Mário Rodrigues Filho nasceu em Recife, capital
pernambucana, no dia 3 de junho de 1908. Se não fosse Mário Filho, o texto de
redação esportivo não deixaria a obscuridade das últimas páginas e colunas
escondidas dos jornais. Essa afirmação é de vários jornalistas conceituados do
Brasil. Mário Filho foi o responsável pela revolução da crônica esportiva, que
até meados da primeira metade do século 20 não era bem visto no meio.
Mário Filho colocou pela primeira vez na história da
imprensa brasileira uma notícia de esportes na capa de um jornal. Criou também
uma seção diária de futebol e outros esportes nos jornais em que trabalhou. As
regatas do remo e o turfe também mereciam destaques. Foi o responsável pela
criação dos Jogos Infantis, dos Jogos da Primavera, do Torneio de Peladas, no
Aterro do Flamengo, e um dos idealizadores do Torneio Rio-São Paulo.
Trabalhou nos seguintes jornais: A Crítica, O Globo e
o Jornal dos Sports, que comprou posteriormente. Idealizou o primeiro desfile
de escola de samba do Rio de Janeiro na Praça Onze, em 1933. É autor de
diversas obras literárias.
No final dos anos 40, Mário abraçou uma causa e lutou
veementemente através das páginas do jornal contra o então vereador Carlos
Lacerda, que desejava a construção de um estádio municipal em Jacarepaguá, para
a realização da Copa do Mundo de 1950. Mário conseguiu convencer a opinião
pública carioca de que o melhor lugar para o novo estádio seria no terreno do
antigo Derby Club, no bairro do Maracanã, e que o estádio deveria ser o maior
do mundo, com capacidade para mais de 150 mil espectadores.
Sua importância no futebol e no jornalismo do Rio de
Janeiro foi eternizada quando o maior estádio do mundo, à época, o Maracanã,
passou a receber o nome de Estádio Jornalista Mário Filho, em 1966. Mário é de
uma família que contava com outros jornalistas, entre eles, o também
inesquecível Nelson Rodrigues.
Consagrado como um dos maiores jornalistas esportivos
de todos os tempos, Mário Filho morreu vítima de um ataque cardíaco, aos 58
anos, em 17 de setembro de 1966. Ele foi homenageado pelo seu irmão, Nelson
Rodrigues, com o jargão “o criador de multidões”, pela sua importância na
popularização do futebol no Rio de Janeiro.
Fonte: Enciclopédia do Futebol Brasileiro/Lance
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