terça-feira, 25 de maio de 2021
O QUE VOCÊ SABE SOBRE A FIBROMIALGIA? POR VICTOR TITONELLI
sábado, 15 de maio de 2021
HENRIQUE FRADE: MAIS UM GRANDE ARTILHEIRO DA HISTÓRIA DO FLAMENGO
Henrique nasceu em Formiga-MG, em 3 de agosto de 1934.
Atacante de estilo trombador, forte, oportunista e com ótima impulsão. Henrique
não ligava para a violência dos zagueiros e chegava a rir dos que o paravam com
faltas. O seu melhor momento foi defendendo o Flamengo e faz parte da galeria
de ídolos do rubro-negro, no qual é o 3º maior artilheiro da história do clube,
com 211 gols em 411 jogos.
Além do Flamengo (campeão carioca em 1954/55 e do
Rio-São Paulo em 1961), também jogou no Nacional (campeão uruguaio em 1963),
Portuguesa de Desportos, Atlético Mineiro e no Formiga de sua cidade natal,
onde encerrou a carreira em 1967.
Henrique passou a ser chamado de Henrique Frade, em
1964, quando foi contratado pela Portuguesa de Desportos. É que naquela época a
Lusa tinha um lateral-esquerdo chamado Henrique Pereira e Frade foi usado para
fazer a diferenciação.
Mesmo tendo participado de algumas partidas pela
seleção brasileira – 4 jogos e 2 gols, todos oficiais – Henrique não foi
selecionado para a Copa do de Mundo de 1958. Um detalhe interessante é que foi
o único atacante do Flamengo que não foi convocado. Seus colegas de ataque –
Joel, Moacir, Dida e Zagallo – participaram do Mundial. O seu grande momento na
seleção foi em 1959. Henrique fez o segundo gol do Brasil contra a Inglaterra,
no Maracanã, no célebre jogo em que perto de 200 mil pessoas vaiaram Julinho
Botelho, que entrou em campo com a camisa 7 de Mané Garrincha. Mas Julinho
jogou tanto que transformou as vaias em um dos aplausos mais marcantes do
estádio. E Henrique teve também uma atuação primorosa assinalando o segundo gol
brasileiro.
Ele residia na capital carioca e desde o final dos
anos 90 sofria de problemas de locomoção, causados por uma fratura mal
calcificada em uma de suas pernas. Também sofria de artrose e gota. Veio a
falecer aos 69 anos, em 15 de maio de 2004.
ADÍLIO: O NEGUINHO BOM DE BOLA
Meia de habilidade incomum,
criativo com a bola nos pés, a quem conduzia com rara categoria, sempre de
cabeça erguida e em velocidade. Adílio de Oliveira Gonçalves era capaz de
driblar um defensor num espaço curto e sair com a bola dominada.
Carioca da gema, nascido em
15 de maio de 1956, desde que chegou ao Flamengo, levado pelo amigo Júlio
César, Adílio usou, em todas as categorias de base, a camisa 10. Promovido ao
time profissional, porém, o número já tinha dono: Zico. Então, ele ficou com a
8. Muitas foram as jogadas de Adílio aplaudidas até mesmo por torcedores de
outros clubes.
Jogando com Zico, Júnior,
Leandro, Andrade, entre outros, ganhou praticamente tudo que disputou nos anos 80.
Atuou em 617 jogos e marcou 129 gols pelo time rubro-negro. Adílio recebeu o
apelido de “Neguinho Bom de Bola” do radialista Waldir Amaral, por seu estilo
de jogo. Pela Seleção Brasileira a concorrência era muito grande e jogou apenas
duas partidas, sendo uma oficial contra a Alemanha, no Maracanã.
Atuou no Flamengo (campeão carioca em 1978/79/79-especial, 1981 e 1986, do brasileiro em 1980, 1982/83, e da Libertadores e do Mundial em 1981), Coritiba, Barcelona/Equador, Itumbiara (GO), Alianza/Peru, Santos (ES), América de Três Rios (RJ), Avaí (SC), Bahain Club/Bahrein, Bacabal (MA), Serrano (BA), Barreira (RJ), Borussia Fuld/Alemanha, Friburguense e Barra Mansa (RJ), onde encerrou a carreira em 1997.
Adílio faleceu em 05 de agosto de 2024, aos 68 anos, na capital carioca, após travar uma luta contra um câncer no pâncreas. Ele estava em tratamento da doença, mas acabou não resistindo devido ao agravamento do quadro de saúde.
Nota: texto publicado originalmente em maio/2021 e editado em agosto/2024.
segunda-feira, 10 de maio de 2021
BATATAIS: SÍMBOLO DE DISCIPLINA E EFICIÊNCIA
O apelido BATATAIS vem da cidade paulista onde nasceu em 20 de maio de 1910. Algisto Lorenzato foi um goleiro de destaque das décadas de 30 e 40,
quando defendeu o Comercial de Ribeirão Preto, Portuguesa de Desportos,
Palestra Itália – 10 jogos e 9 gols sofridos, Fluminense e América (RJ).
