Paulo Roberto FALCÃO é catarinense de Abelardo Luz,
onde nasceu em 16 de outubro de 1953, mas foi criado em Canoas, no Rio Grande
do Sul, a partir dos dois anos. Volante com passadas largas, técnica brilhante,
grande visão de jogo, sempre de cabeça erguida, habilidade acima da média, foi um jogador cerebral. É o
maior ídolo da história do Internacional, clube que iniciou a
carreira nos infantis, em 1968.
Sua estreia nos profissionais aconteceu em 1973 e
Falcão marcou 78 gols durante sua trajetória vitoriosa pelo Colorado. Os
títulos vieram em profusão (campeão gaúcho em 1973/74/75/76 e 78, e do
brasileiro em 1975/76 e 79). Não conseguiu dar um título continental ao
Internacional e se despediu com o vice da Taça Libertadores, em 1980, na
derrota para o Nacional, do Uruguai.
Foi negociado com a Roma, da Itália, clube que
almejava pro um título nacional desde 1942. Logo na sua primeira temporada,
Falcão ajudou a conquistar a Copa da Itália em 1981 (ganhou outra em 1984), e
dois anos depois o tão sonhado “Scudetto”, em 1983. Por sua passagem brilhante
pelos gramados italiano, foi coroado o “Rei de Roma”. O jogador foi tão
festejado na Itália que uma história correu pela cidade tempos depois. Um
cardeal levou a notícia para o Papa João Paulo II: Falcão estava trocando a
Roma pela Internazionale. O último recurso seria a intervenção direta de Sua
Santidade. Isso aconteceu e Falcão acabou ficando na Roma.
Retornou ao Brasil em 1985 como nome certo para completar
com talento o belo elenco dos Menudos do Morumbi. A contratação foi cercada de
algumas polêmicas e o técnico Cilinho não pareceu muito satisfeito com o
desfecho da negociação. Dentro de campo não saiu como o esperado e Falcão
acabou ficando mais na reserva, sendo substituído por Márcio Araújo. Jogou no
São Paulo até 1986 e os números comprovam que a passagem foi muito aquém do
esperado. Marcou 1 gol em 15 jogos e foi campeão paulista em 1985.
Pela Seleção disputou as Copas do Mundo de 1982 e
1986, e foi preterido por Cláudio Coutinho na Copa de 1978, na Argentina, que
preferiu levar o volante Chicão. É um fato constantemente lembrado por parte da
imprensa e torcedores. Na Copa de 86, às voltas com uma lesão no joelho, pouco fez no México. Mas em 1982 estava no auge e foi um dos destaques de um time cheio de craques. Fez três belos gols. Disputou 34 jogos, sendo 28 oficiais e 8
gols.
Mesmo não conquistando a tão almejada Copa do Mundo, deixou
seu nome marcado na galeria de craques do futebol do futebol mundial.
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