viu jogar jamais se esquecerá dos momentos de felicidade que suas cabeçadas proporcionaram ao torcedor. 

 

Um comentário:

  1. Assisti êle jogando pelo Veterenos do Corinthians , no campo do Jardim da Aclimação , idos 1969 , e êle impressionou pela facilidade no toque de bola , como médio volante . Categoria...

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