quinta-feira, 7 de julho de 2022

FALCÃO: O REI DE ROMA

 


Paulo Roberto FALCÃO é catarinense de Abelardo Luz, onde nasceu em 16 de outubro de 1953, mas foi criado em Canoas, no Rio Grande do Sul, a partir dos dois anos. Volante com passadas largas, técnica brilhante, grande visão de jogo, sempre de cabeça erguida, habilidade acima da média, foi um jogador cerebral. É o maior ídolo da história do Internacional, clube que iniciou a carreira nos infantis, em 1968.

 

Sua estreia nos profissionais aconteceu em 1973 e Falcão marcou 78 gols durante sua trajetória vitoriosa pelo Colorado. Os títulos vieram em profusão (campeão gaúcho em 1973/74/75/76 e 78, e do brasileiro em 1975/76 e 79). Não conseguiu dar um título continental ao Internacional e se despediu com o vice da Taça Libertadores, em 1980, na derrota para o Nacional, do Uruguai.

 

Foi negociado com a Roma, da Itália, clube que almejava pro um título nacional desde 1942. Logo na sua primeira temporada, Falcão ajudou a conquistar a Copa da Itália em 1981 (ganhou outra em 1984), e dois anos depois o tão sonhado “Scudetto”, em 1983. Por sua passagem brilhante pelos gramados italiano, foi coroado o “Rei de Roma”. O jogador foi tão festejado na Itália que uma história correu pela cidade tempos depois. Um cardeal levou a notícia para o Papa João Paulo II: Falcão estava trocando a Roma pela Internazionale. O último recurso seria a intervenção direta de Sua Santidade. Isso aconteceu e Falcão acabou ficando na Roma.

 

Retornou ao Brasil em 1985 como nome certo para completar com talento o belo elenco dos Menudos do Morumbi. A contratação foi cercada de algumas polêmicas e o técnico Cilinho não pareceu muito satisfeito com o desfecho da negociação. Dentro de campo não saiu como o esperado e Falcão acabou ficando mais na reserva, sendo substituído por Márcio Araújo. Jogou no São Paulo até 1986 e os números comprovam que a passagem foi muito aquém do esperado. Marcou 1 gol em 15 jogos e foi campeão paulista em 1985.

 

Pela Seleção disputou as Copas do Mundo de 1982 e 1986, e foi preterido por Cláudio Coutinho na Copa de 1978, na Argentina, que preferiu levar o volante Chicão. É um fato constantemente lembrado por parte da imprensa e torcedores. Na Copa de 86, às voltas com uma lesão no joelho, pouco fez no México. Mas em 1982 estava no auge e foi um dos destaques de um time cheio de craques. Fez três belos gols. Disputou 34 jogos, sendo 28 oficiais e 8 gols.

 

Mesmo não conquistando a tão almejada Copa do Mundo, deixou seu nome marcado na galeria de craques do futebol do futebol mundial.

 

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