Defendeu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1938, na França, quando o
Brasil ficou em terceiro lugar.
Teve a honra de ser um dos jogadores que ganhou o prêmio Belfort Duarte,
pelo seu comportamento exemplar dentro dos gramados. Sua melhor fase foi quando
jogou no Fluminense – 309 jogos e 458 gols sofridos, sendo que em 79 jogos,
saiu de campo sem tomar nenhum gol. Sagrou-se campeão carioca em seis
oportunidades (1936/37/38/40 e 41). Na decisão de 1941, contra o Flamengo,
Batatais foi o grande herói da partida, pois mesmo contundido (teve seu braço
pisoteado pelo atacante flamenguista Sylvio Pirillo), manteve-se firme e
garantiu o empate de 2 a 2 que deu o bicampeonato carioca ao Fluminense. Faz parte da galeria dos grandes goleiros da história
do Tricolor. Era um exímio pegador de pênaltis. Pode ser resumida sua carreira
como um símbolo de disciplina e eficiência.
A sua grande mágoa do Fluminense foi ter sido afastado
pelo técnico Gentil Cardoso após um relatório que o julgava desnecessário ao
plantel do clube, depois de 11 anos defendendo a meta Tricolor. Esse golpe ele nunca conseguiu absorver.
Morreu pobre e esquecido, no Rio de Janeiro, aos 50
anos, vítima de um mal súbito quando se dirigia à sua residência, em 16 de julho
de 1960.
Em algumas publicações a data de sua morte é informada
como ocorrida em 16 de junho. No entanto, tomei como base essa reportagem da
Revista do Esporte, de 1960, que consta a data de 16 de julho.
PARABÉNS, ITAPERUNA, POR MAIS UM ANIVERSÁRIO (132 ANOS) NESTE DIA 10 DE MAIO!
quinta-feira, 6 de maio de 2021
BLOG ALMANAQUE: TROFÉU RAMÓN DE CARRANZA E TERESA HERRERA
Palmeiras 1974/75 |
Vasco 1957 |
segunda-feira, 3 de maio de 2021
VALTENCIR E O LANCE FATAL
Valtencir Pereira Senra é mineiro de Juiz de Fora,
onde nasceu em 11 de novembro de 1946. Esse ex-lateral-esquerdo de ótimos
recursos técnicos, formado nas divisões de base do Botafogo e com uma marcante
passagem pelo clube, faz parte do seleto grupo de jogadores que mais vestiu a
camisa do Glorioso, num total de 453 jogos e 6 gols marcados, no período de 1967
a 1976. Foi titular absoluto na conquista do bicampeonato carioca de 1967/68.
Depois de uma rápida passagem pelo futebol da
Venezuela – por empréstimo – retornou ao Brasil e foi jogar no Colorado, do
Paraná.
No jogo entre sua equipe, o Colorado, e o Grêmio
Maringá, numa jogada isolada e totalmente casual, o lateral-direito improvisado
disputou no carrinho uma bola com o meia Nivaldo, quando sofreu uma ruptura na
coluna cervical. O lance parecia normal e o jogo continuou. Valtencir, porém,
havia caído de mau jeito, de costas, e não levantou mais. Aos 43 minutos do
primeiro tempo, o estádio Willie Davis, em Maringá, emudeceu. Ao ver o jogador
desacordado, o juiz e os companheiros imediatamente solicitaram a entrada do médico.
Valtencir foi levado aos vestiários e, de lá, sairia
recebendo massagens no coração e respiração boca a boca, rumo ao Hospital de
Maringá. A jogada casual, tantas vezes repetida em mais de uma década, acabara
com sua carreira e com sua vida. Ao cair no gramado e romper a coluna cervical,
Valtencir sofreu uma parada respiratória e uma hemorragia na medula. A sua
morte, de forma tão trágica, abalou o esporte brasileiro naquele 17 de setembro de 1978.
Valtencir ganhou maior notoriedade no futebol
brasileiro nos tempos em que integrou o Botafogo em sua fase áurea. Nos anos de
1967 e 1968, sagrou-se bicampeão da Taça Guanabara e do Campeonato Carioca.
Quem não se lembra desse time: Manga, Moreira, Zé Carlos, Leônidas e Valtencir;
Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Roberto, Jairzinho e Paulo César. Nesse esquadrão,
o garoto Valtencir despontava com um futebol raçudo, forte e ágil na marcação. Ao
longo de sua carreira foi um jogador extremamente profissional.
Quis o destino que nesse fatídico jogo ele fosse
deslocado para o lado direito da defesa, saindo de sua posição original para
substituir o titular Ari, vetado na manhã do confronto.
Valtencir era casado e deixou dois filhos e a esposa
grávida do terceiro. Ele foi sepultado em Niterói, onde residia com sua
família.